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domingo, 30 de outubro de 2011
O Galo tem time e tabela para fugir do rebaixamento. Mas precisa corrigir erros defensivos

quarta-feira, 26 de outubro de 2011
A Sul-Americana pode ser um caminho mais fácil para muitos que a renegam
domingo, 23 de outubro de 2011
A convicção no lado azul de Manchester

sábado, 22 de outubro de 2011
Com meio-campo 'morto', Flu perde em casa e se complica

A falta que Deco faz ao meio-campo do Fluminense pôde ser sentida na derrota para o Atlético Mineiro, neste sábado, por 2 a 0, no Engenhão. Sem o luso-brasileiro e com Lanzini pouquíssimo inspirado, o Fluminense viveu de ligação direta e jogadas de linha de fundo, quase todas com Mariano, que voltou a atravessar boa fase no ano. Mesmo dominando a posse de bola e jogando no campo de ataque, o Tricolor quase nada produziu. No fim, o desespero foi a pior receita: três atacantes em campo e zero criatividade no meio.
Garoto demais, Lanzini entrou mal no jogo e sentiu. Durante a maior parte dos 90 minutos, se limitou a lampejos pouco decisivos. Os outros garotos do meio de campo, Fernando Bob e Rodrigo, foram piores ainda, pois além de não acrescentarem nada no ponto de vista ofensivo, falhavam na marcação. O resultado foi um meio de campo morto diante de um time traiçoeiro.
Cuca apostou novamente nos duelos individuais. E venceu quase todos. Na frente, Daniel Carvalho foi decisivo de novo, com um gol e uma assistência. Correto na defesa, ganhando todas pelo alto, o Galo não atacou de qualquer maneira. Com Mancini e Carvalho se revezando na armação, tramou boas jogadas, sempre com Bernard e André buscando a definição.
Nem mesmo a péssima atuação do árbitro Jean Pierre, que deixou de marcar faltas claras para os dois lados e expulsou aparentemente sem motivos o zagueiro tricolor Leandro Euzébio, foi capaz de tirar a justiça do placar. O 2 a 0 foi merecido e justo. Cuca soube montar seu time de acordo com o adversário, variando entre o 3-5-2 e o 4-2-2-2.
Abel, sem poder contar com Deco, Fred e Rafael Moura, sofreu com um meio-campo sem a mínima criatividade e viu pontos preciosos irem para o ralo. Menos mal que o Botafogo também perdeu. Secar o Flamengo, o Corinthians e o Vasco amanhã será fundamental para manter vivas as chances de título.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Vice-líder, Levante pode ficar sem time em 2012

O onze inicial do Levante: somente três jogadores com contrato para a próxima temporada(Foto de José Antonio Sanz/Marca.com)
A alegria inédita da modesta torcida do Levante, atual vice-líder do Campeonato Espanhol, com os mesmos 17 pontos do poderoso Barcelona, tem grandes chances de ser momentânea. Isso porque boa parte do atual elenco pode deixar o clube a partir de janeiro de 2012. Visando a solução de uma dívida milionária de gestões anteriores, o presidente Francisco Catalán desenvolveu uma nova política administrativa: passou a firmar contratos curtos e com jogadores livres no mercado para cada temporada, nos quais o desempenho do atleta é tido como critério para dispensa ou renovação.
Na segunda divisão, o metódo deu certo. De cara, veio a promoção para a Liga das Estrelas. No entanto, juntamente com o alívio de estar novamente na elite, veio a preocupação em montar um bom time. E aconteceu. Deu certo novamente. Em oito rodadas, 17 pontos e um segundo lugar surpreendente. A consequência disso tudo, todavia, é muito preocupante. Sem verbas para firmar contratos mais longos, quase todo o elenco tem vínculo com o clube somente até o fim da atual temporada. A partir de janeiro, já poderão negociar com outros clubes livremente. E o Levante pode ficar sem time em 2012.
Fato é que abordar projeções futuras tiram dos rostos dos torcedores e dirigentes do clube valenciano o sorriso do presente, pelo ótimo início de campeonato da equipe. A longo prazo, é cada vez mais provável que a situação financeira do clube comece a atrapalhar a fase dentro das quatro linhas. De todo o elenco inscrito na Liga BBVA 2011-12, somente 7 jogadores(Munúa, Pallardó, Héctor Rodas, Iborra, Pedro López, Barkero y Nabil El Zhar) têm contrato para a temporada seguinte. Deles, somente três são titulares.
O tempo passa e o desespero da diretoria só aumenta. Nem mesmo a boa fase vivida pelo time dentro de campo é capaz de ofuscar os problemas. Dois dias após derrotar um dos times mais promissores da temporada, o Málaga, dentro de casa, por 3 a 0, a preocupação em relação a questões financeiras enfim falou mais alto. Houve uma reunião entre a cúpula do clube, patrocinadores e investidores. No entanto, nenhum plano imediato foi decidido.
O diretor esportivo do clube, Manolo Salvador, já agiliza a tentativa de prorrogação do vínculo contratual com uma boa parcela de jogadores. Há também a preocupação em formar novos jogadores, capazes de integrar o plantel principal em 2012. “Nossa prioridade, atualmente, é a renovação dos que ficarão sem contrato a partir de 2012. A situação é alarmante, sim, mas ainda há salvação. E estamos trabalhando nisso”, declarou o dirigente, ao jornal Marca.
Na pior das hipóteses, o Levante pode ficar sem time suficiente para jogar a temporada seguinte. Isso porque, com exceção dos 7 jogadores que têm contrato por mais de uma temporada com o clube, todos os outros poderão assinar de graça com outros clubes da Europa a partir de janeiro, a seis meses de terem seus contratos expirados. Destaques do time comandado por Juan Ignacio Martínes como Felipe Caicedo, Farinós e Juanfran são alguns dos nomes que poderão deixar o clube.
Para evitar uma situação trágica como essa, a diretoria do clube já trabalha tentando atrair investidores e patrocínios. Sem um marketing muito efetivo, o pequeno clube da cidade de Valência vê no seu efêmero protagonismo deste início de temporada a sua grande chance de resolver distúrbios financeiros. Para piorar, a cota de TV não ajuda. Pelo contrário. Praticamente dividida entre os gigantes Real Madrid e Barcelona, sobra muito pouco para os times de menor porte. E as dívidas crescem.
O jeito é levar os problemas para dentro de campo e resolvê-los com a bola nos pés. Mas até quando? Apesar de salários em dia, nem todos os jogadores do Levante gozam de um montante mensal animador. Com maior visibilidade, a tendência é que propostas maiores apareçam. E é aí que mora o perigo, como o próprio presidente Catalán admite: “ Não podemos competir com times grandes. Eles pagam bem e oferecem contratos de 4, 5 anos. Nós, infelizmente, não.”, diz ele, novamente ao Marca.
Ainda assim, Francisco conseguiu montar um time minimamente competitivo, que, por enquanto, vai inclusive superando expectativas e prognósticos de especialistas. Ainda que com somente 8 rodadas disputadas, estar com o mesmo número de pontos do Barcelona e na frente do Real Madrid e do rival regional Valência é um feito e tanto.
Mas, para mantê-lo, será preciso uma união maior do que a que caracteriza o time até aqui. Maior, inclusive, que a interação arquibancada-vestiário. Afinal, muito mais do que os incentivos da torcida, patrocínios, investimentos e planejamento econômico serão fundamentais para evitar a debandada de alguns jogadores.
E para vencer a queda de braço entre amor à camisa e dinheiro, o presidente acredita numa maior identificação dos jogadores com as cores do clube e com a torcida, cada vez mais respeitada pelo elenco. “ O grupo é uma verdadeira família. Está muito unido, tanto nas vitórias como nas derrotas. Vamos vencer essa crise.”, diz animado, o treinador Juan Ignacio Martínez, que, nos últimos meses, teve que quebrar a cabeça para montar um time sem estrelas, mas com guerreiros.
O resultado, aos poucos, vai se tornando cada vez mais nítido aos olhos dos torcedores. A cada jogo, o público comparece mais. A cada renda, o lucro é maior. Sem dinheiro no caixa, mas com muita disposição, o Levante vai se mantendo no topo enquanto pode.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
A partidaça do Botafogo, cada vez menos desconfiado

Caio Júnior resolveu surpreender Tite. Foi ousado, sacou Herrera do time momentos antes do jogo e escalou o criticado Felipe Menezes. Com ele centralizado na linha de três armadores, Elkeson foi aberto pelo lado direito. E o time ganhou consistência no meio de campo. Sem a bola, ganhou em marcação: pelos lados, os extremos Maicosuel e Elkeson não deixavam os laterais corintianos subirem, por dentro, Felipe Menezes anulava Paulinho, e mais atrás, Renato e Marcelo Mattos acertavam tudo que tentavam.
Foi assim que o Botafogo venceu a desconfiança e o Corinthians. Marcando forte e saindo rápido em contra-ataques. Um 2 a 0 de pura consistência que deixa o time ainda mais unido e confiante quanto ao título. Jogando bola, com organização tática e técnica, o Botafogo fez uma partida brilhante na última quarta-feira.Mesmo sem Jefferson, e com Loco Abreu desgastado das Eliminatórias Sul-Americanas com sua seleção uruguaia, não faltou disposição ao Botafogo. Renan pegou até pensamento. Loco Abreu foi mito como de costume. E o Botafogo anulou o Corinthians. Sem errar na marcação e acertando contra-ataques incríveis. Um jogo de campeão. Um jogo para ganhar a confiança de todos.
Mais do que a empolgação da torcida, que amanheceu descolorindo o Rio de Janeiro em preto e branco, os três pontos fora de casa são de extrema importância nesta reta final de Campeonato Brasileiro. Já em terceiro lugar, Caio Júnior vai vencendo a desconfiança da torcida, da imprensa e até mesmo do presidente, que chegou a duvidar das capacidades do time atuar fora de seus domínios.
Hoje, o Botafogo não é um time brilhante, nem tem jogadores brilhantes, mas vive ótima fase. O melhor: o grupo está unido e confiante. O pacto de confiança entre jogadores, treinador e diretoria faz-se valer nos raros momentos de depressão. E o time retoma o caminho das vitórias.
Com a tabela mais fácil dentre os candidatos ao título, pode-se esperar muito do Botafogo. Sem grandes craques, mas com um time unido e confiante, vai vencendo a desconfiança dos outros. É muito candidato ao título.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Um ano de Luxa no Fla: estrutura, comando, título carioca e um projeto a longo prazo

Um ano se passou. E Vanderlei Luxemburgo ainda é técnico do Flamengo. Sem tanto prestígio junto aos torcedores, que já o criticam por algumas escolhas, mas com o mesmo poder para tomar decisões que transcendem a beira do campo. Com um projeto visando o futuro do clube, Luxa enfrentou crises e, mesmo quando dado como demitido por muitos, deu a volta por cima. Com um título carioca, ênfase na melhoria da estrutura física do clube e de seu centro de treinamento, o saldo desses 365 dias pode ser considerado positivo.
É fato que, se o trabalho de Vanderlei se encerrasse nesta quarta-feira, boa parte das metas traçadas por ele naquele 05 de outubro de 2010 não teriam sido cumpridas. Eliminado precocemente da Copa do Brasil e amargurando a sexta colocação no Brasileirão, falta muita coisa para quem prometeu ser campeão nacional um ano antes. Ainda há tempo para se cumprir promessas como essa.
Afinal, o momento é propício para renovação de esperanças. Após passar por uma turbulenta série de 10 jogos sem vencer e quase ser derrubado por conselheiros e torcedores influentes no clube, Luxa voltou a vencer. E seu time voltou a ser cotado como candidato ao título pela crítica nacional. Mesmo sem jogar tudo que pode. Mas vencendo. Exatamente como aconteceu em boa parte do primeiro semestre.
O dedo de Luxa nessa virada pode ser facilmente notado. O controle absoluto da situação e do grupo não permitiu chances para o pior. Mesmo com desafetos de dentro do clube tentando derrubá-lo, ele se manteve na base. As derrotas chegaram a ser demolidoras e dolorosas. Mas ele agüentou. Sem expor problemas à imprensa, sem citar nomes, teve jogo de cintura suficiente para arranjar alternativas como soluções imediatas às crises recentes, tanto esportivas como políticas.
Acima de tudo, Vanderlei Luxemburgo goza de um prestígio inabalável com a presidente Patrícia Amorim. Através de reunião, teve o apoio reforçado pela diretoria, o suficiente para conduzir os problemas com uma calma inesperada por muitos de seus opositores, incluindo jogadores. Com conversas isoladas, foi reconquistando alguns jogadores que haviam fica chateados com ele por algumas medidas disciplinares. Quando se viu, Luxa já tinha o time nas mãos de novo.
Arrogante, metido, Vanderlei Luxemburgo não é um ser humano fácil de se lidar. Mas é extremamente vencedor. E sabe o que faz. Com ou sem crises, arranja um jeito de recuperar o grupo, vencer o jogo e brigar pelo título. Ele não nasceu pra perder. E o problema é que sabe disso, o que o torna um pouco prepotente, sobretudo no trato com a imprensa. São poucos os jornalistas que têm bom relacionamento com ele. “É um cara difícil”, costumam dizer.
A diferença de Luxemburgo para outros técnicos está na solução dos dilemas. A maioria dos treinadores só são importantes dentro de campo. Vanderlei sabe agir fora dele também, nos bastidores, na imprensa, no vestiário. Por isso, tem os títulos que tem e o currículo invejável por muitos.
Certa vez, em entrevista, Luxa disse que gostaria de ser uma espécie de 'Alex Ferguson brasileiro'. A comparação com o escocês do Manchester United se dá pelo papel ocupado por ele no clube inglês: uma espécie de manager. Um técnico que age também nos bastidores, no vestiário, com a diretoria, com os patrocinadores. Um verdadeiro técnico-dirigente. E, para ele, não havia lugar melhor para tentar ser essa figura do que no seu clube de coração. Um projeto cheio de objetivos a serem alcançados.
Aos poucos, ele vai conseguindo atingi-los. Em um ano, o principal deles era se manter no clube e dar força ao projeto que sempre defendeu: um projeto consistente e de longo prazo. Ele conseguiu. Fez até mais: foi campeão carioca invicto e melhorou muito o Ninho do Urubu, que já conta com um alojamento para jogadores, com direito a refeitório inclusive. A próxima meta é ser campeão brasileiro. Se possível, ainda em 2011. Assim, o tal do projeto de Luxemburgo caminhará a passos largos para o sucesso.
terça-feira, 4 de outubro de 2011
O Mineirão faz muita falta a Atlético e Cruzeiro. Mas há vida sem ele!
O Cruzeiro demitiu um técnico que fazia ótimo trabalho há quase um ano no comando, vendeu jogadores importantes e entrou em declínio. O Atlético apostou fortunas em jogadores contestáveis, trocou de técnico diversas vezes e também desceu a ladeira. Ambos os times não conseguem voltar a jogar bem e vencer. E num ano ruim, não bastou muita coisa para toda a culpa recair na Copa de 2014 e na interdição do Mineirão.
Torcedores, críticos e dirigentes esquecem-se, numa hora dessas, dos problemas causados por eles mesmos ou pelos seus próprios clubes. Contratações mal estudadas, jogadores em má fase, problemas de união no elenco, logística mal planejada, decisões prematuras e incoerentes e outros erros do tipo são ofuscados pela perda do mando de campo no maior estádio de Minas.
Nem parece que, um dia, já houve vida sem Mineirão. Nem parece que o Cruzeiro foi campeão da Libertadores pela primeira vez fora dele. Que o Atlético Mineiro já viveu dias de glória sem precisar adentrar o Mineirão. É como se ambos dependessem única e exclusivamente do estádio para conquistarem títulos.
Obviamente, o Mineirão faz muita falta aos dois. Mas não pode ser parâmetro para uma dependência. O que ocorre, na verdade, é que as alternativas encontradas pelos governantes e organizadores do esporte no Brasil foram muito fracas. Além de serem cidades distantes de Belo Horizonte, Sete Lagoas e Uberlândia não têm um estádio do porte do Mineirão, deixando muito a desejar. No entanto, não houve opção diante da falta delas. E ficou-se com as duas cidades e a Arena do Jacaré e o Parque do Sabiá.
As grandes diferenças dos dois para o Mineirão são o tamanho do gramado, ambos muito inferiores ao do Mineirão, e a capacidade geral dos estádios, também muito inferiores. Assim, os times tiveram que se readaptar a mandar seus jogos em gramados pequenos e lucrar menos com as partidas em casa. Uma perda técnica e outra econômica.
Outra situação que incomoda bastante os atleticanos e cruzeirenses órfãos do Mineirão é a logística para mandar o time ao interior do Estado. Afinal, tanto a Cidade do Galo como a Toca da Raposa ficam bem distantes de Sete Lagoas e Uberlândia, exigindo um nível maior de deslocamento, quase sempre mal planejado, causando desgaste físico e mental aos atletas. Há quem acredite ser esse mais um fator capaz de desequilibrar o time antes e durante as partidas.
Ainda assim, soa como desculpa esfarrapada botar a culpa de campanhas ruins como as de Atlético Mineiro e Cruzeiro no Brasileiro na ausência do Mineirão. Não resta dúvidas de que o estádio faz falta à dupla, no entanto, é absurdo condicionar qualquer vitória dos dois a jogos no Mineirão. Tanto em 71, como em 2003, os títulos brasileiros só vieram graças a inúmeras vitórias fora de casa.
Isto sem falar na culpa que os jogadores têm nisso. Aliás, são eles os maiores responsáveis por essa discussão em torno do maior estádio do estado de Minas Gerais. Em alguns casos, a culpa é mais até dos dirigentes que pediram sua contratação. Não faltam apostas arriscadas que deram errado no Atlético Mineiro e no Cruzeiro. André, Guilherme e Keirrison são só alguns exemplos.
E, mesmo assim, ainda tem gente que acha que a culpa é toda do afastamento dos jogos do Mineirão. Como se, jogando lá, todos os problemas acabassem de um dia pro outro. É hora de acordar e trabalhar. Com ou sem Mineirão.
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