" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




sábado, 14 de setembro de 2013

Everton se reinventa com Roberto Martínez



Planejamento é preciso para ser vencedor na disputada Premier League. Com o mercado de transferências em efervescência, é fundamental ter boas opções de reposição para as eventuais perdas. O Everton que o diga. Depois de ver um dos treinadores mais marcantes da história do clube e o destaque do time nas últimas temporadas saírem para o Manchester United, foi preciso achar alternativas para manter o clube competitivo.

Sem David Moyes e Fellaini, a diretoria do clube não poderia perder mais ninguém. Por isso fez de tudo para segurar o lateral-esquerdo da seleção ingles Leighton Baines. Junto com a permanência do camisa 3, ídolo da torcida e referência para os mais jovens, vieram contratações pontuais, como a do experiente volante Gareth Barry, além da promessa das categorias de base do Barcelona Gerard Deulofeu e dos atacantes Arouna Koné e Lukaku.

Mas, por enquanto, o melhor reforço do time é destaque no banco de reservas. Roberto Martínez chegou depois de trabalhos surpreendentes e elogiáveis no  Wigan. Em quatro jogos, fez o time esquecer o estilo de jogo impregnado na filosofia de David Moyes e na dependência em Fellaini. Fez o time colocar a bola no chão e aprender a jogar com paciência. Primeiro vieram 3 empates. Faltava a vitória. E ela veio justamente no jogo mais complicado.

Contra o Chelsea, em casa, o Everton não foi aquele time de temporadas anteriores, que marcava sob pressão em casa e abusava das bolas longas. Com Barry comandando e regendo a saída de bola e Barkley disposto a ser o novo maestro do 4-2-3-1 azul, o time de Martínez não apela para os chutões. Sempre sai tocando. Principalmente pelos lados. E com paciência, calma, sobriedade. Não à toa é o time que mais teve a bola na Premier League até agora, ostentando uma posse de bola à la Barcelona.

Dificilmente você vai ver os zagueiros do Everton dando chutões para sair jogando. Quase impossível. Esse novo Everton gosta de jogar com a bola no chão. Por isso, não força passes complicados, lançamentos difíceis. Trabalha a jogada até a criar uma oportunidade clara de gol.

No gol que deu a vitória sobre o Chelsea, neste sábado, no Goodison Park, a jogada começa na esquerda. Sem pressa, Baines volta o jogo no meio. Barry aciona Naismith, que joga com Barkley. O camisa 20 segura a bola, espera Osman se projeta para acionar o volante, que cruza na medida para Jelavic ajeitar para Naismith, já dentro da área.

Talvez o Everton versão 2013-14 não seja tão ofensivo e vertical como o time de Moyes. Mas, sem dúvidas, é uma equipe mais consciente e inteligente. Com Barry organizando o começo da jogada, Barkley ditando o ritmo do setor ofensivo junto com a intensidade de Naismith e Mirallas, é um time legal de se ver jogar. E que muito podemos esperar. Só falta Jelavic desencantar para o mundo inteiro acreditar no Everton.

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