" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




domingo, 29 de maio de 2011

O grande problema rubro-negro e as virtudes de um Bahia promissor




O Flamengo não jogou mal neste domingo, pela segunda rodada do Brasileirão, contra o Bahia, em Pituaçú. Soube aproveitar os vacilos rival, chegou a dominar amplamente o jogo em boa parte dos 90 minutos, mas acabou penando pela inexperiência e displicência de sua defesa. Já nos acréscimos, o polêmico Jóbson fez o gol de empate, o seu segundo na partida, provando que sabe e gosta de jogar e marcar contra o time rubro-negro, seu grande rival nos tempos de Botafogo. Já no segundo jogo, o time de Luxemburgo joga fora pontos preciosos, que poderiam lhe conferir o status de líder do campeonato.

Se a defesa falha e compromete o time, o ataque costuma salvar. Novamente no 4-2-2-2, com Ronaldinho fazendo dupla de ataque com Wanderley, o time carioca não conteve o ímpeto. Buscou o gol logo de cara, ainda sem ser muito incisivo. No entanto, a defesa voltou a falhar no ano e, mesmo com três marcadores o cercando de perto, Souza conseguiu dominar dentro da área e arrumar a bola para Lulinha abrir o placar, de perna esquerda.

O camisa 77, garoto prodígio do Corinthians, e que não vingou também em Portugal, parece ter achado seu lugar ao sol em Salvador. Apesar de não vestir a camisa 10, é o responsável pela criação ofensiva do time, no 4-3-1-2 montado por René Simões. Bom driblador e passador, se movimentou com inteligência e levou muito perigo ao gol de Felipe. Precisou ser cuidado de perto por Willians, e, mesmo assim, conseguiu marcar e ajudar o time em casa.

No entanto, não é só de Lulinha que vive o Bahia. Souza, peça essencial do Flamengo em 2007 e 2008, voltou a jogar bem, ao seu melhor estilo: enfiado dentro da área, prendendo bem a bola e fazendo tabelas inteligentes com os jogadores de lado de campo e os que vêm de trás. E Jóbson parece, de fato, ter recuperado o bom futebol. Se o camisa 11 ainda não está na pelnitude de sua forma física, ao menos chegou à perfeição da técnica. Na base da disposição, correu até onde pôde e deu um baile no irregular Welinton. Fez dois gols e acabou sendo o nome de jogo.

Boa parte das jogadas do time da casa foram resultados de falhas de posicionamento da defesa rubro-negra. Como Jóbson e Lulinha se movimentaram muito, Welinton e David Braz bateram cabeça muitas vezes. Aliás, a agilidade e o senso de movimentação são duas grande armas do Bahia, que ainda conta com uma zaga minimamente segura e dois ótimos laterais no apoio.

Mas há um porém. Tanto Gabriel como Ávine, os dois laterais baianos, que são mais alas que laterais, são muito jovens e marcam mal. Tanto que dois dos três gols rubro-negros nesta tarde surgiram em bolas lançadas às suas costas. Nada que não possa ser corrigido, assim como no lado carioca.

Em meio a um 'time de aluguel', que ainda espera por Carlos Alberto e Ricardinho, René Simões pode aprontar com o Bahia na Série A. Pelo menos é a conclusão que se pode tirar após o jogo deste domingo. Aliás, uma das conclusões. A outra é que o Flamengo precisa remontar sua defesa. Contratar é um dos caminhos. Quando o time perde Willians, o poder de marcação e combate tende a zero. No jogo em que Egídio provou que poder tomar conta da lateral-esquerda, ficou nítido que a zaga ainda precisa de muitos ajustes. De todos os tipos e de todas as ordens.


quinta-feira, 26 de maio de 2011

Quando a superação e a personalidade fazem a diferença




Há exatos 10 anos, o Vasco perdia, aos 43 do segundo tempo de uma final que tinha nas mãos, e pela terceira vez consecutiva, o título carioca para o arqui-rival Flamengo. No episódio que acabou conhecido como "O milagre de Petkovic", em alusão à cobrança mágica de falta do gringo, então camisa 1o do clube rubro-negro, Hélton era a vítima, o goleiro cruzmaltino. Tinha tudo para ficar eternamente marcado como "o cara que tomou aquele gol do Pet". Mas não. Hélton superou. E fez evoluir ainda mais a sua já notória carreira a partir daquele ano de 2011.

Nostalgismo à parte, as consequências daquele gol, sem dúvidas, foram muito benéficas à História do Flamengo e de Petkovic. E, de fato, foram. E maléficas, obviamente, a todo e qualquer vascaíno, seja ele torcedor, jogador ou dirigente. Hélton, porém, tinha tudo para sofrer um pouco mais. Afinal, era ele o único capaz de impedir o encontro mágico daquela bola com as redes do Maracanã naquele 27 de maio de 2001.

Hélton bem que tentou. Pulou na hora certa, se esticou como manda o figurino de um bom goleiro, mas não alcançou aquela bola. Uma das poucas infelicidades de sua brilhante carreira. Aquela bola o marcou. E Hélton prometeu a si mesmo que não se deixaria abater por aquele gol sofrido, aquele título perdido, aquela história contada nos anos que se seguiram. Esbanjando personalidade, seguiu a vida.

Hoje, uma década depois do acontecimento marcante para o Clássico dos Milhões, tem a certeza de que cumpriu o seu grande objetivo pessoal. Campeão de tudo pelo Porto, chegou à Seleção, chamou a atenção de grandes clubes e marcou seu nome na história do futebol português e europeu, como um dos melhores goleiros que o país e o continente já viram.

Mas tudo poderia ter sido diferente. Aliás, era a tendência. É a tendência, sobretudo no Brasil, um goleiro ficar marcado por um acontecimento histórico, por mais que não faça por onde. Foi assim com o ótimo Andrada, no milésimo de Pelé, e com o regular e heróico Magrão, do Sport Recife, no milésimo de Romário. Hélton não quis fazer parte dessa turma. E deu a volta por cima. Mudou a história. Hoje, relembra aquele dia sorrindo, como quem acha graça da desgraça que passou e não deixou remorsos.


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Emerson, um péssimo exemplo

No futebol de hoje em dia, muito mais um negócio do que um esporte, poucos jogadores podem gozar do orgulho de defender um só time, marcando seu nome na História do clube e criando uma relação de respeito mútuo e idolatria com a torcida. No Brasil, esses personagens são ainda mais raros e, ao que tudo indica, não sobreviverão ao tempo. Gente imensa como Marcos e Rogério Ceni começa a dar seus lugares a profissionais que sequer sabem o que significa o valor da palavra ética.

É claro que, como tudo na vida, há alguns que fogem à regra, para o bem do futebol. Ainda há jogadores que valorizam o código de moral e ética idealizado na sociedade. Esses, sim, fazem muito bem ao esporte em geral. Servem de exemplos para todos, de crianças a idosos, de torcedores a jogadores. Mantêm viva a essência do futebol, que sempre foi o amor ao jogo, e não ao dinheiro.

Mas, infelizmente, esses são poucos. Os maus exemplos brotam por todo lado, enchem o bolso de grana e esbanjam falta de profissionalismo. São autênticos amadores, que acham que sabem muito mais do que realmente sabem. Fazem do dinheiro a sua motivação, o seu clube, a sua torcida, o seu amor. E perdem tudo. Perdem respeito, moral, poder, e, em alguns casos, o que lhes restava: as imundas notas das quais tanto se orgulham, ao invés de se envergonharem pelo o que representam para a sociedade e o esporte.

Emerson é um mau exemplo dos mais notórios do futebol atualmente. Somado a todo esse pacote de problemas e defeitos comuns a essa patife de salafrários, o seu mau-caratismo fala por si só. Nos campos e na vida afora. Deviam os dirigentes mais sensatos saber que, de um homem que falsifica a certidão de nascimento e o passaporte, nada se pode esperar no que diz respeito à conduta profissional.

Mas o pessoal do Flamengo resolveu apostar em Emerson. Trouxe o Sheik do Japão para as disputas do Carioca e do Brasileiro. Entre juras de amor e lágrimas após uma boa passagem pelo clube, o atacante se despediu antes da metade do campeonato nacional, acenando com uma ótima proposta das Arábias. Todos acreditaram naquele choro emocionante, coisa de cinema. Só faltou perceber que, naquele filme, Emerson nunca foi mocinho.

Um ano depois, lá estava ele de volta ao Brasil. O rubro-negro de coração, que jurou amor ao Flamengo e prometeu voltar, acabou nas Laranjeiras. Por dinheiro. Afinal, é disso que ele gosta. É isso que ele ama. E é isso que o faz desse jeito. Emerson tinha em mãos uma proposta boa do Flamengo. Preferiu a grana tricolor. Não pensou duas vezes.

No Fluminense, enfim conseguiu cumprir o papel de herói. Foi de seu pé esquerdo que saiu o gol do título brasileiro, em dezembro passado. Depois de ficar lesionado boa parte do campeonato, voltou ao time para marcar o gol mais importante do ano. Dentro de campo, merecia nota 9. Essencial ao time, apesar das constantes contusões. Mas fora dele continuou merecendo um 0 bem redondo.

Emerson virou o ano em alta com a torcida tricolor. Entre seus problemas fora e dentro de campo, passou a cultivar inimizades desnecessárias. Ganhou o apelido, nos bastidores, de "estraga-vestiário", em alusão ao modo como se relacionava com boa parte de seus companheiros. Viu seu ciclo no clube acabar após cantar o hit criado em homenagem ao rival Flamengo, prestes a entrar em campo numa das partidas mais importantes do ano para o Fluminense, pela Libertadores. Foi dispensado.

Revoltado, deu entrevista muito polêmica ao Globoesporte.com, onde explicitou problemas internos do clube, alfinetando a todos os membros da diretoria. Rolam boatos de que o atacante teria, inclusive, xingado o presidente Peter Siemsen, na sua sala particular. Muito difícil de não acreditar.

O final da história ainda nem foi escrito. Emerson acertou com o Corinthians e disse que, caso marque contra o Fluminense, seu ex-clube, irá comemorar até com cambalhota. Mais uma vez, pisou na bola. Ou melhor, na jaca. Com o pé esquerdo. Porque o direito, já está lá dentro há muito tempo.

E é assim que Emerson segue sua carreira, escaldado em meio a sua postura amadora e desrespeitosa. O cara que disse ser rubro-negro desde pequeno, já é confirmado por muitos como vascaíno, e deu um título brasileiro ao Fluminense. Na hora H, abandonou o clube, tentando voltar para o rival. Rejeitado, foi para São Paulo. Melhor para o Botafogo, que não gastará suas energias com um anti-profissional de marca maior. Um péssimo exemplo para todos que vivem futebol.


domingo, 22 de maio de 2011

A 'Kléberdependência'



Em toda Era Felipão, o Palmeiras jamais conseguiu emplacar uma sequência razoável de boas atuações. Oscilou muito. Chegou a animar a torcida com a volta de Valdívia e o bom momento da parceria entre o chileno e o atacante Kléber, reeditando o título paulista de 2008, quando ambos tomaram conta do campeonato, abrilhantando o futebol de todo o time. Mas foram raros os momentos em que o time comandado pelo pentacampeão do mundo em 2002 encantou dentro de campo.

Em grande parte do trabalho de Luiz Felipe Scolari, viu-se um time em construção, mas que nunca fica pronto. Um time repleto de apostas, planos e possibilidades que não conseguem transformar teoria em prática. E que segue sem encaixar, arrancando os cabelos de Felipão. Foi exatamente assim neste domingo, na estreia do Brasileirão contra o Botafogo, em São José do Rio Preto.

Mesmo sem jogar bem, ainda muito travado, o Palmeiras venceu por 1 a 0. Vitória construída e selada pelo melhor jogador em campo. O homem que resolve e salva o Palmeiras, cada vez mais dependente dele. Dessa vez, Kléber não aproveitou o cruzamento de Gabriel Silva, nem mesmo um bom passe de Marcos Assunção. Foi buscar a bola fora da área, cortou o zagueiro para a sua perna esquerda e soltou a bomba na gaveta: golaço, sem chances para Jefferson.

E não é só o gol que coroa Kléber como o melhor em campo. Brigador como sempre, o Gladiador foi quem mais se preocupou em tirar o jogo de um marasmo que parecia inevitável. Isolado na frente pelos omissos Luan e Patrik, voltava para buscar jogo, arriscada chutes de fora da área, tentava de tudo. Quase sempre, a válvula de escape de um time bastante limitado.

Limitado como o Botafogo, adversário deste domingo. A diferença da equipe carioca para a paulista é que o time comandado por Caio Júnior não depende de um jogador que vem tendo boas atuações desde a temporada passada, jogando regularmente, raramente se machucando, mas sim de Maicosuel, que não jogava uma partida oficial desde setembro de 2010. Assim, até o Palmeiras se sente forte, superior. Mas, mesmo assim, sem jogar bem. Penando com um futebol feio, lento, de pouco improviso.

Ainda sem Valdívia, o Palmeiras depende muito do bom futebol de Kléber. Sorte dos alviverdes e de Felipão que o Gladiador raramente vai mal. Mantendo a sequência de boas atuações, o camisa 30 salva o Palmeiras de resultados ruins com lampejos de craque. No entanto, é bom abrir os olhos. Kléber resolveu hoje, pode não resolver amanhã. São 38 rodadas. E Kléber é só um contra 19 times. Soluções precisam ser buscadas.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Tabelando com Pedro Spiacci, sobre a convocação de Mano Menezes


TABELINHA:

Pedro Spiacci: Lucas, tudo certo? Vamos falar um pouquinho desta convocação do Mano Menezes, a sua sétima – incluindo a de agosto de 2010, feita apenas para treinos em Barcelona.

Lucas Imbroinise: Fala Pedro, vamos lá.

Pedro Spiacci: Primeiramente, antes de entrar nos nomes convocados, já falo que não gostei da quantidade, 28 jogadores para dois amistosos é demais.

Lucas Imbroinise: Concordo. Tudo bem que, dessa lista, também sairão os nomes para a Copa América, mas também achei exagerado o número de jogadores.

Convocados:

Goleiros - Júlio César (Internazionale-ITA) – 31 anos, Jefferson (Botafogo-BRA) – 28 anos, Victor (Grêmio-BRA) – 28 anos e Fábio (Cruzeiro-BRA) – 30 anos

Pedro Spiacci: Desnecessário a convocação de quatro goleiros para apenas duas partidas. Os nomes são bons, hoje Júlio César é o melhor que temos e Fábio merecia uma chance há muito. Jefferson e Victor, o Mano já testou, eu daria uma chance ao Diego Alves (Almeria-ESP), que já foi negociado com o Valencia. Mesmo com o rebaixamento da equipe, o goleiro brasileiro teve destaque e, acho que poderia estar entre os convocados.

Lucas Imbroinise: De fato, Júlio César ainda é soberano no gol da Seleção. Gosto muito do Jefferson, que, para muitos críticos, é o melhor goleiro do Brasil no primeiro semestre, e merece muito mais uma chance. Tem tudo, aliás, para chegar bem na Copa América. O Victor, na minha opinião, caiu um pouco de uns anos pra cá, e não merecia tanto essa lembrança. Quanto ao Fábio, faço das suas palavras as minhas. E para te acompanhar numa sugestão, acho que o Hélton merecia muito também.

Laterais-direitos: Daniel Alves (Barcelona-ESP) – 28 anos e Maicon (Internazionale-ITA) – 29 anos

Pedro Spiacci: Sobre essa dupla, não tenho o que falar, pois ambos são impressionantes. Maicon não vive o seu melhor momento, mas ainda assim, acho que deve seguir no grupo. Hoje, Daniel seria o meu titular, porém, vejo o interista com gás para recuperar a posição entre os 11.

Lucas Imbroinise: Exatamente. São, para mim, os dois melhores laterais-direitos do planeta já há duas temporadas. Daniel, hoje, está um nível acima de Maicon, mas tudo pode mudar até 2014. Inclusive, podendo pintar uma surpresa, como o garoto Rafael, do Manchester, por exemplo.

Zagueiros: Lúcio (Internazionale-ITA) – 33 anos, David Luiz (Chelsea-ING) – 24 anos, Luisão (Benfica-POR) – 30 anos e Thiago Silva (Milan-ITA) – 26 anos

Pedro Spiacci: Para a defesa, também creio que estamos com os nossos melhores. Após a Copa América, gostaria de ver Alex (Chelsea-ING) de volta, pois, se não sofresse

tanto com lesões, o ex-jogador do Santos teria espaço. Sobre a efetivação de Lúcio, depois de seu retorno, acho justo e importante, pois o capitão é um líder em campo e costuma inflamar os companheiros dentro de campo. Para a Copa América, ele será nome fundamental.

Lucas Imbroinise: Alex tem entrado muito bem nos jogos do Chelsea, consertando, diversas vezes, as falhas do ainda imaturo David Luiz, que tem tudo para ser um grande zagueiro. Quanto ao Lúcio, apesar de o considerar um dos melhores zagueiros da História, acho que seu ciclo na Seleção acabou. Nem muito pela idade, mas pelo planejamento, já que, a meu ver, David Luiz e Thiago Silva têm muito mais condições de disputarem a Copa de 2014 do que o nosso atual capitão.

Laterais-esquerdos: André Santos (Fenerbahçe-TUR) – 28 anos e Adriano (Barcelona-ESP) – 26 anos

Pedro Spiacci: É a posição que menos concordo com Mano. Acho o André Santos extremamente comum, bom no apoio e só. Porém, ele tem rendido bem na seleção: foi convocado em todas e esteve entre os 11 sempre. Além disso, tem duas assistências e apenas um gol dos adversários foi criado em seu setor – o de Benzema. Adriano está voltando de lesão agora, deixaria espaço para Fábio (Manchester United-ING), que vem jogando na direita, mas é lateral-esquerdo de origem. Mas a grande ausência é a de Marcelo, o nosso melhor homem pela esquerda e um dos melhores do mundo, vestiria a seis tranquilamente.

Lucas Imbroinise: Pois é, não dá pra entender a não-convocação de Marcelo, novamente em grande fase no Real Madrid, jogando na lateral(!), e não no meio ou na ponta-esquerda. Já André Santos, admito que não o acompanho na Turquia, mas na Seleção, ao menos, ele não destoa, ainda que não seja o nome de minha preferência. Adriano é reserva do Barça, e sempre rendeu melhor no meio. Acho injusta a sua convocação. No entanto, é dever lembrar que há uma enorme carência de bons laterais-esquerdos no país.

Volantes: Lucas (Liverpool-ING) – 24 anos, Ramires (Chelsea-ING) – 24 anos, Sandro (Tottenham-ING) – 22 anos e Henrique (Cruzeiro-BRA) – 26 anos

Pedro Spiacci: Lucas é um dos líderes na votação para melhor jogador da temporada, no site do Liverpool. Ramires cresceu muito no Chelsea. Sandro assumiu a vaga entre os 11 no Tottenham. Henrique é um dos melhores jogadores do Cruzeiro, que faz ótima temporada. Aliado a isso, Denílson sumiu no Arsenal, Hernanes se firmou como meia na Lazio e Mano prefere Anderson mais avançado, e não como volante, posição em que Ferguson costuma escalá-lo.

Lucas Imbroinise: Com exceção de Henrique, que ainda não tem a confiança plena de Mano, acho que esses volantes têm enormes chances de chegarem como selecionáveis em 2014. Lucas assumiu de forma exemplar o posto de Gilberto Silva. Considero, aliás, o jogador do Liverpool bastante superior ao antigo capitão brasileiro. O interessante é que Ramires o completa. Segundo volante, de ótima arrancada e passe preciso, o ex-volante do Cruzeiro forma ótima dupla com Lucas. Titulares absolutos de Mano. Merecidíssimo. O caminho está aberto para Henrique, e há pouca concorrência. Talvez o nome que mais chegue perto do cruzeirense seja o do rubro-negro Willians, que vem fazendo ótimo primeiro semestre com a 8 do Flamengo.

Meias: Anderson (Manchester United-ING) – 23 anos, Thiago Neves (Flamengo-BRA) – 26 anos, Elias (Altetico de Madrid-ESP) – 26 anos, Elano (Santos-BRA) – 29 anos, Lucas (São Paulo-BRA) – 18 anos e Jádson (Shakhtar-UCR) – 27 anos

Pedro Spiacci: A posição está carente e com a nova lesão de Ganso, ficou ainda mais difícil. Mas, entre os nomes chamados, dois deles já descartaria logo de cara: Elias e Thiago Neves. O ex-jogador do Corinthians se destacou como volante e na Europa está LONGE de se firmar entre os titulares colchoneros, portanto, não entendo a convocação. TN7 faz bom trabalho no Flamengo, mas nada de absurdo, sinto que ele seria um dos nomes que sairia da lista, caso fossem apenas 23 convocados.

Jádson é um caso separado, é ótimo jogador, joga em um time que utiliza o 4-2-3-1 (esquema preferido de Mano Menezes), mas não se saiu bem, quando esteve na seleção. Provavelmente o técnico sentiu que ele pode ser útil e, por isso, ofereceu a nova oportunidade. Estranho, que com Hernanes, expulso no jogo contra a França, isso não ocorreu. Renato Augusto, que teve que se sacrificar após a expulsão do laziale, também não ganhou outra chance. E ambos estão jogando muito bem, por Lazio e Leverkusen, respectivamente.

Elano vem muito bem e desempenha diversas funções no meio e pode até ser escalado como volante pela direita, em um esquema 4-3-1-2, que Mano também já utilizou na seleção. Lucas, por mais que venha de lesão e não tenha tido bom desempenho na última partida do São Paulo, merece muito seguir no grupo, pelo que apresentou recentemente e pela forma que começou com a amarelinha. Anderson se recuperou no Manchester United-ING, muitas vezes jogando como meia-central, mas Mano Menezes já declarou que deve usá-lo como meia-atacante, função que desempenhou no Grêmio, Porto e, até mesmo, nos red devils.

Lucas Imbroinise: Também não levaria Elias, pelos mesmos motivos. Quanto a Thiago Neves, acho que o teste é válido. É um dos melhores meias em atividade no país, juntamente com os gringos D’Alessandro e Montillo. Definidor de jogadas, rápido, bom driblador e vem se encaixando bem em qualquer esquema proposto por Luxemburgo. Tem tudo para se adaptar com facilidade à escolha tática de Mano Menezes, que afirmou tê-lo como o substituto de Ganso, pois, segundo o treinador brasileiro, Thiago joga mais à frente que o santista.

Não levaria Jádson. Não vejo nada demais em seu futebol. Nenhuma justificativa para vestir a amarelinha, assim como em Renato Augusto. Passa por um bom momento, mas, a meu ver, não é jogador de seleção. Anderson e Elano dispensam comentários, não só pela versatilidade, mas também pelo momento recente. Ambos têm jogado muita bola. Quanto a Lucas, concordo plenamente com você. Merece.

Apesar de estar ciente da convivência com lesões graves e da pouca sequência de jogos, levaria Kaká. Não só pelo que representa, mas também pelo que pode acrescentar aos jovens meias que vêm sendo convocado. Além de ser jogador de grupo, Kaká ajuda muito aos mais novos e, caso recupere a forma física, tem tudo para pintar na Copa do Brasil, daqui a três anos.

Atacantes: Fred (Fluminense-BRA) – 27 anos, Nilmar (Villarreal-ESP) – 26 anos, Leandro Damião (Internacional-BRA) – 21 anos, Neymar (Santos-BRA) – 19 anos e Robinho (Milan-ITA) – 27 anos

Pedro Spiacci: A volta de Fred e também a sua primeira convocação com Mano Menezes, considero que foi precoce. Robinho volta no momento certo: campeão e em grande fase no Milan. Nilmar também vive ótimo momento em seu clube, o Villarreal, da Espanha, onde forma ótima dupla de ataque com o italiano Rossi. Sobre Neymar, além de seguir jogando demais, ele parece mais maduro, portanto deve seguir como um dos pilares da renovação. Leandro Damião não parou de marcar gols, mas, de qualquer forma, daria mais uma chance para Hulk, que mesmo com sua queda de rendimento em 2011, segue sendo um dos destaques do Porto, que dá o que falar na Europa.

Lucas Imbroinise: Concordo quanto a Fred. Mas o passado e a grife falam mais alto. Há um monte de atacantes, inclusive no futebol brasileiro, à sua frente. Rafael Moura é um deles. Mas o passado de Fred compensa, neste caso. Não abriria mão de Robinho. Muito últil taticamente, tem o impreviso que caracteriza os grandes atacantes brasileiros. No lugar certo e no momento certo, resolve muitos jogos.

Nilmar vive grande fase e é ótima alternativa para o banco de reservas. Assim como Damião. Gosto muito de Hulk, também, no entanto, não vejo espaço para o camisa 12 do Porto na atual seleção de Mano. Quanto a Neymar, deixo o presente falar por mim. Simplismente o melhor jogador em atividade no país.

Pedro Spiacci: Acho que era isso, Lucas. Temos dois bons amistosos, principalmente contra a Holanda, que será o melhor teste do time do Mano.

Lucas Imbroinise: Isso aí , Pedro. Muito legal debater contigo. Até a próxima!


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Liga Europa, mais um título de um time histórico




Em 16 jogos, 44 gols marcados, com 13 vitórias. Uma campanha perfeita. E recordista. Nunca antes na história da Liga Europa uma equipe conseguira fazer tantos gols. O Porto de André Villas-Boas é assim, histórico. Um time que joga pra frente, atropela e impressiona todo um país com as conquistas do campeonato nacional e o segundo torneio mais importante do continente. Um time que não mede seu sucesso e só tende a crescer ainda mais.

Até quando joga mal, o Porto sai campeão em jogos decisivos. A camisa pesa, o suór vira sangue e o time se supera. Como nesta quarta-feira, diante do limitado Sporting Braga. Talvez na pior exibição do time que entrou para a história do futebol português nesta temporada, com um ataque arrasador e um treinador surpreendentemente jovem - André tem apenas 33 anos.

E o sucesso ainda pode ser maior. Neste domingo, os portistas podem levantar mais um troféu e carimbar a 'Tríplice Coroa' portuguesa na temporada, se vencerem o Vitória Guimarães, em Lisboa, e conquistarem a Taça de Portugal.

O time que tem o melhor goleiro do país, uma defesa extremamente segura, três ótimos volantes-meias na condução do meio de campo, um atacante fora de série, além de um matador nato poderia não obter tanto sucesso se não contasse com um treinador competente. Alguém capaz de fazer voltar os tempos de glórias de um gigante do futebol europeu. Alguém ousado, que fizesse o time jogar pra frente, mas com equilíbrio, eficiência, como há muito tempo não se via.

André Villas-Boas foi muito mais que tudo isso. Foi o melhor técnico do país. E a grande revelação mundial no banco de reservas. Uma verdadeira sensação. Sem inventar muito, manteve o padrão tático da equipe, no entanto, reformulou a maneira do time jogar. Com a bola, ataque total. Sem ela, desdobramento no combate e rápido reagrupamento.

No 4-3-3, André uniu o útil ao agradável. Conseguiu montar um esquema equilibrado, de muita intensidade no ataque e bastante combate no meio de campo. Ademais, viu na ponta-direita um paraíso para o craque do time, Hulk, monstruoso por mais uma temporada consecutiva. Fez o time jogar não só em função do brasileiro. E acabou achando novas alternativas, como os ótimos volantes Moutinho e Guarín, e o veloz Varela.

Mas sem um autêntico centroavante, alguém capaz de realmente fazer a diferença na frente, nada seria possível. Falcão García não chegou ao Porto a pedido de Villas-Boas. Mas ganhou muita motivação com a chegada do novo treinador. E voltou a marcar gols. Muitos gols. Alguns decisivos até demais, como o de cabeça contra o Braga, que deu o título da Liga Europa para o clube, após cruzamento perfeito de Guarín, outro que fez temporada brilhante.

Não só pelas conquistas, mas pela forma como as conquistou, o Porto marca seu nome na História. Em Portugal, é absoluto. Há um imenso abismo técnico entre os Dragões e as outras equipes portuguesas, com exceção dos gigantes Sporting Lisboa e Benfica, que, mesmo assim, sequer conseguiram fazer frente ao clube nesta temporada. Na Europa, começa a se firmar como favorito nas principais competições. A Champions League é a nova meta. E a manutenção do treinador e dos principais jogadores é o principal objetivo de uma diretoria extremamente vencedora.

domingo, 15 de maio de 2011

Neymar, o brilho de um time competitivo




Uma semana depois, o blog volta ao ar. Volta a falar de Neymar. Ele é o centro das atenções. O craque do Campeonato Paulista. Um dos melhores jogadores da atualidade. E, mais uma vez, foi decisivo em uma final de campeonato. Com apenas 19 anos. E muito futebol. O garoto que soube que será pai do filho de uma menina de 17 anos carrega a responsabilidade que muitas vezes lhe falta fora de campo dentro dele. Sem seu parceiro e craque Paulo Henrique Ganso, é em seu futebol que mora a grande esperança da torcida santista.

Afinal, apesar de possuir um time bastante competitivo, sério, organizado, moldado aos ideais de um dos melhores técnicos do futebol brasileiro, Neymar é o brilho que faltaria ao Santos caso não permanecesse na Vila Belmiro. É o improviso. É a arma fatal, a solução dos problemas, a saída alternativa para um caminho menos espinhento. É o craque que muitos times sonham em ter e não têm.

E até mesmo quando não resolve a parada, o camisa 7 do Peixe é essencial. Pois chama a atenção e prega o respeito nos adversários. Tite, por exemplo, estudou a semana inteira uma maneira de anular Neymar. Colou Alessandro e mais um volante no atacante. Foco total no menino. Neymar não entrou em ação com a bola nos pés. Saiu da área, carregou dois marcadores, e abriu espaço para Zé Eduardo dominar a bola dentro da área antes de tocar para Arouca marcar. O primeiro gol do Santos tinha participação indireta da joia alvinegra, fundamental em qualquer sentido ou contexto.

Se não fosse a falha grotesca do goleiro corintiano Júlio César, o Santos dificilmente teria o título tão encaminhado no segundo tempo. Mas não era um chute de qualquer um. Era um chute de Neymar. Um chute fraco, feio, mascado, impreciso. Um chute despretencioso. Por mais que fosse tão ruim, saindo do pé de quem saiu, não tinha como não ser minimamente perigoso. E foi. Escorreu pelas mãos de Júlio antes de morrer no fundo das redes. Dois a zero Santos.

Nem mesmo o gol de Morais pôs o fogo no jogo que o Corinthians queria. Houve uma certa pressão, nada demais. Facilmente contida pela equipe de Muricy Ramalho. O time que dominou o jogo. E boa parte do campeonato. Um time que, ao contrário do ano passado, nem sempre dá espetáculo, nem sempre joga bonito. Um time que poderia ser um time como qualquer outro se não contasse com Neymar. Ele, sim, dá show em todos os jogos. Em diferentes palcos. Com diferentes canções e danças. O brilho que faltaria a um dos melhores times do Brasil.

domingo, 8 de maio de 2011

Neymar foi quem mais esteve perto de decidir no Pacaembu




Em três minutos, Neymar pôs fogo num clássico que tinha na tensão e na pouca criatividade as suas marcas. Com uma bela quase assistência, dribles desconcertantes, um chute cruzado que tirou tinta da trave e outra finalização assustadora no travessão, o garoto mais badalado do país por pouco não decidiu o duelo. E esquentou um jogo até então bem morno, que tendia para os donos da casa, os corintianos.

Fora alguns lampejos de Bruno César, Dentinho e Liédson, que alternaram bons e maus momentos, quem mais esteve capaz de decidir o primeiro jogo da final do Paulistão 2011 foi a jóia da Vila Belmiro. Foi quem mais chamou a responsabilidade. Justamente no momento em que seu time mais precisava de um protagonista de verdade, logo após perder Paulo Henrique Ganso, o meia cerebral da equipe de Muricy Ramalho, por lesão muscular.

Mas Neymar não foi bem na primeira etapa. Bem vigiado por Wallace, a quem só conseguiu driblar uma vez, "conquistando" um cartão amarelo para o zagueiro improvisado na lateral-direita corintiana, e que bateu de frente com o camisa 11 santista durante toda a partida, Neymar nada fez além de uma jogada que terminou com chute fraco na trave de Rafael. Atuação discretíssima até os 9 minutos da segunda etapa, quando começou o seu show particular.

Primeiro com um passe perfeito para Danilo, que quase marcou. Chicão salvou em cima da linha. Depois, entre dribles de corpo e fintas rápidas, chegou bem perto de marcar, mas acabou parando no travessão, após tabela com Alan Patrick, que entrou bem no lugar do 10 do Peixe.

O incrível é que, ultimamente, Neymar não tem crescido de produção ao lado de Ganso. Parece que o futebol de ambos não encaixa da mesma forma como em 2010.Quando joga sem seu eterno companheiro, a jóia da Vila cresce de produção mais do que junto com o camisa 10. Excesso de protagonistas? A torcida santista espera que não. De qualquer forma, Neymar terá todo o brilho reservado para ele na próxima quarta-feira, já que Paulo Henrique dificilmente enfrenta o Once Caldas, em Manizales, Colômbia.

Sem conseguir ser decisivo, Neymar foi quem mais chegou perto de conseguir a façanha no clássico deste domingo, no Pacaembú. E é de seus pés que a torcida santista mais espera as soluções para jogos truncados e tensos, facilmente resolvidos por dribles rápidos e desconcertantes, a praia de Neymar.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Despreparo à brasileira

O Internacional precisava de um mero empate sem gols. O Cruzeiro, podia até perder de 1 a o. Ambos em casa. No Paraguai, o Fluminense podia perder por um gol de diferença. No Chile, o Grêmio tinha a missão mais difícil: ganhar por dois gols de diferença. Um panorama, no mínimo, animador para a grande maioria dos clubes brasileiros. A hegemonia na Libertadores parecia estar mais perto. Parecia.

Mas falta tudo aos brasileiros em jogos decisivos da Libertadores. Tudo. Técnica, talento, equilíbrio, raça, garra, coragem, "cancha", luta, experiência. Falta todo e qualquer tipo de preparo, seja ele físico, mental ou técnico.
O Peñarol não tem, atualmente, nem um quarto do tamanho do Inter. Pode ter uma história tão gloriosa quanto a colorada. Pode ter ídolos tão eternos como Falcão. Mas, nos padrões de hoje, não se compara ao time comandado pelo Rei de Roma. Não tem um D'Alessandro vestindo a 10, nem uma dupla de volantes de nível internacional como a colorada. Muito menos um atacante de seleção brasileira. Mas tem a garra uruguaia, a coragem comum a qualquer vizinho sul-americano. Tem preparo digno de Libertadores. Preparo mental. Sabe lidar com a maior competição das Américas.

Os dois a um, de virada, dos uruguaios no Beira-Rio já haviam causado um grande impacto na imprensa brasileira. Mas nada comparado ao que ainda estava por vir, com as surpreendentes eliminações de Fluminense e Cruzeiro, que evidenciaram o despreparo por parte dos brasileiros em lidar com equilíbrio na Libertadores. Os times se perdem. Os técnicos se perdem. Cuca é a imagem disso.

É impressionante a capacidade dos times brasileiros em ter vantagens revertidas dentro de suas próprias casas. Por vezes, vantagens absurdas. Vide o Flamengo e América do México, em 2008. Como se todo o planejamento não importasse mais tanto assim. O salto alto atrapalha demais, e faz com que o certo se torne duvidoso. Total despreparo. Falta tudo. E o Brasil ainda tem muito a aprender com seus vizinhos.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

O novo Thiago Neves




Pode-se dizer que a carreira de Thiago Neves já pode ser dividida em dois momentos distintos. O primeiro vai do surgimento do jogador no Paraná até a chegada à Alemanha, ao Hamburgo. O segundo começa em janeiro deste ano. Um grande intervalo separa as duas fases, ocupado pela passagem pelo mundo árabe, desprezível, por sinal, em todos os aspectos, a não ser o financeiro.

O curioso é que Thiago Neves parece ser outro jogador em 2011. Campeão carioca pelo Flamengo, veste a 7, flutua por todo o campo, mas vem caindo mais pela esquerda no time comandado por Luxemburgo. Até aí, nenhuma transformação radical em relação ao ano de 2008. A grande mudança vem no ponto de vista da vontade, da raça, da marcação. Thiago Neves se doa em campo atualmente. Não é a estrela maior do time. É, sim, o craque do Estadual 2011, mas com méritos e humildade.

No Fluminense de Renato Gaúcho, era quase um ponta-direita, apesar da movimentação constante. Vestia a 10 e era, praticamente, o astro da equipe. Chamava a responsabilidade como agora, mas não tinha vontade em correr pelos outros. Não marcava tanto. Não voltava tanto. Não ajudava tanto os volantes como agora. É outro jogador. Provavelmente graças ao dedo de Luxemburgo, que garante: "Ele ainda pode melhorar muito. Vamos trabalhar o jogador mais ainda.".

Para isso, o preparo físico é fundamental. Voltar à forma física perfeita do seu auge é o novo desafio. A forma técnica ele nunca perdeu. Os golaços que levavam à loucura os tricolores já conquistaram os flamenguistas. Como o em cima do Vasco, na Taça Guanabara, com direito a balão em Fernando Prass. Na comemoração, as tradicionais dancinhas de funk. Thiago Neves não mudou quase nada. E ao mesmo tempo mudou tudo. É um outro Thiago Neves. O melhor Thiago Neves que o Brasil pode ver.

Giro pelo mundo

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