" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Um time eterno


Está difícil ser Flamengo hoje em dia. Numa época em que pesadelos dominam as noites rubro-negras, não há um Zico para transformar sonhos em realidade. Entre projetos e promessas, hoje o melhor que se tem a fazer é voltar ao passado. A nostalgia, sem dúvidas, é o melhor remédio para abrir um sorriso em rostos tantas vezes castigados por frustrações. Trinta anos se passaram de um dia que deveria durar para sempre para a maior torcida do Brasil.

Você, torcedor rubro-negro com mais de trinta anos, dificilmente se lembra de onde estava e o que fazia há um atrás. Mas certamente se recorda com quem e como comemorou até o sol nascer a madrugada de 30 atrás. Poucos títulos foram tão marcantes no futebol. Poucos times foram tão brilhantes. Raros foram o que fizeram frente ao esquadrão rubro-negro. Nenhum Liverpool ganharia do Flamengo naquele 13 de dezembro de 1981. Porque se fosse preciso, o destino interviria.

Afinal, aquele time não era normal. Há quem diga que não era deste mundo, como Pelé. Uma constelação de craques, unidos como uma família. Era possível naquela época. A magia de Zico, Júnior, Adílio, Andrade e Cia era o antídoto contra as derrotas. Como se fosse proibido jogar mal e impossível ser derrotado. Um time que só perdia quando tudo não dava certo. Porque não há como dar errado com tanta gente boa junta.

É quase inaceitável a genialidade de Zico não durar para sempre, como a visão de jogo de Júnior, a técnica de Leandro, a segurança de Raúl no gol, a tranqüilidade de Andrade com a bola nos pés, a versatilidade de Adílio, a disposição de Lico, a capacidade de decisão de Nunes, entre tantas outras virtudes de um dos melhores conjuntos esportivos de todos os tempos.

Difícil explicar o praticamente inexplicável. Pior ainda é desmerecer um título único e histórico. Aos que criam teorias e teses para justificar a derrota inglesa em Tóquio, é melhor a opção pelo silêncio. Que os deuses do futebol não os ouçam.

Numa data de tantas recordações e comemorações, é dever dos mais velhos explicar aos mais novos a importância daquele esquadrão. Aos mais interessados, recomenda-se pesquisas, vídeos e textos da época. E, mesmo aos rivais, que o façam em nome do futebol. Não se trata qualquer tipo de jogo, time ou título. Estamos falando da maior atuação do melhor time da história do Flamengo, que culminou no título mais cobiçado por todos os clubes mundo. Não é pouco, não é muito. É absurdo. O que aquele time jogava não está nos livros de história.

Diferentemente dos dias de hoje, nos quais todos jogam, numa regra quase sem exceções, por dinheiro, em 1981 havia um time inteiro de craques a serviço do Flamengo. Craques que amavam ou aprenderam a amar o clube, como Andrade, botafoguense na infância, rubro-negro pelo resto da vida. Craques que fizeram de tudo para vencer as maiores dificuldades que poderiam surgir naquela época. Craques unidos, jamais vencidos. Craques que só se davam por satisfeitos quando viam a multidão sorrir. Craques de verdade.

Hoje, em outro 13 de dezembro, se não pode parar as ruas do Rio de Janeiro na madrugada aos gritos, buzinas e fogos, o torcedor rubro-negro, ao menos, acorda com um sorriso no rosto. Independente da idade, sabe que o dia é especial. Entre a vontade de voltar no tempo e as esperanças de um futuro tão próspero como foi o passado, o presente é um tempo de dúvidas. E uma única certeza: vai ser difícil existir um time como aquele.

O Chelsea do segundo tempo briga pelo título




Os primeiros 15 minutos do Manchester City seriam suficientes para lhe entregar, de bandeja, o título nacional se durassem 90 minutos em todos os jogos restantes. Marcando sob pressão, encurralando o adversário no seu campo de defesa, buscando o gol. Foi assim que, logo no segundo minuto da partida, Agüero deixou Balotelli na cara do gol para marcar. O italiano não perdoou, driblou Peter Cech e abriu o placar em pleno Stamford Bridge. Este Manchester City atropela qualquer rival, em qualquer lugar.

Mas mesmo jogando o seu melhor futebol, o time de Roberto Mancini tem defeitos. O principal deles é a falta de disposição para matar o jogo logo. Depois de abrir o placar, o time se acomoda, passa a tocar mais a bola e, ainda que ataque, perde muitos gols. Nesta segunda, Agüero e Silva poderiam ter matado o jogo com dois gols, ainda na primeira etapa. O argentino bateu para fora depois de cortar Kompany da área. Faltou um pouco do preciosismo que faltou a Silva.

Nos maiores momentos de acomodação do City, o Chelsea tentava crescer. Desordenada e desorganizadamente. Com Meirelles e Ramires muitos passes, a ligação direta era quase uma lei para o time londrino. Com um rival acuado e acomodado, até dessa forma o gol saiu. Terry lançou o ótimo Sturridge, que balançou para cima de Clichy antes de cruzar para Meirelles completar, livre, para o fundo das redes.

Mais do que o empate, o intervalo serviu como um divisor de águas da partida. No segundo tempo, viu-se um Chelsea muito mais aguerrido, organizado e certeiro. No meio-campo, Ramires virou um monstro que marca, toca e aparece na frente como elemento surpresa, ao contrário do volante burocrático cheio de passes errados da primeira etapa. Na frente, Mata e sua criatividade habitual começavam a fazer a diferença diante de um rival quase apático.

Outro ponto chave da partida foi a expulsão de Gaël Clichy, após falta dura em Ramires, em mais uma das arrancadas do brasileiro. Com um a menos, o time de Mancini passou a abrir mão do ataque em prol da manutenção da invencibilidade. Mas o gol da virada era questão de tempo. Com Lampard em campo, o que faltava não faltou mais. O passe final ganhou qualidade e a bola chegou limpa para Sturridge, na entrada da área. O jovem atacante, limpou para a sua potente perna esquerda e chutou nos braços de Lescott: pênalti claro, que Lampard converteu.

Se os primeiros 15 minutos do Manchester City ganham o campeonato, os últimos 45 do Chelsea o fazem candidato. Já é a terceira vitória consecutiva de um time irregular, que ainda tem muito a melhorar. Mas que, em casa, é muito forte.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Invicta, finalista, histórica: La U abre vantagem no primeiro jogo da final









Um time que não perde há 33 jogos merece mais do que respeito. Nem mesmo a atenção redobrada é capaz de resolver. É preciso se superar e ser ainda mais. Mas como ser melhor que este time do Universidad de Chile, invicto desde julho, finalista da Copa Sul-Americana, sensação do continente? A LDU tentou fazer uso de seu poderio em casa, com altitude, com Bolaños de volta ao time, e nada. Vitória do melhor time chileno dos últimos tempos, o time mais encantador das Américas, o melhor da história do clube.




A atuação esteve, mais uma vez, longe do brilhantismo de um time extraordinário, histórico. Porém, teve a organização costumeira da equipe comandada por Jorge Sampaoli, e, juntamente com a imposição ofensiva característica do time, foi suficiente para dominar e vencer merecidamente a LDU, por 1 a 0.




O placar mínimo está longe de ser surpreendente. O melhor time da competição, que tem o melhor jogador e artilheiro, Eduardo Vargas, autor do único gol da partida, mais um para sua conta de 9 gols na competição, e um time extremamente organizado, equilibrado e inteligente. Em boa fase, um time irresistível, que toca bem a bola, ataca com fluência, defende com segurança e se movimenta como grandes times do futebol mundial.






E mesmo nos seus piores momentos, se mostra um time muito difícil de ser batido. Dentro e fora de casa. No 3-4-3, valoriza a posse de bola, gosta de jogar no campo de ataque e, independente do momento do jogo, tem o time agrupado. Tecnicamente, raramente erra. Os passes são certeiros e as finalizações minimamente perigosas. Os treinos dão resultados. E o improviso é bem-vindo. Volante que chega para deixar Vargas na cara do gol é fruto de treinamento e resultado de improviso momentâneo do jogador. É roteirom de gol da La U. Gol que tem tudo para ser decisivo. Gol que pode ser de título.




Raridade em competições sul-americanas, a La U é uma equipe que joga melhor com a bola no chão, tendo como principais trunfos a técnica e a tática. Não faz uso de recursos extra-campos, psicológicos ou físicos. Não precisa de altitude ou catimba para ganhar jogo. Precisa de futebol. E isso é tudo.




Na semana que vem, um estádio lotado empurrará o time para aquele que pode ser seu primeiro título internacional. O time que joga bem em qualquer lugar do planeta só precisa empatar o jogo de volta da final, contra a mesma LDU, em Santiago. Mesmo assim, é inimaginável pensar que o time vá segurar um 0 a 0. É contra seus princípios. Viva o futebol.

Real x Barça: missões e tabus do maior clássico da atualidade

O poderio financeiro, o monopólio das candidaturas ao título nacional e os melhores jogadores do planeta transformaram Real Madrid e Barcelona nas maiores equipes da atualidade. A rivalidade regional que, ao contrário do resto do mundo, ofusca até mesmo os clássicos entre equipes mesma cidade, impressiona o mundo. Não há quem não se interesse por um clássico como esse. E se não bastasse tudo isso, ainda há disputas extras em jogo.

Entre a dura tarefa de parar a sensação do futebol mundial e vencer o jogo, o Real Madrid evita recorrer ao passado para contextualizar. Desde 2008 que os merengues não vencem os rivais blaugranas em casa, no Santiago Bernabéu, palco do jogaço deste sábado, às 19h de Brasília, 22h locais.

O Barcelona também não quer coloca pressão pré-jogo. Prestes a viajar ao Japão, precisa de uma despedida tranquila, sem crise e desespero. Precisa de uma vitória no Superclássico. Guardiola sabe disso. Por isso, jamais cogitou escalar um time misto visando o Mundial de Clubes. Entende, com razão, que é possível conciliar as duas missões. E nada melhor do que viajar embalado por mais uma vitória sobre o Real.

Mas não será qualquer Real. Pela frente, Guardiola terá um time surpreendente, como de costume. Tão criativo quanto o seu. Tão marcador quanto o seu. Com a mesma vontade, a mesma pegada. Provavelmente com Pepe na cola de Messi, e Xabi Alonso e outro volante correndo atrás da dupla mágica Xavi e Iniesta.

As estratégias serão muitas e o planejamento é duradouro. Clássico é clássico. E Real Madrid e Barcelona é muito mais do que qualquer clássico. Como parar Messi? Como anular Cristiano Ronaldo. Não tem muito o que pensar, planejar. É melhor torcer para fazer. E não levar. É jogo para se ganhar, gravar e palestrar. É clássico. É Real Madrid e Barcelona.


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Seleção do Campeonato Brasileiro 2011

Um campeonato tão equilibrado, disputado e emocionante, é difícil uma seleção de jogadores não gerar questionamentos. O caráter subjetivo das escolhas se mantém e as discussões se intensificam. Mas não há como não palpita. Eis a seguir a minha seleção:

Goleiro: Felipe(Flamengo) - O mais regular. Mesmo na péssima fase do time, fez defesas importantíssimas, salvando o time. Se manteve em bom nível durante todo o campeonato. Pegou pênalti, falta, fez defesa em cima da linha...Um goleiro completo e ameno às críticas. Levou a melhor sobre Fernando Prass e Marcelo Lomba, que pegou muito, também, pelo Bahia.

Lateral-direito: Bruno(Figueirense) - Uma das revelações deste Brasileiro. Um monstro com a camisa 2 do Figueirense, mesclando bem as funções defensivas com as ofensivas. Teve um baita professor para ajudar na área técnica. Superou Fágner, do Vasco, e Alessandro, do Corinthians, que cresceu muito na reta final, não mais que Bruno.

Terceiro-zagueiro: Dedé(Vasco) - Um campeonato mitológico, com desarmes, assistências e gols. Não há zagueiro melhor no Brasil. Atrás dele, Leonardo Silva, do Atlético Mineiro, e Rhodolfo, São Paulo.

Zagueiro-central: Leandro Castán(Corinthians) - Regular, sério, seguro. Independente do companheiro de zaga. Vive o melhor momento da carreira. Venceu Réver, do Galo, e Anderson Martins, que deixou o Vasco para jogar no mundo árabe.

Lateral-esquerdo: Junior Cesar(Flamengo) - Ajeitou os problemas do setor no time rubro-negro e se consolidou como o melhor da posição no torneio em meio ao péssimo final de ano que a concorrência fez, como Cortês do Botafogo. Dodô, do Bahia, que rompeu os ligamentos cruzados do joelho após uma entrada criminosa de Bolívar, do Inter, também merece menção.

Primeiro volante: Rômulo(Vasco) - A segurança de sempre na proteção à zaga, aliada à qualidade do passe na saída de bola, o transformam num volante inigualável. Até nos seus piores dias. Versátil, foi segundo volante e até meia durante a temporada. Teve a forte concorrência do constante Ralf e do promissor Wellington, do São Paulo.

Segundo volante: Paulinho(Corinthians) - Uma das escolhas mais óbvias. Um dos melhores jogadores do campeonato. Destaque absoluto do time campeão. Um volante com pés de meia. Moderno. Decisivo. Extremamente promissor. Venceu, com sobras, Marcos Assunção, do Palmeiras, e Renato, do Botafogo.

Meia-armador pela direita: Diego Souza(Vasco) - A força característica de anos anteriores era suficiente para o classificar como um dos melhores do ano. De quebra, ainda foi muito decisivo, ganhando jogos sozinhos, como na goleada por 3 a 0 sobre o Cruzeiro, em Sete Lagoas, quando marcou os três gols e foi o dono do jogo. Belas atuações em clássicos e jogos difíceis fora de casa. Um camisa 10 completo. Levou a melhor sobre os ótimos Montillo, do Cruzeiro, e o irregular, porém extremamente decisivo Thiago Neves, do Flamengo.

Meia-armador pela esquerda: Alex(Corinthians) - Jogou menos da metade do campeonato, o suficiente para provar que, se tivesse o jogado por inteiro, certamente seria candidato a craque. Até quando começou no banco, entrou bem e fez a diferença. Aproveitou a queda de rendimento de Ronaldinho Gaúcho e as oscilações de Felipe, do Vasco.

Atacante 1: Fred(Fluminense) - O melhor centroavante do país. Pena que só entrou para vencer no segundo turno. Inigualável dentro da área. Na frente de Leandro Damião, que penou pela lesão muscular que o afastou de boa parte da competição, e Anselmo, do Atlético Goianiense, uma das melhores surpresas da competição.

Atacante 2: Borges(Santos) - Seria injusto deixar de fora da Seleção o monstro dos gols. O homem que chegou no meio da viagem e logo quis sentar à janela do ônibus. E conseguiu. 23 gols não são para qualquer um. Mas esta vaga poderia muito bem ser do craque Neymar, também. Menção honrosa para Loco Abreu, eficiente dentro de campo, lúcido e inteligente fora dele.

Técnico: Tite(Corinthians) - Contra tudo e todos, montou um time sensacional, administrou um grupo de jogadores campeão e não poderia receber outro prêmio, senão o de campeão. Baita profissional. Merecedor do sucesso. Também merecem elogios Cristóvão Borges, do Vasco, e Cuca, que livrou o Galo de um rebaixamento quase prescrito no início do campeonato.


Revelação: Wellington Nem(Figueirense) - Impressionou pela velocidade e ousadia com que trabalha a sua canhota. Craque de uma das sensações do campeonato, o Figueirense. Levou a melhor sobre Bernard, do Galo, e Osvaldo, do Ceará.

Craque: Dedé(Vasco) - Um mito. Por tudo que fez, superou a genialidade de Neymar. Um zagueiro completo, que por vezes, virou meia e centroavante. Candidatíssimo a um lugar na Seleção Brasileira.

Melhor árbitro: Leandro Vuaden - Só porque tinha de escolher um. O menos pior. E, mesmo assim, ruim.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Mistura de emoções no dia de um título merecido

O dia começou triste para a torcida corintiana. Mas terminou feliz. Muito feliz. A dor pela morte do ídolo Sócrates se transformou em estímulo extra para a conquista do quinto título brasileiro do Corinthians. Um empate feio sem gols foi suficiente para converter o Pacaembu num templo eufórico. Do outro lado da ponte aérea, outro empate, mais emocionante, com gols, serviu como tranqüilizante para um bando de loucos. No final feliz, nem mesmo o descontrole do time palmeirense foi capaz de tirar o brilho da festa. Nada nem ninguém é capaz de desmerecer o campeonato que fez a equipe de Tite.

A superação vascaína, de fato, merece muitos elogios. É digna da tradição e grandeza. O reconhecimento da própria torcida veio no fim do jogo no Engenhão. Mesmo com o 1 a 1 no placar e a tristeza do vice-campeonato, os cantos não pararam com o apito de Péricles Bassols. A revolta dos jogadores, com ou sem explicação, em nada tinha a acrescentar. O empate corintiano decidia tudo.

Pode ser feio, sem graça, chato e até injusto ser campeão com um 0 a 0. Mas pelo o que o Corinthians fez em todo o Brasileirão, não há outra palavra para definir a campanha corintiana senão merecimento. A palavra que constantemente aparece nas entrevistas coletivas de Tite é fundamental para calar as críticas, as teorias absurdas e as reclamações incoerentes dos torcedores rivais. O Corinthians é um campeão justo. Dentro e fora de campo.

O futebol que encantou boa parte do país durante a maior parte do ano, pouco pôde ser visto no tenso clássico contra o Palmeiras. Com Wallace na cabeça de área e uma tensão impressionante na cabeça dos jogadores, o time não fluía. E, por vezes, chegou a ser pressionado por um Palmeiras desorganizado, mas motivado. Um Palmeiras que queria ganhar o jogo e jamais poderia aceitar ver de perto um título corintiano.

Talvez fosse mais justo ver o Corinthians ser campeão com um gol de placa de Willian, que quase saiu na primeira etapa. Ou uma cabeçada de Liédson, artilheiro da equipe. Ou até mesmo, uma cabeçada de Chicão, o capitão que aceitou o banco em prol do grupo. Mas o futebol é sensacional por isso. Por proporcionar resultados surpreendentes, por vezes sem graça, com uma constância impressionante. Se é que isso importa para uma das maiores torcidas do Brasil, que comemora o título como se nunca tivesse conquistado nada. Ela merece. Sócrates merece. O céu recebeu uma pessoa feliz.

Giro pelo mundo

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