" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Um novo Jason?

Foto: Lancenet - Apresentação de Defederico
O desmanche anunciado pelas vendas de André Santos, Cristian e Douglas foi rapidamente solucionado pela eficiente diretoria corintiana. Não foi uma reação de imediato. Pelo contrário, foi uma reformulação lenta, porém benéfica à equipe. Primeiro veio Edu, logo Marcelo Mattos e o " novo Messi ", Matias Defederico, este o mais esperado.

Talvez os nomes citados não sejam de tanto agrado quanto os que se foram, até mesmo pelo fato de um deles ser totalmente desconhecido da Fiel. Mas, as boas passagens de Edu e Marcelo pelo próprio Corinthians e os elogios da imprensa argentina ao atacante ex-Huracán enchem a torcida de esperança.

E, mais do que esperança e alívio, as novas contratações trazem ambições e, somadas ao retorno de Ronaldo, às boas atuações da equipe - mesmo sem os 11 " ideais" -, tendem a fazer com que o alvinegro paulista ressurja, voltando a brigar pelo título.Ressurgimento esse que pode ser comparado ao do tricolor paulista, apesar deste se tratar de vários ressurgimentos e não um. Mas, no Parque São Jorge a pretensão é outra, e o ressurgimento é definitivo - pelo menos é o que parece.

Todavia, para se chegar onde almeja a fiel torcida, o Corinthians não pode se esquecer do Palmeiras, do Inter, do " verdadeiro Jason " e dos outros, pois, afinal, eles tiram muitos pontos dos grandes e candidatos ao título.

Resta saber se o Timão vai encaixar e, como o velho Corinthians, voltar a brigar por títulos. Talvez isso aconteça, é uma possibilidade, assim como Defederico ser o novo Messi. Se tratam de possibilidades, ambas um tanto quanto desejadas pela Fiel.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Mudanças necessárias

Quando o problema parecia ser o elenco, demitiu-se o técnico. Quando ele passou a ser a zaga, demitiu-se o capitão Lúcio. Quando passou a ser o ataque, vendeu-se Podolski. A única exceção desse prognóstico foi quando o problema parecia ser o time todo, e manteu-se Ribery, apesar das ofertas - algumas delas milhonárias. Desde o fim da temporada passada o time não se encaixa, apesar de ter sido o clube que mais gastou na Alemanha, gastando aproximadamente 45 milhões de Euros. As contratações de Mario Gomez, Tymoschuk, Olic e Pranjic, parecem, cada vez mais, não justificar os valores gastos para ter suas presenças e, mais do que isso: estão deixando saudades ao torcedor do Bayern de nomes como o de Lúcio e Zé Roberto.

No Bayern de hoje, no Bayern de ontem, ou no Bayern de amanhã, a pressão é sempre a mesma: vitória. A fanática torcida vermelha não aceita outro resultado e, caso este venha, protestos e pedidos de demissões crescem em progressão geométrica. Por ser o maior vencedor do país e o time mais tradicional, com larga vantagem sobre os rivais, as pretensões do Bayern todo ano ficam em volta do prato, do título, da glória. Glória que o consagrou em seus 109 anos de vida, com jogadores notáveis, entre eles Matthaus, Klinsmann e Müller.

Para reviver seus dias de glória perdidos ao tempo, a atual diretoria do clube contratou Luis Van Gaal para o comando do time, e aposta todas suas fichas no talento e ousadia de Franck Ribery, notavelmente o craque do time e xodó da torcida. O resto é o resto. Mas que resto?Formado por jogadores medianos, o elenco do time da Baviera pouco pretende em relação à Uefa Champions League. Ou seja, nem mesmo a contratação de Robben - anunciada nesta quinta - deve mudar esse panorama. A trama está montada e a glória longe de ser alcançada. A declaração de um torcedor do Bayern, após a estreia sem vitória no cmapeonato alemão deste ano resume bem a atual relação dos jogadores com a torcida, e do time com os títulos : " O Bayern precisa de jogadores que façam jus a suas contratações. A história do Bayern não dá chances para os de hje. Precisa mudar, senão..." desabafou o " supporter".

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Ninguém é invencível

O papo que rola atualmente sobre o Brasileirão é de que o São Paulo será campeão mais uma vez. Não é uma certeza, mas sim uma projeção, que tenta designar o tricolor paulista como invencível. O problema está exatamente aí. No futebol não existem invencíveis. Nunca existiram, talvez existam quando o mesmo for jogador por máquinas, daqui a alguns milhares de anos...

Os exemplos reforçam esta tese. Eles não são de uma mesma época ou de um mesmo time, são de diferentes tempos e equipes. Desde a Hungria de 54, até o Lyon de 2008, jamais existiram invencíveis. Olha que durante esse intervalo de tempo entre 1954 e 2008, muitos grandes times deram seus ares da graça, mas nenhum, repito, nenhum, foi invencível. Nem mesmo a Holanda mágica de 1974, nem mesmo o Brasil de 2002 ou 2006, todos eles perderam alguns jogos, uns em momentos cruciais e decisivos , outros em um simples amistoso, como é o caso do Brasil de 1970, que muitos dizem ter sido invencível, mas esse time perdeu para uma modesta Argentina, em março de 70, no Beira-Rio, por 2 a 0.

A discussão é unânime quanto a esse fato. O argumento do favoritismo é diferente. Nem todo favorito vence, nem todo favorito é campeão, mas todo favorito é vencível, derrotável. Todos eles. As zebras surgem por isso, por acreditarem na vitória contra um grande. Foi isso que fez o Senegal em 2002, ao derrotar a França, no jogo de abertura da Copa, e logo a França, que era a a seleção do momento, campeã em 98. Recentemente tivemos um grande exemplo disso : a vitória dos Estados Unidos, por 2 a 0, sobre a então favorita e " invencível " Espanha, acabando com sua sequência de vitórias.

Portanto, é bom pensar antes de citar já o São Paulo como campeão de 2009, dando-lhe o título, mesmo que ingênuamente, de invencível. Ou mesmo o Palmeiras, por ser comandado por Muricy, sendo, neste caso, o técnico o invencível. Mas isso não existe, vide a vitória ontem do Coritiba diante do Palmeira de Muricy. O futebol responde pelo resto, por ser uma grande caixa de surpresas, e não de invencibilidades.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

A consolidação do Colorado pode chegar

Título do Gauchão 2009 - foto : ZeroHora




Tachado por todos como o melhor time do Brasil em atividade no primeiro semestre, o Colorado estava jogando no Gaúchão e na Copa do Brasil um futebol encantador, brilhante. Porém, após a derrota frente ao Corinthians, perdendo o título da Copa do Brasil e também o da Recopa Sulamericana para a LDU, o time comandado pelo contestado Tite entrou em crise, passou a jogar mal e a conseguir resultados razoáveis, o que irritou a torcida daquele timasso do início do ano.

Apesar das derrotas serem na maioria dentro dos campos, fora das quatro linhas houve somente uma, porém importantíssima: a perda de Nilmar, negociado. Sem Nilmar, Taison caiu muito de produção, deixando de marcar aqueles tantos gols que marcara no início da temporada, assim como D'Alessandro que chegou até a ser afastado do elenco, por problemas disciplinares. O time sentiu a perda de um integrante e a queda de produção dos outros dois integrantes do " trio de ouro ", cujo a magia encontrada no Gauchão 2009 e na Copa do Brasil, andava meio esquecida e sumida.

Mas, por incrível que pareça, a campanha colorada no Brasileirão era muito boa, se mantendo todas as rodadas no G-4, mesmo com muitos problemas como suspensões e contusões. Então, chegou o Gre-Nal, o primeiro do Brasileirão 2009. Contudo, não se tratava de apenas mais um e disputado Gre-Nal, mas sim do Gre-Nal centenário, pois, afinal, esse jogo válido pelo primeiro turno seria o de número 100 na história do confronto. Portanto, uma vitória colorada nesse confronto traria paz ao Beira-Rio e esfriaria os ânimos da torcida e imprensa local. Entretanto, o que aconteceu foi justamente o contrário: vitória gremista. E as consequências foram exatamente as contrárias em relação a uma hipotética vitória, aumentando ainda mais a crise do Colorado, que parecia fazer com que o time perdesse a pegada e caisse pelas tabelas no Brasileiro, o que não aconteceu.

A derrota no clássico mexeu com o brio dos jogadores, que passaram a se esforçar mais, fazendo com que os bons resultados voltassem a aparecer, apesar do futebol bem jogado e vistoso apresentado no início do ano não fazer mais parte do repertório do time de Tite. A verdade é que o time não saiu, até agora, do G-4, mesmo tendo jogos a menos, o que aumenta as chances do Inter continuar no topo.

E, mais do que nada, a melhora nos resultados e a volta das vitórias fizeram com que os críticos voltassem a apontar o Inter como sério candidato ao título, ainda mais com a chegada de reforços importantes(Edu, Fabiano Eller e Cleber Santana deve fechar também). Se os novos contratados jogarem o que jogaram em suas melhores fases, o Colorado, sem dúvidas, brigará seriamente pelo tetra. Tite espera que isso aconteça e que seu time volte a encontrar o bom futebol, se consolidando de vez como o melhor time do Brasil, pelo menos neste ano.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Um novo campeão chegou

Bastou uma pequena seqüência de jogos sem perder do São Paulo, para o canto "o campeão voltou " voltar a ser ecoado nas arquibancadas do Morumbi, com todos os torcedores usando a máscara do Jason, personagem de um famoso filme de terror que ressucita quando todos lhe dão como morto. Coincidências à parte, o tricolor paulista, comandado agora por Ricardo Gomes passou a jogar mais a seu estilo, valorizando muito a posse de bola. E mais do que isso, voltou a jogar bem, a vencer convincentemente. Voltou a ter sorte e postura de campeão.

Porém, talvez a afirmação " o campeão voltou " não esteja completamente correta. Pois, afinal, o time comandado por Muricy jogava mais ao estilo inglês. Um futebol de muita força, tanto física, quanto tática. Dependia muito das bolas alçadas na área para seus gigantes, e técnicos, zagueiro. Ou seja, era quase que completamente diferente do tricolor de Ricardo Gomes, que tem no toque de bola a principal arma ofensiva.

Não dá para apontar um time superior, levando os dois em consideração. São estilos diferentes de times com a mesma base e os mesmos jogadores. Bons estilos até. É lógico que alguns não jogam da mesma forma, vide Richarlysson, que jogava mais como ala com Muricy, ou até mesmo de terceiro zagueiro. Com Ricardo, Ricky faz um segundo volante, que ajuda muito na marcação e aparece bem pro jogo também.

Jorge Wagner, sem dúvidas, é o melhor exemplo para evidenciar as diferenças entre os dois comandantes.Muricy insistia em fazê-lo jogar pela ala, ou como um segundo, ou terceiro volante. Ricardo Gomes o pôs como armador, papel semelhante que Douglas exercia no Corinthians. Jorge é o responsável por ditar o ritmo da equipe. Quando é necessário uma quebra de ritmo, Jorge trata de cadenciar o jogo, ou quando precisa-se de mais velocidade, ele aciona, no momento certo e com passes absolutamente precisos, os alas, que ganharam mais velocidade e mobilidade com Ricardo.

Portanto, talvez a afirmação correta para o atual momento do São Paulo seja " o campeão chegou ". Sem se tratar de um velho campeão, mas sim de um novo campeão, com um novo estilo, diferentemente do time de Muricy. Atenção torcida tricolor, é melhor começarem a ensaiar um novo canto : " o novo campeão chegou...".

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Como andar de bicicleta

Oito anos atrás. Final do campeonato carioca. Flamengo de Pet e Edílson disputa título com o Vasco de Juninho Paulista. Aos 43 minutos do segundo tempo falta para o Flamengo, um pouco afastada da grande área. O Flamengo precisva de mais um gol para sagrar-se tetra-tri. Foi então que Petkovic, o armador do time, que estava meio apagado na partida e já havia batido , e mal, duas faltas parecidíssimas com a que lhe esperava agora. Mas a sua determinação em dar o título ao Flamengo era maior que as vaias vindas da arquibancada oposta. Ele bateu. Um golaço. Sem chances para Hélton, que chegou atrasado milésimos. A cobrança foi perfeita.

Um dia atrás. Pet entrava em campo mais uma vez pelo Flamengo no Brasileiro 2009, ano que marcou sua volta ao rubro-negro. A competição era menos importante, entretanto a técnica e determinação de Pet não parecem ter idade, quanto menos se perderem no tempo. Elas evoluem. Não deixam com que Petkovic abandone o futebol. Ontem ele foi mais uma vez no ano o melhor em campo pelo Flamengo, no auge dos seus 36 anos.

O toque de bola, a ambidestria, a visão de jogo, a técnica apuradíssima, a precisão, a vontade.Tudo isso faz parte do repertório do atual Petkovic, com 36 anos. Tudo isso, somado também à juventude, faz parte do repertório do velho Petkovic, de 2001, com 28 anos.

Jogar bola para ele é que nem andar de bicicleta para uma pessoa normal. Quando se aprende, jamais se esquece. Simples para poucos, complicados para muitos. Petkovic sabe da sua importância no time e no coração da torcida, que o considera um ídolo.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O Submarino pode surpreender...

Foto : Amistoso contra Juventus(ITA) - as.com


A torcida já não aguenta mais. Depois de anos e mais anos contratando bem, montando bons times, com bons treinadores, o Villareal não consegue tranformar as boas campanhas em títulos. Ano retrasado, ano de sua melhor campanha, conseguiu um vice-campeonato, com um time muito bom.Já na última temporada deve que amargar um quinto lugar e uma vaga na Liga Europa, frustrando sua torcida, que esperava ver o Submarino Amarelo, pelo menos, na Uefa Champions League.

Contudo, esta temporada parece ser diferente para a torcida amarela.Apesar de ter perdido nomes importantes como Matías, Cygan e Nihat, trouxe alguns reforços, entre eles Nilmar e Altidore.E, mais do que isso, manteve seus principais jogadores e seu técnico, Ernesto Valverde.Ainda fez uma boa pré-temporada, vencendo times medianos e uma gigante, a Veggia Señora, a Juve de Turim, por um placar nada modesto, 4 a 1, com bela atuação do sistema ofensivo e um gol de Nilmar.

A defesa desta temporada é segura e não costuma comprometer.Os laterais marcam bem e, principalmente Capdevilla, apóiam muito bem, com bons cruzamentos.O meio de campo é pura técnica e habilidade, com Marcos Senna, Cazorla, Pires, Nihat, Ibagaza, Cani...É puro toque de bola.O ataque para esta época melhorou muito com a chegada de Nilmar e Altidore.Os dois se juntam a Llorente e Rossi, que vem jogando bem também.

Enfim, esse grande time nas mãos de um bom técnico, que é Ernesto, o Villa tem tudo para dar certo e ir além, buscando novos rumos e quem sabe, um título inédito.Condições o Villa tem sim para surpreender a todos e chegar ao topo.


sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Para não perder o costume

Foto comemorativa : Site do Lyon - 2008


Ser 8 vezes seguidas campeão de um campeonato europeu, sem dúvidas, não é para qualquer um.Conseguir uma única conquista numa dessas ligas já é um trabalho árduo. Duas vezes, uma tarefa bem difícil. Três vezes, é para poucos, vide o Brasileirão, somente o São Paulo conseguiu essa façanha. Oito vezes?É algo - perdoem-me a expressão - animal, surreal. O Olympique Lyonnais, da cidade de Lyon, na França, conseguiu este feito sensacional.

Mesmo com essa sequencia de conquistas, o Olympique Lyonnais foi, e é, muito criticado. Justamente pelo fato de ter conseguido um feito extraordinário e jamais ter feito campanhas semelhantes em competições européias. A cada ano, a cada conquista seguida da liga francesa, a imprensa européia mirava o Lyon. Esperava-se uma mudança para melhor em relação às competições européais. Esperava-se que o Lyonnais fosse, algum dia, aliar sua força às duas competições.

É claro que em todas as conquistas o time vencedor tem um craque, um jogador que faça a diferença.E o lyon teve esse jogador em todas elas, o curioso é que ele foi o mesmo em todas:Juninho Pernambucano. Juninho, logo quando chegou do Vasco, jogou muita bola, e, logo em seu primeiro ano na França, conquistou um título inédito para o Lyon.

É hábito de um francês apaixonado por futebol abrir sua France Football e ler sobre os títulos franceses e os super-times do Lyon.Ou melhor, era hábito.Isso é passado, pois o Girondins Bordeaux, o Bordeaux, como é conhecido no Brasil, tratou de realizar essa mudança no tempo verbal, ao conquistar a liga francesa da última temporada, deixando o Lyon e Marseille para trás.Mas Jean Michel-Aulas, o presidente do Lyon, quer muito voltar ao tempo verbal que iniciou este parágrafo e, para isso, abriu os cofres e contratou...

Michel Bastos, Gomis, Cissokho e Lisandro Lopez são só alguns nomes novos no Gerland...Mesmo com as perdas de Juninho e Benzema, a manutenção de alguns atletas como Ederson e a zaga, além da volta do zagueiro Anderson, somada às novas aquisições darão ao Lyon um novo biotipo, mais poderoso, para que o velho rei, não perca, de vez, a majestade.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Um Goiás cada vez mais forte

O Goiás acabou de anunciar a contratação de Fernandão, ex-Internacional e que estava sem clube, após ter rescindido seu contrato no Catar. O atacante campeçao do mundo pelo Inter, havia sendo disputado por muitos times brasileiros, entre eles o próprio Internacional, onde viveu o melhor momento de sua carreira em 2006.
Ele declarou estar magoado com o Colorado. Ou melhor, com a diretoria do time.Os motivos não foram revelados pelo jogador, que disse que os revelaria amanhã, em seu blog oficial.
Fernandão retorna ao Serra Dourada após oito anos.Ele defendeu o Goiás entre 1997 e 2001, conquistando cinco Campeonatos Goianos (1996, 1997, 1998, 1999, 2000) e duas Copas Centro-Oeste (2000, 2001).
O time esmeraldino, que está em quarto lugar, numa campanha sensacional, principalmente nos jogos fora de casa - o Goiás e o time de melhor aproveitamento fora de casa -, ganhou um reforço esplêndido.Além de já ter jogado com Iarley, poderá fazer um quarto homem de meio campo, que o Goiás hoje não tem.
A certeza é que a campanha surpreendente do Goiás poderá se alastrar ainda mais.Com um elenco não tão qualificado, o time busca a constância.Anunciando novas contratações como Fernandão , é muito provável que o time goiano reedite a campanha de 2005, quando se classificou à Libertadores.

domingo, 2 de agosto de 2009

Até o Lula !

O início de um desmanche prematuro do atual time do Corinthians vem mexendo com o brio de seu torcedor mais ilustre:o presidente Lula.Ontem, em Belo Horizonte, o presidente criticou o atual calendário do futebol brasileiro, defendendo o ajuste ao modo europeu e até mesmo, a criação de uma lei que impediria a venda de jogadores a Europa durante o Brasileirão.Tudo isso, devido às queixas feitas por ele mesmo às vendas de André Santos , Cristian e Douglas, que exemplificaram suas críticas ao calendário esportivo do Brasil.
A temível e interminável janela de transferências ao exterior afeta, principalmente, os grandes clubes brasileiros.O alarde é feito também pelo fato dela acontecer exatamente no meio do ano, época em que o campeonato começa a "esquentar" e a ganhar qualidade dos times que , até então, escalavam times reservas por estarem em competições de maior expressão, segundo os próprios.E todo ano é isso.Os empresários e olheiros, em sua maioria europeus, vem e lapidam rapidamente nossas " jóias", nossos talentos, enfraquecendo seus respectivos clubes e, conseqüentemente, o campeonato nacional.
O calendário brasileiro, diferente de quase todos no mundo inteiro, vem recebendo críticas de praticamente todos os dirigentes, treinadores e pessoas relacionadas ao meio.Com essa última de Lula, já se é ouvido nos corredores da sede da CBF que mudanças estão à vista.O incrível e inaceitável é que elas só aconteceriam a partir de 2012.Como se não fossem de total urgência, vide o altíssimo número de jovens que vão para o exterior sem jamais terem atuado profissionalmente no Brasil, ou poquíssimas vezes.
Além de impedir o torcedor brasileiro de ver um novo craque surgir e se identificar com seu clube de coração, o calendário brasileiro impede também que os times lucrem com uma boa e eficiente pré-temporada.O maior exemplo disso é nosso vizinho Boca Juniors.Lucrou , e muito, com os amistosos e torneios que disputou em suas pré-temporadas, permitindo inclusive a contratação de novos atletas.
O certo é que a mudança tem de acontecer.Seja em 2012 ou 2030, ela tem de acontecer.É lógico que quanto mais cedo, melhor.Isso serviria como mais um passo para a profissionalização da gestão do futebol brasileiro e seus dirigentes, que andam cometendo gafes inexplicáveis.
Se o ministro de esportes e a CBF não se pronunciam, Lula tomou as dores dos dirigentes dos principais clubes do Brasil e, de forma sensata, idealizou mudanças, indubitavelmente, cabíveis.

Giro pelo mundo

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