" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A luz no fim do túnel


Apesar do Atlético não ter jogado bem, do campo estar molhado e favorecido os chutes de longe do time da casa, e dos pesares, o Fluminense voltou a ganhar em casa e, com gols de Fred e Conca, venceu o Galo por 2 a 1, diminuindo para cinco a distância até o primeiro time fora da zona.

A destacar no time tricolor, a solidez da defesa do Flu, o apoio incondicional da torcida tricolor, que por mais sofrimento que tenha, ainda acredita no time, o que já é um grande passo para um possível 'milagre'. O time carioca ainda contou com a ajuda de Ricardinho, que não acertou praticamente nada, isolando os atacantes do Galo, que acabaram por pouco fazer.

E, por mais difícil que seja, Cuca ainda tenta acreditar na fuga do rebaixamento. Mesmo tendo que vencer praticamente todos os jogos que lhe restam. A luz no fim do túnel roubou um pouco do brilho da luz da lanterna tricolor, quase a apagando, mas o número de vitórias do Sport, que ontem empatou com o Coritiba, é maior, impedindo-a.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Jogo dos Sete Erros

Faltando apenas sete rodadas para o fim do Campeonato mais equilibrado dos últimos seis anos, incríveis sete equipes ainda brigam pelo título - com exceção daquelas que possuem chances desprezíveis. Em tempos em que a maior emissora de televisão e detentoras dos direitos de imagem do Brasileirão quer uma mudança na fórmula de pontos corridos, isso serve como explicação e tese no discurso de Ricardo Teixeira, que é contra.

Líder há mais de dois meses, e com 39% de chances de ser campeão, o Palmeiras precisa da vitória no jogo desta quinta-feira, ás 20h30m, no Palestra Itália, contra o Goiás, que ainda sonha, mesmo que estando com chances remotas(1%), adversário que fará de tudo para impedir a conquista dos três pontos por parte da equipe de Muricy. Em caso de vitória, o Verdão chegará aos 57 pontos.

Com 53 pontos, 18% de chances ao título, e um time que vem jogando bem, Celso Roth veio ao Rio com sua equipe com duas missões, uma em consequência da outra. A primeira e mais importante é a vitória, que levaria o time aos 66 pontos. E a conquista dos três pontos causaria um rebaixamento virtual do Fluminense.

Em terceiro lugar e nada empolgado, o Colorado vai a São paulo pegar o time de Ricardo Gomes, que mesmo não jogando bem, empolga a torcida, que sonha com um hepta inédito. Sem Guiñazu e Rogério Ceni, o clássico fica desfalcado de craques, mas a substituição é imediata por emoção e tensão.

Empolgado como de costume, o " time de chegada", mais conhecido como Flamengo, vai a Barueri, em São paulo, enfrentar o time da cidade. Com apenas 9% de chances de título, o Flamengo se vê obrigado a vencer, logo no dia do Flamenguista e de seu padroeiro, São judas Tadeu. Grande Fase!

O último candidato é tido por muitos como a grande surpresa desta reta final. Com 48 pontos - seis atrás do líder -, e apenas 3% de chances de título brasileiro, o Cruzeiro empolga pela tradição e, principalmente pelo técnico que tem. Exímio estrategista, Adilson Batista já está no topo de sua geração. Aliando-se a uma tabela mais "fácil", Adilson pode, enfim, realizar um de seus objetivos de vida: ser campeão brasieliro como jogador e como técnico.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Pelé é Pelé - 69 anos de magia *

Hoje é Natal para o futebol. Afinal, há 69 anos atrás, nascia o salvador do esporte mais conhecido atualmente, mas que, naquela época, não tinha o mesmo brilho. E só foi conquistá-lo com o tempo. Bem que Puskas tentou, assim como Di Stéfano, mas quem, de fato, assegurou o brilho e encantou o mundo com a bola nos pés, sem dúvidas, foi Edison Arantes do Nascimento, o Pelé. O mineiro de família humilde, da pequena Três Corações, se indignou aos 10 anos de idade ao ver lágrimas caindo do olho de seu pai, na derrota Brasileira na final da Copa de 50, para o Uruguai, em episódio que ficou mundialmente conhecido como "Maracanasso".

Dali em diante, a vida do jovem Edison se tranformou em promessa ao pai. O garoto, que já demonstrava extremo talento nas peladas nas ruas de terra do seu bairro, prometera ao pai um título mundial para ele, e para o Brasil. Dito e feito. Bastaram oito anos para a promessa virar realidade. Em 1958, o atleta já com contrato com o Santos, com incríveis 17 anos, foi capaz de decidir a Copa da Suécia, encantando o mundo com a sua magia. Tudo se repetiu 4 anos depois, no Chile, só que, agora, com mais maturidade, mais cadência, mais maestreza. Era algo sobrenatural. A partir dali, a Vila Belmiro ficou pequena para o público brasileiro que queria ver ele, o Rei.

Os gols eram de todas as formas: de cabeça, com ambos os pés, de ombro, de bicicleta, de calcanhar, de letra. "Pelé era Pelé, fazia gol até dormindo", dizia Pepe, seu companheiro de Santos, Seleção e de quarto, referindo-se aos sonhos do artileiro santista, durante as concentrações para os jogos. No Paulistão de 1964, uma história curiosa. Pela primeira vez em muitos anos consecutivos, Pelé estava ameaçado de perder a artilharia do campeonato. Foi então que, diante do Botafogo de Ribeirão Preto, comandado por Osvaldo Brandão, Pelé marcou incríveis e surreais onze gols na goleada de onze a um santista. O suficiente para ser mais uma vez o artilheiro.

Em 1959, Pelé encantou o bairro paulista da Mooca, ao marcar o gol, segundo ele, o mais bontito de sua carreira, contra o Juventos-SP, do goleiro Mão de Onça. No lance do gol, Pelé deu "chapéus" em todos os zagueiros e no goleiro, completando para as redes com uma formidável cabeçada. Contudo, para a infelicidade dos não-presentes no local e dos não-nascidos na época, o gol mais bonito da carreira do Rei não possui filmagens, apenas uma reconstrução gráfica para o documentário "Pelé Eterno", que conta toda a carreira do jogador.

Porém, mesmo tendo obtido o seu auge muito cedo e duradouro, o ano mágico do rei, indubitavelmente, foi 1969. A começar quando, incrivelmente, Pelé parou temporariamente a guerra civil no Congo Belga em 1969, quando, durante excursão pela África, o Santos jogou duas partidas de exibição no país, então dividido pela guerra. Somente Pelé faz isso, só ele tem esse poder. E meses depois, assim como em toda sua carreira, os gols não paravam de surgir, pelo contrário, cresciam em progressão geométrica, não parando nunca. A coroa foi colocada de vez em sua cabeça no dia 19 de novembro de 1969, ao marcar no Vasco do goleiro Andrada, de pênalti, o gol mais importante de sua carreira: o milésimo.

Pelé ainda achou tempo para calar os críticos e mau-olhados, que diziam que após o milésimo, Pelé cessaria sua gana, parando de marcar gols, ficando e deixando o Brasil estéril. Mas Pelé é Pelé. Logo no ano seguinte, na Copa de 70, no México, Pelé decidiu mais uma vez para o Brasil, sagrando-se o único jogador a conquistar três títulos mundiais(até hoje), marcando, inclusive, gols na final. Entretanto, foi também na Copa do México que Pelé não fez os únicos gols possíveis - sob as condições humanas - de sua carreira: o do corta luz, deixando Mazurkiewicz(goleiro uruguaio) perdido, e o do meio-de-campo, contra o mesmo Uruguai, ambos na semifinal da Copa de 70. E ele liga para isso? Claro que não. Pele é Pelé.

Um ano depois, Pelé escreveu mais um capítulo de seus milagres, levando mais de 135 mil pessoas ao Maracanã, em um amistoso contra a Iugoslávia, terminado empatado em 2 a 2. O motivo de tanta clientela: despedida do Rei da seleção. Sob gritos de " Fica, Fica, Fica!", Pelé chorou, agradeceu, sorriu, e encerrou um ciclo de vitórias, de conquistas, encerrou um reinado mágico. O mesmo aconteceu em 74, na Vila, palco de seus gols e jogadas incríveis, quando Pelé se despediu de uma legião de santistas, de seguidores. No meio do jogo, ao receber um passe no meio-de-campo, parou, pegou a bola, ajoelou-se sobre o gramado e, com humildade, proferiu, extremamente emocionado, a frase: " Obrigado, Deus". Só faltava lhe avisar, que quem agradecia era o povo brasileiro, por tantos anos de alegria e tranformação do nosso futebol.

Deixemos de lado as frases polêmicas do rei, os seus relacionamentos diversos e incômodos ao povo, os seus esquivos - por menores que tenham sido, ele é humano(só como pessoa), e também erra. Pois, afinal, só Pelé parou uma guerra de povos extremos e odiados entre si. Só Pelé leva mais de 130 mil pessoas para seus shows particulares. Só Pelé merece todo respeito e agradecimento. Pelé revolucionou a mística da camisa 10 e, mais do que isso, o futebol e esporte mundial. Pelé é e sempre será Pelé. Hoje ou daqui a 69 outros anos, ninguém se esquecerá de Pelé. Porque Pelé é Pelé.

Parabéns Rei, por 69 anos de magia e humildade. Você merece.


*por Lucas Imbroinise, direto do Fanáticos Por Futebol

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

As repescagens à Copa da África

Bahrein x Nova Zelândia - Como o primeiro jogo terminou empatado sem gols, a equipe que jogar melhor o segundo estará na Copa. Isso pode soar como falta de informação sobre os times, porém as duas equipes se equivalem na maioria dos aspectos, portanto, qualquer resultado é normal neste caso. O Bahrein, entretanto, joga do lado de sua torcida, mas, cá entre nós, isso não faz muita diferença...

Uruguai x CostaRica - O Uruguai um time mais completo, e por si só, mais forte. Porém, o time de Renê Simões joga muito bem em casa, local do primeiro jogo, e costuma surpreender algumas equipes fortes, principalmente no início dos jogos. Aposta do editor: Uruguai

França x Irlanda Apesar da Irlanda ter alguns medalhões que atuam no futebol inglês em seu esquadrão, o time comandando por Robbie Keane vai ter que se desdobrar para surpreender a forte França.Isso mesmo: a forte França. Mesmo não estando jogando um bom futebol, um time que tem: Ribery, Henry, Malouda, Evra, Benzema e etc não pode ter outra atribuição. Aposto na França.

Grécia x Ucrânia. Aposto na Ucrânia, por ter um time mais rápido e mais técnico. O time grego é um time de força, de bola na área...

Rússia x Eslovênia - O time esloveno não tem um Zahovic como em 2002, e terá que encarar Zhirkov, Arshavin, Pavlyuchenko e cia...Aposto na Rússia.

Portugal x Bósnia - Na minha opinião, o duelo mais equilibrado. A Bósnia conta com um grande poder ofensivo. A dupla que encantou a cidade de Wolfsburg comanda o time Dzeko e Misimovic. Pode e eu acho que vai surpreender a conturbada seleção portuguesa.
Aposta; Bósnia

domingo, 18 de outubro de 2009

Para voltar a sorrir


Há aproximadamente 2 anos, um sorriso encantava o mundo pela terceira temporada consecutiva. Com passes e dribles mágicos, a rapidez de seu pensamento aliava-se a sua destreza, resultando num sorriso em que a felicidade era completamente exposta, contagiando a todos os amantes do futebol.


É fácil deduzir que tal personagem citado acima é Ronaldinho. Não o fenômeno, mas sim o Gaúcho. É o craque que fez, pela primeira veza na história do futebol espanhol, a torcida do Real Madrid aplaudir um jogador do rival-mór Barcelona. E de pé. Na ocasião, aplausos mais do que justos, tamanha sua magia àquela altura.


Mas, com o tempo, o garoto que driblava o cachorro no quintal de sua casa em Porto Alegre na adolescência, foi ganhando fama, se deslumbrando com as noites européias e, mergulhado na fama e no dinheiro, esqueceu-se de seu maior atributo, do seu até então 'ganha-pão', o futebol.


Os dribles rápidos e mágicos que eram vistos na época de seu auge, no Barcelona, deram lugar às constantes festinhas e rodas de samba promovidos nas noites européias. O preparo físico excelente, com um corpo invejável, deu lugar a uma falta de rimto impressionante, e uma barriga um tanto desenvolvida.


Quando resolveu despertar do pesadelo em que vivia, a decadência era grande. Para juntar os cacos e voltar a ser quem sempre foi demorario, contudo ele sabia. Os lampejos de uma possível recuperação foram raros. Podemos citar algumas boas partidas feitas com a camisa do Milan, algumas convocações para a seleção de Dunga , e só.


Para voltar a sorrir e encantar o mundo, Ronaldinho tem que se esforçar. Tem que voltar a treinar como treinava no Grêmio. Tem que voltar a correr como corria no PSG. Tem que voltar a se divertir como se divertia no Barça, dentro de campo. Mais um lampejo dessa possível recuperação veio à tona na manhã deste domingo, na vitória por 2 a 1 sobre a Roma, na qual o craque brasileiro teve ótima atuação, marcando inclusive um dois gols.


Volte a sorrir, Ronaldinho! O Brasil torce por você.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O artilheiro das Eliminatórias

O pragmatismo que fundamentaliza a seleção chilena comandada pelo " Loco Bielsa" envolve também os jogadores. Desde o seguro goleiro Claudio Bravo ao artilheiro das Eliminatórias Humberto Suazo, o ar pragmático e objetivo paira sobre a seleção.

Isso é consequência também do profissionalismo, nítido ontem, na vitória por 1 a 0 sobre o Equador, em que o Chile já estava classificado e fez questão de vencer. Vencer e convencer. Vencer e ajudar Suazo a passar Luis Fabiano e ser o artilheiro das Eliminatórias Sulamericanas para a Copa de 2010, com 10 gols.

O centroavante chileno, de 1,72m de altura, com 28 anos, garante viver seu melhor momento da carreira. Na seleção desde 2005, já tendo marcado 51 gols pelo país, Suazo é a grande esperança de gols do Chile atualmente. O faro de artilheiro matador que possui já é antigo. Beto, como é conhecido pelos amigos, já foi artilheiro artilheiro por 3 vezes do campeonato chileno, em 2006 e 2007( no Clausura e no Apertura).

Além da ajuda dos companheiros, Suazo conta com um grande aliado para conseguir seus gols: a sua determinação. Mesmo com a pouca altura, a determinação é fruto do trabalho intenso do chileno, que não desiste nunca. E é a causa do seu bom posicionamento, das suas ótimas finalizações e, é claro, do seu extinto de artilheiro.

Humberto Andrés Suazo Pontivo está mundialmente conhecido por seus gols. Está conhecido pelo atacante, até então um pouco desconhecido, que fez com que Luis Fabiano perdesse a " fabulosidade" e se preocupasse com a artilharia da Copa do Mundo de 2010, já que a das Eliminatórias já tem dono.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Chance de Ouro


Talvez a seleção brasileiro Sub-20 de 2009 não tenha um Geovani como em 83, um Silas como em 85, um Gian como em 93, ou até mesmo um Daniel Carvalho como em 2003, mas tem algo que nenhuma das quatro citadas acima possuía em suas campanhas vitoriosas nos Mundiais: união.


União que se transforma em entrosamento dentro de campo e volta a ser a mesma coisa fora das quatro linhas. União que facilita o passe de Giuliano para Alan Kardec. União que aumenta o poderio ofensivo canarinho. União que fez o Brasil chegar à final do Mundial, que será disputada na próxima sexta-feira, no Cairo, contra a veloz seleção de Gana.


Mais do que se sagrar pentacampeão de um torneio fundamental das categorias de base, os moleques canarinhos podem conseguir visibilidade no exterior, e até mesmo ajudar seus clubes nas dívidas e finanças. Além de, é claro, marcarem seus nomes na história do futebol mundial.


Caso consigam se sagrar campeões, a garotada brasileira pode, enfim, fazer o povo brasileiro esquecer-se dos fiascos recentes das seleções olímpicas, principalmente jogando um bom futebol. Afinal, o ouro olímpico prometido por Lula para 2016, jamais conquistado pelo Brasil no futebol, costuma ser trocado por outras conquistas. Nada melhor do que trocar ouro por ouro. É a grande chance da garotada brasileira mostrar seu valor.

Tempo Mágico

O clima tenso após a eliminação da seleção brasileira na Copa de 2006 que pairava no ar foi seu primeiro desafio a ser superado. Logo em sua estreia, ainda em 2006, um empate feio e simples com a modesta Noruega aumentou a impaciência do povo com a seleção. Mas ele é forte. É gaúcho de Ijuí. É brasileiro. E não desiste nunca.

E foi assim, sem desistir, que Dunga venceu a Copa América, deu a volta por cima, calou os críticos e reduziu, de forma brilhante, a distância entre o povo brasileiro e a seleção, recuperando o amor e orgulho que tanto fizeram parte da história canarinha.

Entretanto, o tempo passou, e o ano de 2008 foi um pouco cruel para o treinador. Nem o menos crítico poderia esperar volta por cima melhor que a de Dunga. Após empatar com a arqui-rival Argentina no Mineirão, em meados de 2008, por 0 a 0, estava praticamente definida a sua demissão. E ela foi evidenciada e quase confirmada após fracasso nas Olimpíadas. O ponto final do pior ano de Dunga foi a derrota para o Paraguai, por 2 x 0, em Assunção, num verdadeiro massacre do time da casa.

Mas Dunga é de Ijuí, cidade conhecida pelo modo viril de se viver, pela força de seus habitantes, pela determinação. Mas como o tempo, o futebol muda, e muito. A determinação e garra que o volante viril, hoje técnico da seleção, Dunga, tinha quando jogador entrou em campo com seus comandados em 2009. A começar pela vitória sobre o Uruguai, por 4 a 0, em Montevidéo, encerrando um jejum longo de vitórias no território platino.

O último passo desse avanço em 2009, foi o que era para ser a Batalha de Rosário, que se tranformou em o " Massacre Brasileiro", cujo nome já explica o que foi o jogo. Um 3 a 1 convincente, assim como Dunga atualmente. Nem mesmo a derrota para a fraca Bolívia pode mudar isso. O tempo foi mágico com Dunga.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Que Flamengo é este?

Os mais de 82 mil presentes no Maracanã no jogo do último, em que o Flamengo venceu o Fluminense por 2 a 0, com gols de Adriano, viram um início de jogo aberto, com os dois times receiosos em se lançarem ao ataque e, acima de tudo, equilibrado. Porém, com o decorrer da partida, os erros e acertos, principalmente os detalhes, que sempre decidiram clássicos, decidiram mais uma vez. Desta vez, a favor do Flamengo.

Os erros tricolores começaram com o inoperante Ruy marcando mal, e o volante que serviria para cubri-lo e auxiliá-lo na marcação pela direita, Fabinho, estava numa péssima noite, falhando feio nos dois gols do Imperador. Para piorar o lado tricolor, seus atacantes pouco conseguiram produzir e, se não fosse o goleiro Rafael, a vitória rubro-negra se transformaria em goleada.

O pesadelo de Cuca aumentou quando o comandante tricolor deparou-se com um Flamengo organizado taticamente, graças à orientação que o sempre calmo e experiente Maldonado dava a Airton. Graças a um esforçado Zé Roberto que corria por Denis Marques, único a distoar, e se movimentava como poucos. Graças a um David tranquilo, mais calmo, que fazia menos falta que o normal.

A torcida rubro-negra, que encheu e fez a parte dela, ainda viu um Éverton solto no apoio, com liberdade e, principalmente após os gols, com tranquilidade. Viu Andrade tirar o distoado Denis Marques e apostar na vontade de Willians, que rendeu-lhes um gol, porém anulado. Mas, mais do que isso, Willians entrou com a disposição esperada, marcou com tanta vontade que recebeu mais um amarelo e não se limitou à marcação, usando o corredor direito como uma boa arma ofensiva, ao lado de Léo moura, que fez uma partida discreta, mas eficiente.

Entretanto, o velho e bom Petkovic não estava presente. Cansado pela marcação feita em Diguinho e prejudicado pelo campo pesado, Pet não rendeu tão bem como Adriano, cujo a noite foi mais uma de suas : cheia de gols. Mas como Pet é ídolo e títulos não se esquecem, o sérvio saiu aplaudido pela massa e teve seu nome gritado nas arquibancadas. Afinal, ele tem crédito, pois quem foi rei, nunca perde a majestade.

Que Flamengo é este?

sábado, 3 de outubro de 2009

O perigo de um grupo fechado

Não falta tanto tempo assim para a Copa do Mundo de 2010, na África, e pelo que se pode observar Dunga tem seu grupo quase deifinido. Suas grandes dúvidas são em relação aos reservas, uma vez que as onze vagas titulares já estão definidas. Até a sempre contestada lateral-esquerda ganhou um novo ar, de qualidade, de tranquilidade, com o eficiente André Santos.

Do goleiro intocável ao centroavante descoberto por ele, Dunga conseguiu montar um time com a sua cara, o seu jeito. A pegada dos volantes, a marcação eficiente dos laterais e os contra-ataques mortais puxados pelo trio Kaká-Robinho-Luís Fabiano enalteceram seu trabalho e levantaram sua moral.

Infelizmente, o grande problema de sua equipe são as lesões. Elas chegam de repente e modificam o padrão do time, caindo de produção. A grande preocupação do Gaúcho de Ijuí é na recorrência das mesmas, acarretando consequências pesadas para o mundial do ano que vem. Entre as principais, as que afetam o zagueiro titular Juan são as mais alarmantes.

Peça principal da equipe, o carioca que joga no Roma é obrigado a manter a calma que o consagrou dentro de campo no seu tratamento. Seus músculos, principalmente os da coxa, parecem ter envelhecido precocemente, ao inverso de seu futebol. Problema parecido atinge seu companheiro Lúcio, porém este em menor escala, mas sem perder a manutenção da preocupação. Afinal, a dupla de zaga tem sido um dos - senão o -pontos mais fortes da equipe de Dunga.

A sorte do técnicoo brasileiro é o fato dos reservas não estarem comprometendo. Exemplo disso foi a última atuação de Luisão, contra a Argentina, na qual foi eleito um dos melhores da partida por toda a imprensa esportiva.

Mas Dunga sabe que não pode contar com a sorte no Mundial da Áfricaha. Em seu planejamento, a disciplina a substitui. E, para não correr riscos, não é tão bom que seu grupo seja restrito. Justamente pelo fato de ocorrerem lesões. É preciso que Dunga busque nomes para segundas opções. Tudo para não correr riscos. Riscos que quase o fizeram perder o cargo que tem atualmente.

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