" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O Flamengo de Elias precisa de novas alternativas

Com menos de um minuto de jogo, João Paulo já estava tentando bater o lateral diretamente para a área adversária. O Flamengo começava o jogo pressionando, mas sem organização. Bolas rifadas da zaga pra Marcelo Moreno se virar contra Dedé. Cruzamentos de todos os lugares na esperança de alguém botar a bola pra dentro das redes.

O Flamengo que não bota a bola no chão para pensar e organizar o jogo faz tudo com pressa. Acelera a transição, força o jogo pelos lados e sofre nos contra-ataques e na marcação.

A sorte é que no Flamengo joga Elias, dono do time. Com a faixa de capitão, carrega a esperança da maior torcida do Brasil com a mesma intensidade com a qual rompe defesas e ganha divididas. O volante que marca, arma, passa e decide carrega o time de Mano Menezes nas costas.

De vez em quando conta com a ajuda de alguns. Como ontem, noite em que Wallace e Chicão foram bem nas disputas individuais e Luiz Antônio comeu a bola na cabeça de área. Até Paulinho, que não vinha entrando bem, arrebentou - como lateral-direito(!).

Mas é Elias o cara. O cara que rouba a bola que gera o contra-ataque perigoso. O cara que se mexe bem em qualquer lugar do campo, como se soubesse jogar em todas as posições. E sabe. Aos 42 minutos da partida de ontem, ele virou centroavante. Fingiu entrar para receber o cruzamento, recuou e teve total liberdade para acertar um chute preciso, sem chances para Fábio.

O cara do Flamengo decidiu mais uma vez. Mas Mano Menezes precisa arranjar alternativas para o time. Não pode ter em campo um bando correndo pra todos os lados e jogando bolas na área de qualquer forma. É preciso imprimir um ritmo, arranjar um padrão de jogo e formar uma equipe. Só assim o Flamengo vai longe na Copa do Brasil.

Giro pelo mundo

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