" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




domingo, 27 de dezembro de 2009

Espero e torço para que em 2010...

- Ronaldinho Gaúcho volte a ser Ronaldinho Gaúcho e que inclusive vá à Copa.

- o Hexacampeonato mundial chegue .

- Bebeto e Romário reeditem a dupla que encantou o mundo dentro das quatro linhas, mas desta vez fora delas no América-RJ.

-os cartolas entendam, de uma vez por todas, que seus respectivos papéis nos clubes não são de interesses e ideais passionais, e sim profissionais.

-a torcida coxabranca volte a representar seriamente e VERDADEIRAMENTE a sua insitituição gloriosa e puna os vândalos, que jamais deveriam ousar vestir o manto alviverde campeão brasileiro em 85.

-a África do Sul dê um exemplo de organização, hospitalidade, alegria, profissionalismo aliado ao passionalismo e faça uma Copa, antes de mais nada, INESQUECÍVEL.

-o Campeonato Brasileiro continue a ser a maravilha que é, e não perca a sua principal marca (orgulho de todos os amantes de futebol): o equilíbrio e nivelação entre as equipes.

Estes são, entre muitos, os mais importantes desejos meus relacionados ao mundo do futebol em 2010. Espero que todos se concretizem. O blog entra de férias, só voltando no dia 4 de janeiro. Até lá.
Boas Festas. Abraços

sábado, 19 de dezembro de 2009

El campeón de todo

Foto: Reuters

Sem jogar a bola que costuma, o Barcelona precisou usar o seu excelente preparo físico e se apoiar na genialidade do melhor jogador do mundo da atualidade para se sagrar campeão do mundo em 2009, encerrando um ciclo de conquistas impressionante nesta temporada, onde venceu todos os campeonatos que disputou. A forte marcação imposta pelo Estudiantes de La Plata foi suficiente para segurar a técnica e jogo de passes perfeitos pelo meio do time catalão até os 44 da segunda etapa, quando Pedro marcou o gol derradeiro de empate, levando a partida à prorrogação.

Sem poder contar com Iniesta, Guardiola escalou um meio composto por Sergio Busquests, Keita e Xavi. Pep sabia que teria de entrar com três atacantes para furar a retranca iminente do time argentino, e que marcar um gol logo no início da partida seria excelente para o time catalão. Contudo, contrariando o óbvio, Díaz levantou uma bola digna de um lateral esquerdo para o artilheiro Boselli, meio desajeitado, abrir o placar de cabeça para o time sulamericano. O plano de Guardiola havia ido por água abaixo, exatamente ao contrário do de Alejandro Sabella. Acontecia exatamente o que queria Sabella, restava-lhem, agora, segurar o incrível Barcelona durante o resto do primeiro e o todo o segundo tempo.

Fechado como era de se esperar e lutando como um verdadeiro time argentino, na raça, na garra, o Estudiantes se defendeu como pôde e, aos poucos, tentava ameaçar o time espanhol. O Barça não percebia que o futebol total jogado durante toda a temporada e que havia encantado o mundo não iria funcionar a partir de então. A retranca era de time argentino. Pelo meio era impossível entrar na área argentina humanamente, salvo, portanto, as jogadas fora de séries e "extraterrestres" de Leo Messi, que, no entanto, nem sempre funcionavam. Era preciso arriscar mais, chutar de fora da área, cruzar bolas...

A entrada de Joffren no fim da segunda etapa mudou um pouco o panorama de jogo, que era de pressão desgovernada e desorientada do Barcelona. O jovem espanhol caindo pela esquerda enfernizou o time argentino, consolidando ainda mais o domínio do time catalão. Até que, aos 44 da segunda etapa, após uma disputa de bola na área, vencida por Piqué, Pedro aproveitou falha do goleiro Albil e tocou por cima, de cabeça, empatando o jogo. Entrava em campo o desespero de uma prorrogação.


Privilegiado por um preparo físico de time gigante, a superiodade física do Barcelona era nítida. Com exceção de jogadas de puro "coração", o time argentino se via refém do preparo físico de primeiríssima linha do adversário. Mas mesmo assim, sem dar pontapés, jogando com lealdade, o time argentino era guerreiro demais. E, quando tudo parecia que iríamos ter uma disputa por pênaltis, a genialidade do Melhor do Mundo atualmente se sobrepôs a tudo e a todos, e com um toque digno de craque, Messi escorou de peito para o fundo das redes um cruzamento perfeito de Daniel Alves, ofuscando o brilho da luta do time argentino e, até mesmo, o da própria camisa fluorescente. Ali, quem brilhava mais não é a evoluçaõ tecnológica ou o brilho de uma camisa melancia fluorescente, mas sim um gênio do futebol mundial. O Barcelona pode se orgulhar, finalmente, de ter levantado todos os troféus possíveis.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O renascimento do Parma

Apoiado num acordo milhonário com a Parmalat S/A, o Parma FC, até então um time pequeno da Itália, viu seu horizonte mudar e seu sucesso ficar cada vez mais iminente. Este foi oficializado no início dos anos 90 e, logo na primeira temporada, a parceria anunciou reforços de peso, como por exemplo o goleiro Taffarel e o atacante colombiano Faustino Asprilla, ambos destaques da Copa do mundo de 1990, que ocorrera meses antes, na mesma Itália.

O primeiro título viria logo em seguida, na temporada 91-92, quando o capitão Taffarel levantou a primeira Copa da Itália. No entanto, a grande conquista viria na temporada 94-95, quando o ataque lendário formado por Roberto Baggio, Gianfranco Zola e Faustino Asprilla não tomou conhecimento dos oponentes e fez o nome do clube na Europa inteira ao conquistar a primeira Copa da Uefa, feito repetido quatro anos depois(foto ao lado da conquista da Copa da Uefa em 1999) por outro supertime que possuía no gol ninguém menos do que Gianluggi Buffon, uma zaga composta por Sensini, Canavaro e Thuram, um meio comandado por Verón e um ataque arrasador que continha, ao mesmo tempo, Chiesa, Crespo e Baggio.




Contudo, a era de ouro do Parma estava chegando ao fim. Em 2003, após um grande ciclo de conquistas e grandes time, a falência da parceira Parmalat pegou todos de surpresa e deu início a um processo de decadência do Parma, culminando no rebaixamento do clube na temporada 2007-2008. Ali era preciso mudar, para, enfim, fazer o Parma voltar a ser o grande clube que foi na década de 90. E esse processo começou a ser posto em prática logo no ano seguinte, com a volta do clube à elite.




A bela campanha na atual temporada, em que o clube da cidade de Parma está ocupando atualmente o quarto lugar pode ser o ápice da renovação, da restauração, do renascimento. O elenco, humilde, sem contratações surreais, porém eficientes, como por exemplo a do meio-campista chileno Córdova, é a chave para a retomada do sucesso. Sem investidores de peso, mas com planejamentos eficazes e muita seriedade é possível sim fazer o Parma voltar à elite. E quem sabe um dia o Parma não volta a ser o Parma dos anos 90...

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

A melhor contratação até o momento

Thiago Humberto completou 150 jogos pelo Barueri neste ano



Ele deixou o time campeão brasileiro deste ano boquiaberto, após destruir, literalmente, o Flamengo na vitória por 2 a 0. Chamou a atenção dos grandes clubes brasileiros e acabou fechando com um dos de melhor estrutura no futebol brasileiro, o Internacional. Thiago Humberto encantou os olheiros colorados, com sua poderosa perna esquerda, que produz lançamentos de 40, 50 e até 60 metros como se estivesse tocando uma bola de 5 metros. O chute forte de perna esquerda é só mais um atributo a seu favor.

Contudo, a sua grande característica que seguramente lhe dará uma vaga no time titular do Inter é seu jeito de jogar, de cabeça erguida, sempre procurando o melhor companheiro, o mais bem posicionado. Ele caracteriza muito bem um velho e eficiente camisa 10. Daquele tipo que pega a bola no circulo central e organiza o time, com maestria.

Muitos falam de Roberto Carlos, Tcheco, Fernandinho, Pedro Ken, Marcelinho Paraíba, porém, na minha visão, Thiago Humberto é, até o momento, a melhor contratação de um time brasileiro, e talvez uma das mais baratas e fáceis. Jorge Fossati terá em mãos um camisa 10 habilidoso, bom finalizador, com passe apurado e uma visão de jogo estrelar. Tem tudo para chegar á seleção brasileira e ser um dos melhores meias do Brasil. Basta acreditar e treinar. Treinar muito.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Para retomar o sucesso


Renato Gaúcho acabou de ser anunciado pelo presidente do Bahia, Marcelo Guimarães, como o novo técnico da equipe. O projeto de um ano, inicialmente, parece muito ser o ideal para ambas as partes e consequentes ambições. Tanto o Bahia, como o próprio Renato, precisam voltar a ser "grandes", a montar times competitivos e retomar o sucesso que os dois tanto obtiveram em suas trajetórias.


Desde 1988, o Bahia não ganha um título de importância nacional e desde 2001 não conquista um título estadual, um jejum que incomoda muito a imensa e fanática torcida baiana, considerada por muitos a maior do Nordeste. Em 2003, depois de ser humilhantemente goleado por 8 a 0 pelo Cruzeiro, o Bahia caiu para a segundona do Brasileirão, e até hoje não conseguiu voltar à elite. Os motivos são diversos e variam entre direções amadoras sem planejamentos corretos até crises entre torcida e jogadores/diretoria. A grandeza do Bahia não pode dar lugar a isso. É necessário uma mudança, uma transformação.


Transformação esta que necessita de nomes de peso e, quanto mais cedo for posta em prática, melhor. Por isso, a escolha de Renato Gaúcho como técnico. O falastrão do sul tem um perfil apropriado para isso e muita personalidade, conferindo-lhe extremo poder. É claro que Renato não fará nada sozinho. Precisará ser auxiliado por uma direção competente e uma torcida paciente, pois nada se transforma do nada. É preciso tempo, planejamento, projeto. E nisso, pelo menos, a atual diretoria está mostrando empenho. A má campanha na Série B do ano passado, evidencia a necessidade da chegada de novas caras, inclusive dentro de campo. Com um elenco ultrapassado e, no geral, fraco serão precisos também novos reforços.


No entanto, apesar de todos os problemas e, sem poder jogar em casa desde 2008 - no fim de 2007, parte da arquibancada da Fonte Nova caiu e o Bahia teve de perder sua casa, passando a jogar em Pituaçú - , a diretoria acertou, a meu ver, na contratação de Renato Gaúcho. Ele não faz um obm trabalho desde 2008 ,quando levou o ótimo time do Flu à final da Libertadores. Tem, agora, em suas mãos, uma excelente oportunidade para planejar um projeto vencedor, levar o Bahêa à elite e se consolidar de vez como um grande técnico. Quem sabe Renato não perde a fama de "rebaixador de times" e ganha uma de salvador.
Foto de Jorge William/Agência O Globo

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Hexas semelhantes?


Voltemos dois meses no tempo. Maldonado era titular absoluto do Flamengo, que jogava num 4-2-3-1 parecidíssimo com que vem atuando, desde junho, a seleção brasileira de Dunga. Basta olharmos as duas equipes. A semelhança é muito nítida, principalmente do meio para a frente. Vejamos, o cabeça de área da seleção, Gilberto Silva, tem a companhia de outro volante à sua esquerda, este sai mais para o jogo, arriscando inclusive alguns chutes de longe. O nome dele é Felipe Melo. No Flamengo com Maldonado, Airton desenvolve a mesma função de Gilberto Silva, marcando, quase sempre, o criador do outro time, o quarto homem do meio-de-campo do adversário, enquanto Maldonado, marcando mais do que Felipe Melo - um pouco mais -, sai mais para o jogo, como foi no jogo contra o Atlético-MG, no Mineirão, quando o chileno, incluisve, marcou um gol, digno de volante que sai para o jogo.


Na criação da seleção brasileira, Kaká joga centralizado, caindo pelos dois lados, mas sempre buscando o drible e o passe em profundidade, função praticamente idêntica à de Petkovic no Flamengo. Robinho, um segundo atacante, que joga pelo lado esquerdo, atua mais como ponta, prendendo marcação e sendo uma arma importantíssima nos contra-ataques, papel exercido da mesma forma por Zé Roberto no Flamengo. Na meia-direita talvez a maior diferença. Quando a seleção joga com Elano, o time perde em marcação, pois Elano marca pouco mas ganha na criação. Quando a seleção joga com Ramires na meia-direita, a função que o jogador do Benfica exerce é exatamente a mesma que Willians exerce no Flamengo: de combate, velocidade, e rapidez pela direita.


No ataque, Luis Fabiano talvez não tem a mesma força e potência no chute que Adriano tem, mas possui um posicionamento imperial e tem o que o Imperador não tem: boa finalização com as duas pernas. O ótimo nível de cabeceamento de ambos prova que o país está muito bem servido de atacantes. No gol, a mesma coisa. Mesmo sendo Júlio César mais experiente, regular e, por isso, melhor que Bruno, o camisa 1 dso Flamengo é um excelente goleiro, que pode vir a ser, inclusive, o titular da amarelinha daqui a uns anos.


A diferença entre o esquema de Andrade e Dunga se dá na linha de quatro da defesa, a começar pelo miolo de zaga. No time carioca, atuam Angelim e Álvaro, com o segundo na sobra. Na seleção, Juan e Lúcio se revezam e ambos são destros, diferentemente da zaga rubro-negra, onde ambos são canhotos. Contudo, a grande diferença e marcante se dá na forma de jogar dos laterais. Enquanto Maicon e André Santos, até mesmo a pedido de Dunga, privilegiem e equilibrem as forças na marcação e no apoio, Léo Moura e Juan, apesar de terem sido tranformados por Andrade novamente em laterais de ofício, apóiam mais do que marcam, sobrecarregando o setor defensivo.


De todas as formas, as semelhanças entre os esquemas são nítiddas quando os times atuam dessa forma citada acima. A contusão de Maldonado no Flamengo e a lesão de Robinho na seleção mudaram bastante isso. Na seleção entrou Nilmar, que joga mais dentro da área e tem mais explosão. No clube carioca, Toró ganhou a vaga, e o time ganhoum muito em marcação e combate, mas perdeu um pouco o passe preciso e o posicionamento magistral de Maldonado.


A curiosidade é que o Flamengo foi hexacampeçao este ano com basicamente este time na reta final, onde mais venceu e onde melhor jogou, e o Brasil pode conquistar o mesmo feito (hexacampeonato) em 2010, na África com o mesmo esquema, praticamente.



terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O Vexame Alviverde


Muricy Ramalho, Obina, Vágner Love, Robert, Edmílson, Figueroa, sem falar nos que pouco foram utilizados. Os gastos exacerbados do Presidente Belluzzo não visavam outra coisa a não ser o título brasileiro. Mesmo que exista o contra-argumento de que a vaga na Libertadores salvaria o clube economicamente,e o principal objetivo da temporada, diante de todos esses investimentos, não era outro a não ser o título.

O presidente acadêmico cuja admiração é, ou melhor, era gigante, ganhou e perdeu o pentacampeonato palmeirense em 2009. Calma, explico. Ao montar um time muito bom no papel, contratar um treinador de grande porte, e dar todas as condições de trabalhos favoráveis aos jogadores e comissão técnica, Belluzzo praticamente assegurou o título, fato evidenciado com as 19 rodadas como líder do Brasileirão.

No entanto, o economista dos mais respeitados no Brasil acadêmicamente fracassou por alguns motivos. É claro que contribuíram para o fracasso geral palmeirense a má fase de alguns jogadores, a desunião de outros, a cabeça quente de outros, a ira da torcida com determinados atletas e etc. Mas é nítido, principalmente entre os palmeirenses, que as declarações polêmicas do presidente contriubuíram bastante para o vexame no final do campeonato. Depois de ameaçar Simon, o mandatário alviverde foi na festa de uma organizada e proclamou contra os são-paulinos de forma pejorativa e exagerada, frase digna de um dirigente amador que, por sinal, Belluzzo não é.

Os privilégios e mais privilégios que a principal torcida organizada do Palmeiras recebe são incontáveis e inexplicáveis. Belluzzo acaba, portanto, permitindo que membros dessa organizada e, até mesmo de outras fortes dentro do clube, acabem por agir politicamente dentro do Palmeiras, influenciando, inclusive, decisões internas, o que é deplorável no mundo do futebol. Indubitavelmente, isso contribuiu para o fracasso alviverde. Talvez tenha sido até determinante. O certo é que isso não pode acontecer no mundo do futebol.

Diante de todo esse mar de vergonhas e absurdos, o primeiro a sair foi Gilberto Cipullo, diretor de futebol, que possuía grande força política no clube. A barca inclui também diversos jogadores insatisfeitos. Edmílson´, volante pentacampeão mundial, é um deles. O cabeça-de-área chegou a afirmar que não recomendaria a amigo nenhum vir para o Palmeiras. O desabafo de Edmílson aconteceu no dia seguinte às agressões sofridas por Vágner Love, por membros da mesma organizada que manda e desmanda dentro do clube. Dias depois, o ônibus do clube seria apedrejado ao chegar na capital paulista, o que desagradou muito também a Muricy, cuja saída também já é praticamente certa.

As falhas que sobressaíram sobre os acertos impediram o título brasileiro palmeirense e, mais do que isso, deixou o clube fora da Taça Libertadores de 2010. A derrota para o Botafogo, no último domingo, por 2 a 0, foi, pelo menos na cabeça de todos os palmeirenses e amantes do futebol brasileiro, o último capítulo de um vexame político-administrativo-futebolístico. Para 2010, a informação é de que o Verdão não irá investir alto, no máximo trazendo Valdívia e, mesmo assim, sob muito esforço.


Colaborou Fabrício Caseira

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Os grupos da Copa de 2010

Opinião e análise, tudo sobre a Copa da África você só encontra no Golaço.




Grupo A: África do Sul, México, Uruguai e França:

Não acho cabível classificá-lo como um "grupo da morte", mas sim um grupo equlibrado. A grande beneficiada disso foi a França, que deixou de pegar uma grande seleção caindo na chave da África mas terá trabalho cdom México , Uruguai e com os donos da casa. A seleção mexicana vem jogando muito bem e ofensivamente. O uruguai é aquela garra absurda e pelea o tempo inteiro. Vale lembrar que os franceses empataram sem gols com os platinos em 2002, quando inclusive nenhum dois se classificou à fase seguinte. A única chance da áfrica é jogar na base do coração e no apoio da torcida, porque técnica falta muito e a seleção não vive bom momento, pode ser que na Copa mude, mas o time é fraco.

Palpite: França e México



Grupo B: Argentina, Nigéria, Grécia e Coréia do Sul:

Não é um grupo fácil, e sim médio. Dificilmente a Argentina não se classificará. Nigéria deverá ser a outra classificada. O futebol da Grécia é muito burocrático e a Coréia está com uma seleção meio envelhecida, precisando de renovação urgente.

Palpite: Argentina e Nigéria



Grupo C: Inglaterra, USA, Eslovênia e Argélia:

Inglaterra se classificará com toda a certeza. Os EUA também dificilmente ficarão de fora das oitavas. Eslovênia, apesar de ter surpreendido ao eliminar a Rússia, não deverá superar o eficiente time dos EUA e a Argélia, em tese, é a mais fraca das seleções africanas.

Palpite: Inglaterra e USA


Grupo D: Alemanha, Austrália, Sérvia e Gana:

Um dos grupos mais equilibrados, senão o mais equilibrado desta Copa. Alemanha é, na teoria, a grande força, mas isso pode se complicar na prática. Vai depender da fase do time australiano, sérvio e do ganês. O time australiano baseia muito suas forças no talento de Cahill e é o mais fraco dos três. Um dos times mais velozes da Copa de 2006, Gana continua formando verdadeiros "guepardos" futebolísticos, mas com eficácia. E a Sérvia pode, enfim, fazer uma boa campanha depois de muitos e muitos anos. O time sérvio é um dos melhores dos últimos anos, possui boa técnica e marca bem, e tem o que poucos times têm nesta Copa: mesclagem quanto às idades. Um exemplo disso são os grandes pensadores e criadores do time: Jovanovic(17anos) e Stankovic(33).

Palpite: Alemanha e Sérvia


Grupo E: Holanda, Dinamarca, Japão e Camarões:

Outro grupo equilibrado. O Japão é o time que menos empolga e Camarões acaba dependendo muito de Samuel Eto'o. A Dinamarca surge como grande incógnita liderada pelo veterano e craque John Dahl Tomasson. O grande time deste grupo, sem dúvidas, é a Holanda, que joga um futebol moderno num esquema ultrapassado, dando sinais de um novo futebol total.

Palpite: Holanda e Dinamarca



Grupo F: Itália, Paraguai, Nova Zelândia e Eslováquia:

Nova Zelândia será o grande saco de pancadas. Paraguai é um time de muita força no meio de campo e tem dois atacantes inteligentes, técnicos e rápidos: haedo Valdez e Cabañas. A grande disputa dos sulamericanos será com a misteriosa Eslováquia, que é um time rápido comandado pelo jovem talento Hamsik, do Napoli. A Itália deverá se classificar sem problemas.

Palpite> Itália e Eslováquia.



Grupo G: Brasil, Coréia do Norte, Costa do Marfim e Portugal.

O verdadeiro Grupo DA Morte, apesar da Coréia do Norte se um time tecnicamente muito abaixo da média. Mesmo assim, com um jogo de muita marcação e um contra-ataqu rápido, os norte-coreanos podem dar trabalho. O Brasil deve ser o primeiro lugar, pois está jogando um futebol impressionante, o melhor do mundo. A grande batalha será logo na primeira rodada, entre Portugal e Costa do Marfim. Aposto na força e velocidade do time africano, o melhor do continente, por sinal.

Palpite: Brasil e Costa do Marfim.



Grupo H: Espanha, Chile, Honduras e Suíça

A Espanha tem grande chance de ser o primeiro lugar do grupo. O chile é um time bom, não melhor do que isso, porém pode encontrar problemas com a retranca suíça e com o dinamismo de Honduras.

Palpite: Espanha e Chile

















Em breve, a análise tática de todos os times da Copa do mundo de 2010.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Eles perderam a guerra, mas ganharam confiança


Diguinho foi o exemplo de luta do time. Sem dúvidas, o melhor em campo



Foto: Globoesporte.com/André Durão
Guerreiro. Este é o melhor adjetivo para o time do Fluminense que venceu por 3 a 0 a LDU no Maracanã e acabou vice-campeão da SulAmericana. Como tem sido nos últimos jogos, a torcida ignorou as condições adversas e abraçou o time, num casamento que quase resultou em conquista. Como diz a nova canção entoada pelo torcida fiel ao time, o Fluminense jogou com garra e raça, mas sob uma catimba impressionante, perdeu a cabeça, literalmente e, sem Fred, expulso quando já estava 3 a 0, não deu mais.


Apesar do vice-campeonato, o apoio antes, durante e após a partida foi o mesmo. Sob gritos de : " Guerreiro, Guerreiro, Guerreiro, Time de Guerreiro", o Flu deixou o campo consciente de que fizera seu melhor e que, agora, resta pensar no Coritiba para salvar um ano que parecia perdido. Os jogadores sabem que perderam a batalha contra os equatorianos, contudo, diante de um verdadeiro espetáculo de arrepiar da torcida tricolor, a confiança aumentou ainda mais e a salvação que parecia distante, já pode ser vista. E a torcida tricolor nada mais tem a temer. Afinal, para um time que já era dado como rebaixado e deu a volta por cima, tudo que era para ser temível já se transformou em possível.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A minha Seleção do Brasileirão

Caros leitores e amigos, mostro a vocês, mesmo com duas rodadas de antecedência, o que, creio eu, não mudará a minha opinião, a seleção do brasileirão sob meu ponto de vista. Selecionei três jogadores por posição. Separei-os em primeiro, segundo e terceiro lugar, de acordo com a ordem dos nomes. Vejam o que acham e comentem!


Goleiro: Bruno (Flamengo), Jefferson(Botafogo) e Victor(Grêmio)

Lateral Direita : Jonathan(Cruzeiro), Léo Moura (Flamengo) e Vitor(Goiás)

Zagueiro 1 : Miranda(São Paulo), Danilo(Palmeiras) e Juninho (Botafogo0

Zagueiro 2 : Réver(Grêmio), Índio(Inter) e Welton Felipe(Atlético Mineiro)

Lateral Esquerda : Júlio César (Goiás), Marcio Careca (Barueri) e Marcio Azevedo ( Atlético - PR)

Volante de Contensão : Guiñazu(Internacional), Maldonado(Flamengo) e Rodrigo Souto(Santos)

Segundo volante : Willians(Flamengo), Hernanes(São paulo) e Jucilei(Corinthians)

Meia Direita : Petkovic(Flamengo), Diego Souza(Palmeiras) e Souza (Grêmio)

Meia Esquerda : Jorge Wagner(São paulo), Cleiton Xavier (Palmeiras) e Conca (Fluminense)

Atacante 1 : Diego Tardelli ( Atlético Mineiro), Marcelinho Paraíba( Coritiba) e Alecsandro ( Internacional)

Atacante 2 : Adriano(Flamengo), Ronaldo (Corinthians) e Fred(Fluminense)

Técnico; Andrade (Flamengo), Ricardo Gomes (São paulo) e Silas (Avaí)

Revelação : Maicon (Fluminense), Marquinhos (Internacional) e Fernandinho ( Barueri)

Craque: Petkovic, Diego Souza e Adriano

Decepção : Defederico, Fernandão e Edmílson(Palmeiras)

Surpresa: Petkovic, Álvaro e Jefferson

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O Escândalo de Manipulação de Resultados Europeu

Foi descoberto há poucos dias um esquema de manipulação de resultados de diversos campeonatos europeus, principalmente as divisões inferiores. A Comissão que investiga o caso há quase um ano é a mesma que investiga máfias, inclusive a máfia croata, uma das mais antigas e perigosas do mundo. Muitos preferem não acreditar no caso, mas a verdade é que existe sim - e muito - a manipulação no esporte mundial, principalmente no futebol.

Dos 32 jogos sob muita suspeita, a maioria são jogos da Alemanha, e envolvem desde times da segundona alemã até os regionais, e menos vistosos. Outro local onde as partidas estão sob suspeita é a Suíça. A lista ainda conta, surpreendemente, com partidas da Liga Europa e da Champions League.

É de se lamentar muito que coisas deste tipo ocorram no esporte mais popular do planeta. Pior ainda é ver times como Tottenham, Sevilla, entre outros, serem patrocinados por lojas de apostas. A Europa vive um escândalo que abala, de maneira complexa seu futebol, e que, acima de qualquer pretensão, precisa ser rapidamente aniquilado.

domingo, 15 de novembro de 2009

Flamengo já é vice-líder

O Flamewngo não precisou ser brilhante para vencer o Náutico nos Aflitos, por 2 a 0, com gols de Petkovic e Adriano. Pelo contrário, desperdiçou a chance de aumentar seu saldo - que hoje é de 11 gols, 3 a menos que o São Paulo -, não conseguindo concluir inúmeros contra-ataques.

As grandes chances do Náutico eram na base do desespero e das bolas alçadas à area rubro-negra para o grandalhão, de 1,97m, Claudio Luiz cabecear. Com um Adriano concentrado e extremamente preciso, ficou fácil para o Fla marcar o primeiro, após passe imperial, chute de Léo Moura, rebote de Glésdon e toque, de canela, do maestro Petkovic, que nem foi tão maestro hoje.

O camisa 43 não teve boa atuação, pois errou muitos passes, em alguns casos, podendo, inclusive, botar a culpa no gramado dos Aflitos. Após conseguir o segundo gol, após belo passe de Zé Roberto, o Fla conseguiu a receita de jogo perfeita: contra-ataque. E foi assim até o final. Agora, diante de um Marcanã lotado, resta vencer um desanimado Goiás e torcer para o Botafogo, que enfrenta o São Paulo no Engenhão. Quem diria...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O Vasco voltou


O Vasco voltou ao lugar de onde nunca deveria ter saído. Como um bom filho que à casa torna. Contra tudo e contra todos, prevaleceu a superação, o amor à camisa, a vontade de reerguer um clube cujo a história jamais será apagada. Grande parte e mérito disso se deve à torcida, que não deixou o sentimento parar em momento algum, e provou diante de todo o Brasil que o amor pelo seu time não tem divisão.


Mesmo com salários atrasados, inúmera contusões, nervosismo por parte de alguns, o Vasco se agigantou na hora certa e venceu. Venceu a maré de azar, as péssimas administrações passadas, patrocínios que de nada adiantavam. E lucrou. Lucrou com a torcida que passou a ser sócia do time e pagar " impostos" ao clube todo mês com a criação do programa " O Vasco é Meu". Lucrou com as cotas televisivas, com o contrato com a Eletrobrás. Lucrou psicologicamente com o acesso.


As cenas do dia 6 de dezembro de 2008, aquela tarde nebulosa de domingo, em que o jovem torcedor expôs seu sentimento, que passou a falar mais alto do que a própria vida, quase se jogando de uma das marquises de São Januário, foi apagada de vez pelos heróis: Fernando Prass, Paulo Sergio, Fernando, Titi, Ramón, Amaral, Souza, Allan, Carlos Alberto, Adriano, Élton, e todos os outros que ajudaram o Vasco a sair dessa situação. Titulares ou reservas. Todos terão para sempre seus nomes gravados na história do Vasco. Como heróis.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O terceiro postulante ao título

Já não é segredo para ninguém que Palmeiras e São Paulo já estão, definitivamente, na briga pelo título. Não só pelo elenco que ambos têm, mas também pela tradição e pelo treinador, cujo trabalho, tanto em no caso de Muricy, como no de Ricardo Gomes, vem sendo muito vem elaborado. E, claro, pelo principal motivo, ambos estão com 58 pontos, dois a mais que o terceiro colocado Atlético Mineiro e 4 a mais que o quarto colocado, o Flamengo.

Em suma, resta apenas uma vaga na briga pelo título teoricamente. E esta, será disputada basicamente, e quase que exclusivamente, por 4 times: Flamengo, Atlético Mineiro, Internaciona e Cruzeiro. O jogo de domingo, que envolve os dois times mais a frente vai pôr fogo nessa briga. Em caso de vitória de alguns dos dois, o outro já está praticamente fora da briga, levando consigo o Cruzeiro, que tem 51 pontos e o Inter, que tem 52.

A única chance do time celeste é caso ocorra um empate e a Raposa vença seu compromisso, na Ilha do Retiro , no próximo sábado, contra o desesperadíssimo Sport. O mesmo acontece com o Internacional, que encara, no próximo domingo, o Barueri na Arena Barueri, em São Paulo. Tudo porque, em caso de vitória no confronto do Mineirão, um dos times vai chegar ou aos 57, caso do Fla, ou aos 59, caso do Gal0, deixando os outros três com chances remotíssimas de título.

Sobre o jogo, é importante lembrar que será uma decisão, pois, afinal, se levarmos em conta a história do clássico, não teremos outra alternativa a não classificarmos-no dessa forma. Em 80, final do Brasileiro, em 81, pela Libertadores, em 87, semi-final da Copa União, e em 2006, quartas-de-final da Copa do Brasil. O interessante é que em todos esses confrontos o Fla levou a melhor. No entanto, nos confrontos válidos pelo Brasileirão, o Galo levou a melhor, vencendo 17 das 42 partidas, contra 16 vitórias do Falmengo.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A luz no fim do túnel


Apesar do Atlético não ter jogado bem, do campo estar molhado e favorecido os chutes de longe do time da casa, e dos pesares, o Fluminense voltou a ganhar em casa e, com gols de Fred e Conca, venceu o Galo por 2 a 1, diminuindo para cinco a distância até o primeiro time fora da zona.

A destacar no time tricolor, a solidez da defesa do Flu, o apoio incondicional da torcida tricolor, que por mais sofrimento que tenha, ainda acredita no time, o que já é um grande passo para um possível 'milagre'. O time carioca ainda contou com a ajuda de Ricardinho, que não acertou praticamente nada, isolando os atacantes do Galo, que acabaram por pouco fazer.

E, por mais difícil que seja, Cuca ainda tenta acreditar na fuga do rebaixamento. Mesmo tendo que vencer praticamente todos os jogos que lhe restam. A luz no fim do túnel roubou um pouco do brilho da luz da lanterna tricolor, quase a apagando, mas o número de vitórias do Sport, que ontem empatou com o Coritiba, é maior, impedindo-a.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Jogo dos Sete Erros

Faltando apenas sete rodadas para o fim do Campeonato mais equilibrado dos últimos seis anos, incríveis sete equipes ainda brigam pelo título - com exceção daquelas que possuem chances desprezíveis. Em tempos em que a maior emissora de televisão e detentoras dos direitos de imagem do Brasileirão quer uma mudança na fórmula de pontos corridos, isso serve como explicação e tese no discurso de Ricardo Teixeira, que é contra.

Líder há mais de dois meses, e com 39% de chances de ser campeão, o Palmeiras precisa da vitória no jogo desta quinta-feira, ás 20h30m, no Palestra Itália, contra o Goiás, que ainda sonha, mesmo que estando com chances remotas(1%), adversário que fará de tudo para impedir a conquista dos três pontos por parte da equipe de Muricy. Em caso de vitória, o Verdão chegará aos 57 pontos.

Com 53 pontos, 18% de chances ao título, e um time que vem jogando bem, Celso Roth veio ao Rio com sua equipe com duas missões, uma em consequência da outra. A primeira e mais importante é a vitória, que levaria o time aos 66 pontos. E a conquista dos três pontos causaria um rebaixamento virtual do Fluminense.

Em terceiro lugar e nada empolgado, o Colorado vai a São paulo pegar o time de Ricardo Gomes, que mesmo não jogando bem, empolga a torcida, que sonha com um hepta inédito. Sem Guiñazu e Rogério Ceni, o clássico fica desfalcado de craques, mas a substituição é imediata por emoção e tensão.

Empolgado como de costume, o " time de chegada", mais conhecido como Flamengo, vai a Barueri, em São paulo, enfrentar o time da cidade. Com apenas 9% de chances de título, o Flamengo se vê obrigado a vencer, logo no dia do Flamenguista e de seu padroeiro, São judas Tadeu. Grande Fase!

O último candidato é tido por muitos como a grande surpresa desta reta final. Com 48 pontos - seis atrás do líder -, e apenas 3% de chances de título brasileiro, o Cruzeiro empolga pela tradição e, principalmente pelo técnico que tem. Exímio estrategista, Adilson Batista já está no topo de sua geração. Aliando-se a uma tabela mais "fácil", Adilson pode, enfim, realizar um de seus objetivos de vida: ser campeão brasieliro como jogador e como técnico.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Pelé é Pelé - 69 anos de magia *

Hoje é Natal para o futebol. Afinal, há 69 anos atrás, nascia o salvador do esporte mais conhecido atualmente, mas que, naquela época, não tinha o mesmo brilho. E só foi conquistá-lo com o tempo. Bem que Puskas tentou, assim como Di Stéfano, mas quem, de fato, assegurou o brilho e encantou o mundo com a bola nos pés, sem dúvidas, foi Edison Arantes do Nascimento, o Pelé. O mineiro de família humilde, da pequena Três Corações, se indignou aos 10 anos de idade ao ver lágrimas caindo do olho de seu pai, na derrota Brasileira na final da Copa de 50, para o Uruguai, em episódio que ficou mundialmente conhecido como "Maracanasso".

Dali em diante, a vida do jovem Edison se tranformou em promessa ao pai. O garoto, que já demonstrava extremo talento nas peladas nas ruas de terra do seu bairro, prometera ao pai um título mundial para ele, e para o Brasil. Dito e feito. Bastaram oito anos para a promessa virar realidade. Em 1958, o atleta já com contrato com o Santos, com incríveis 17 anos, foi capaz de decidir a Copa da Suécia, encantando o mundo com a sua magia. Tudo se repetiu 4 anos depois, no Chile, só que, agora, com mais maturidade, mais cadência, mais maestreza. Era algo sobrenatural. A partir dali, a Vila Belmiro ficou pequena para o público brasileiro que queria ver ele, o Rei.

Os gols eram de todas as formas: de cabeça, com ambos os pés, de ombro, de bicicleta, de calcanhar, de letra. "Pelé era Pelé, fazia gol até dormindo", dizia Pepe, seu companheiro de Santos, Seleção e de quarto, referindo-se aos sonhos do artileiro santista, durante as concentrações para os jogos. No Paulistão de 1964, uma história curiosa. Pela primeira vez em muitos anos consecutivos, Pelé estava ameaçado de perder a artilharia do campeonato. Foi então que, diante do Botafogo de Ribeirão Preto, comandado por Osvaldo Brandão, Pelé marcou incríveis e surreais onze gols na goleada de onze a um santista. O suficiente para ser mais uma vez o artilheiro.

Em 1959, Pelé encantou o bairro paulista da Mooca, ao marcar o gol, segundo ele, o mais bontito de sua carreira, contra o Juventos-SP, do goleiro Mão de Onça. No lance do gol, Pelé deu "chapéus" em todos os zagueiros e no goleiro, completando para as redes com uma formidável cabeçada. Contudo, para a infelicidade dos não-presentes no local e dos não-nascidos na época, o gol mais bonito da carreira do Rei não possui filmagens, apenas uma reconstrução gráfica para o documentário "Pelé Eterno", que conta toda a carreira do jogador.

Porém, mesmo tendo obtido o seu auge muito cedo e duradouro, o ano mágico do rei, indubitavelmente, foi 1969. A começar quando, incrivelmente, Pelé parou temporariamente a guerra civil no Congo Belga em 1969, quando, durante excursão pela África, o Santos jogou duas partidas de exibição no país, então dividido pela guerra. Somente Pelé faz isso, só ele tem esse poder. E meses depois, assim como em toda sua carreira, os gols não paravam de surgir, pelo contrário, cresciam em progressão geométrica, não parando nunca. A coroa foi colocada de vez em sua cabeça no dia 19 de novembro de 1969, ao marcar no Vasco do goleiro Andrada, de pênalti, o gol mais importante de sua carreira: o milésimo.

Pelé ainda achou tempo para calar os críticos e mau-olhados, que diziam que após o milésimo, Pelé cessaria sua gana, parando de marcar gols, ficando e deixando o Brasil estéril. Mas Pelé é Pelé. Logo no ano seguinte, na Copa de 70, no México, Pelé decidiu mais uma vez para o Brasil, sagrando-se o único jogador a conquistar três títulos mundiais(até hoje), marcando, inclusive, gols na final. Entretanto, foi também na Copa do México que Pelé não fez os únicos gols possíveis - sob as condições humanas - de sua carreira: o do corta luz, deixando Mazurkiewicz(goleiro uruguaio) perdido, e o do meio-de-campo, contra o mesmo Uruguai, ambos na semifinal da Copa de 70. E ele liga para isso? Claro que não. Pele é Pelé.

Um ano depois, Pelé escreveu mais um capítulo de seus milagres, levando mais de 135 mil pessoas ao Maracanã, em um amistoso contra a Iugoslávia, terminado empatado em 2 a 2. O motivo de tanta clientela: despedida do Rei da seleção. Sob gritos de " Fica, Fica, Fica!", Pelé chorou, agradeceu, sorriu, e encerrou um ciclo de vitórias, de conquistas, encerrou um reinado mágico. O mesmo aconteceu em 74, na Vila, palco de seus gols e jogadas incríveis, quando Pelé se despediu de uma legião de santistas, de seguidores. No meio do jogo, ao receber um passe no meio-de-campo, parou, pegou a bola, ajoelou-se sobre o gramado e, com humildade, proferiu, extremamente emocionado, a frase: " Obrigado, Deus". Só faltava lhe avisar, que quem agradecia era o povo brasileiro, por tantos anos de alegria e tranformação do nosso futebol.

Deixemos de lado as frases polêmicas do rei, os seus relacionamentos diversos e incômodos ao povo, os seus esquivos - por menores que tenham sido, ele é humano(só como pessoa), e também erra. Pois, afinal, só Pelé parou uma guerra de povos extremos e odiados entre si. Só Pelé leva mais de 130 mil pessoas para seus shows particulares. Só Pelé merece todo respeito e agradecimento. Pelé revolucionou a mística da camisa 10 e, mais do que isso, o futebol e esporte mundial. Pelé é e sempre será Pelé. Hoje ou daqui a 69 outros anos, ninguém se esquecerá de Pelé. Porque Pelé é Pelé.

Parabéns Rei, por 69 anos de magia e humildade. Você merece.


*por Lucas Imbroinise, direto do Fanáticos Por Futebol

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

As repescagens à Copa da África

Bahrein x Nova Zelândia - Como o primeiro jogo terminou empatado sem gols, a equipe que jogar melhor o segundo estará na Copa. Isso pode soar como falta de informação sobre os times, porém as duas equipes se equivalem na maioria dos aspectos, portanto, qualquer resultado é normal neste caso. O Bahrein, entretanto, joga do lado de sua torcida, mas, cá entre nós, isso não faz muita diferença...

Uruguai x CostaRica - O Uruguai um time mais completo, e por si só, mais forte. Porém, o time de Renê Simões joga muito bem em casa, local do primeiro jogo, e costuma surpreender algumas equipes fortes, principalmente no início dos jogos. Aposta do editor: Uruguai

França x Irlanda Apesar da Irlanda ter alguns medalhões que atuam no futebol inglês em seu esquadrão, o time comandando por Robbie Keane vai ter que se desdobrar para surpreender a forte França.Isso mesmo: a forte França. Mesmo não estando jogando um bom futebol, um time que tem: Ribery, Henry, Malouda, Evra, Benzema e etc não pode ter outra atribuição. Aposto na França.

Grécia x Ucrânia. Aposto na Ucrânia, por ter um time mais rápido e mais técnico. O time grego é um time de força, de bola na área...

Rússia x Eslovênia - O time esloveno não tem um Zahovic como em 2002, e terá que encarar Zhirkov, Arshavin, Pavlyuchenko e cia...Aposto na Rússia.

Portugal x Bósnia - Na minha opinião, o duelo mais equilibrado. A Bósnia conta com um grande poder ofensivo. A dupla que encantou a cidade de Wolfsburg comanda o time Dzeko e Misimovic. Pode e eu acho que vai surpreender a conturbada seleção portuguesa.
Aposta; Bósnia

domingo, 18 de outubro de 2009

Para voltar a sorrir


Há aproximadamente 2 anos, um sorriso encantava o mundo pela terceira temporada consecutiva. Com passes e dribles mágicos, a rapidez de seu pensamento aliava-se a sua destreza, resultando num sorriso em que a felicidade era completamente exposta, contagiando a todos os amantes do futebol.


É fácil deduzir que tal personagem citado acima é Ronaldinho. Não o fenômeno, mas sim o Gaúcho. É o craque que fez, pela primeira veza na história do futebol espanhol, a torcida do Real Madrid aplaudir um jogador do rival-mór Barcelona. E de pé. Na ocasião, aplausos mais do que justos, tamanha sua magia àquela altura.


Mas, com o tempo, o garoto que driblava o cachorro no quintal de sua casa em Porto Alegre na adolescência, foi ganhando fama, se deslumbrando com as noites européias e, mergulhado na fama e no dinheiro, esqueceu-se de seu maior atributo, do seu até então 'ganha-pão', o futebol.


Os dribles rápidos e mágicos que eram vistos na época de seu auge, no Barcelona, deram lugar às constantes festinhas e rodas de samba promovidos nas noites européias. O preparo físico excelente, com um corpo invejável, deu lugar a uma falta de rimto impressionante, e uma barriga um tanto desenvolvida.


Quando resolveu despertar do pesadelo em que vivia, a decadência era grande. Para juntar os cacos e voltar a ser quem sempre foi demorario, contudo ele sabia. Os lampejos de uma possível recuperação foram raros. Podemos citar algumas boas partidas feitas com a camisa do Milan, algumas convocações para a seleção de Dunga , e só.


Para voltar a sorrir e encantar o mundo, Ronaldinho tem que se esforçar. Tem que voltar a treinar como treinava no Grêmio. Tem que voltar a correr como corria no PSG. Tem que voltar a se divertir como se divertia no Barça, dentro de campo. Mais um lampejo dessa possível recuperação veio à tona na manhã deste domingo, na vitória por 2 a 1 sobre a Roma, na qual o craque brasileiro teve ótima atuação, marcando inclusive um dois gols.


Volte a sorrir, Ronaldinho! O Brasil torce por você.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O artilheiro das Eliminatórias

O pragmatismo que fundamentaliza a seleção chilena comandada pelo " Loco Bielsa" envolve também os jogadores. Desde o seguro goleiro Claudio Bravo ao artilheiro das Eliminatórias Humberto Suazo, o ar pragmático e objetivo paira sobre a seleção.

Isso é consequência também do profissionalismo, nítido ontem, na vitória por 1 a 0 sobre o Equador, em que o Chile já estava classificado e fez questão de vencer. Vencer e convencer. Vencer e ajudar Suazo a passar Luis Fabiano e ser o artilheiro das Eliminatórias Sulamericanas para a Copa de 2010, com 10 gols.

O centroavante chileno, de 1,72m de altura, com 28 anos, garante viver seu melhor momento da carreira. Na seleção desde 2005, já tendo marcado 51 gols pelo país, Suazo é a grande esperança de gols do Chile atualmente. O faro de artilheiro matador que possui já é antigo. Beto, como é conhecido pelos amigos, já foi artilheiro artilheiro por 3 vezes do campeonato chileno, em 2006 e 2007( no Clausura e no Apertura).

Além da ajuda dos companheiros, Suazo conta com um grande aliado para conseguir seus gols: a sua determinação. Mesmo com a pouca altura, a determinação é fruto do trabalho intenso do chileno, que não desiste nunca. E é a causa do seu bom posicionamento, das suas ótimas finalizações e, é claro, do seu extinto de artilheiro.

Humberto Andrés Suazo Pontivo está mundialmente conhecido por seus gols. Está conhecido pelo atacante, até então um pouco desconhecido, que fez com que Luis Fabiano perdesse a " fabulosidade" e se preocupasse com a artilharia da Copa do Mundo de 2010, já que a das Eliminatórias já tem dono.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Chance de Ouro


Talvez a seleção brasileiro Sub-20 de 2009 não tenha um Geovani como em 83, um Silas como em 85, um Gian como em 93, ou até mesmo um Daniel Carvalho como em 2003, mas tem algo que nenhuma das quatro citadas acima possuía em suas campanhas vitoriosas nos Mundiais: união.


União que se transforma em entrosamento dentro de campo e volta a ser a mesma coisa fora das quatro linhas. União que facilita o passe de Giuliano para Alan Kardec. União que aumenta o poderio ofensivo canarinho. União que fez o Brasil chegar à final do Mundial, que será disputada na próxima sexta-feira, no Cairo, contra a veloz seleção de Gana.


Mais do que se sagrar pentacampeão de um torneio fundamental das categorias de base, os moleques canarinhos podem conseguir visibilidade no exterior, e até mesmo ajudar seus clubes nas dívidas e finanças. Além de, é claro, marcarem seus nomes na história do futebol mundial.


Caso consigam se sagrar campeões, a garotada brasileira pode, enfim, fazer o povo brasileiro esquecer-se dos fiascos recentes das seleções olímpicas, principalmente jogando um bom futebol. Afinal, o ouro olímpico prometido por Lula para 2016, jamais conquistado pelo Brasil no futebol, costuma ser trocado por outras conquistas. Nada melhor do que trocar ouro por ouro. É a grande chance da garotada brasileira mostrar seu valor.

Tempo Mágico

O clima tenso após a eliminação da seleção brasileira na Copa de 2006 que pairava no ar foi seu primeiro desafio a ser superado. Logo em sua estreia, ainda em 2006, um empate feio e simples com a modesta Noruega aumentou a impaciência do povo com a seleção. Mas ele é forte. É gaúcho de Ijuí. É brasileiro. E não desiste nunca.

E foi assim, sem desistir, que Dunga venceu a Copa América, deu a volta por cima, calou os críticos e reduziu, de forma brilhante, a distância entre o povo brasileiro e a seleção, recuperando o amor e orgulho que tanto fizeram parte da história canarinha.

Entretanto, o tempo passou, e o ano de 2008 foi um pouco cruel para o treinador. Nem o menos crítico poderia esperar volta por cima melhor que a de Dunga. Após empatar com a arqui-rival Argentina no Mineirão, em meados de 2008, por 0 a 0, estava praticamente definida a sua demissão. E ela foi evidenciada e quase confirmada após fracasso nas Olimpíadas. O ponto final do pior ano de Dunga foi a derrota para o Paraguai, por 2 x 0, em Assunção, num verdadeiro massacre do time da casa.

Mas Dunga é de Ijuí, cidade conhecida pelo modo viril de se viver, pela força de seus habitantes, pela determinação. Mas como o tempo, o futebol muda, e muito. A determinação e garra que o volante viril, hoje técnico da seleção, Dunga, tinha quando jogador entrou em campo com seus comandados em 2009. A começar pela vitória sobre o Uruguai, por 4 a 0, em Montevidéo, encerrando um jejum longo de vitórias no território platino.

O último passo desse avanço em 2009, foi o que era para ser a Batalha de Rosário, que se tranformou em o " Massacre Brasileiro", cujo nome já explica o que foi o jogo. Um 3 a 1 convincente, assim como Dunga atualmente. Nem mesmo a derrota para a fraca Bolívia pode mudar isso. O tempo foi mágico com Dunga.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Que Flamengo é este?

Os mais de 82 mil presentes no Maracanã no jogo do último, em que o Flamengo venceu o Fluminense por 2 a 0, com gols de Adriano, viram um início de jogo aberto, com os dois times receiosos em se lançarem ao ataque e, acima de tudo, equilibrado. Porém, com o decorrer da partida, os erros e acertos, principalmente os detalhes, que sempre decidiram clássicos, decidiram mais uma vez. Desta vez, a favor do Flamengo.

Os erros tricolores começaram com o inoperante Ruy marcando mal, e o volante que serviria para cubri-lo e auxiliá-lo na marcação pela direita, Fabinho, estava numa péssima noite, falhando feio nos dois gols do Imperador. Para piorar o lado tricolor, seus atacantes pouco conseguiram produzir e, se não fosse o goleiro Rafael, a vitória rubro-negra se transformaria em goleada.

O pesadelo de Cuca aumentou quando o comandante tricolor deparou-se com um Flamengo organizado taticamente, graças à orientação que o sempre calmo e experiente Maldonado dava a Airton. Graças a um esforçado Zé Roberto que corria por Denis Marques, único a distoar, e se movimentava como poucos. Graças a um David tranquilo, mais calmo, que fazia menos falta que o normal.

A torcida rubro-negra, que encheu e fez a parte dela, ainda viu um Éverton solto no apoio, com liberdade e, principalmente após os gols, com tranquilidade. Viu Andrade tirar o distoado Denis Marques e apostar na vontade de Willians, que rendeu-lhes um gol, porém anulado. Mas, mais do que isso, Willians entrou com a disposição esperada, marcou com tanta vontade que recebeu mais um amarelo e não se limitou à marcação, usando o corredor direito como uma boa arma ofensiva, ao lado de Léo moura, que fez uma partida discreta, mas eficiente.

Entretanto, o velho e bom Petkovic não estava presente. Cansado pela marcação feita em Diguinho e prejudicado pelo campo pesado, Pet não rendeu tão bem como Adriano, cujo a noite foi mais uma de suas : cheia de gols. Mas como Pet é ídolo e títulos não se esquecem, o sérvio saiu aplaudido pela massa e teve seu nome gritado nas arquibancadas. Afinal, ele tem crédito, pois quem foi rei, nunca perde a majestade.

Que Flamengo é este?

sábado, 3 de outubro de 2009

O perigo de um grupo fechado

Não falta tanto tempo assim para a Copa do Mundo de 2010, na África, e pelo que se pode observar Dunga tem seu grupo quase deifinido. Suas grandes dúvidas são em relação aos reservas, uma vez que as onze vagas titulares já estão definidas. Até a sempre contestada lateral-esquerda ganhou um novo ar, de qualidade, de tranquilidade, com o eficiente André Santos.

Do goleiro intocável ao centroavante descoberto por ele, Dunga conseguiu montar um time com a sua cara, o seu jeito. A pegada dos volantes, a marcação eficiente dos laterais e os contra-ataques mortais puxados pelo trio Kaká-Robinho-Luís Fabiano enalteceram seu trabalho e levantaram sua moral.

Infelizmente, o grande problema de sua equipe são as lesões. Elas chegam de repente e modificam o padrão do time, caindo de produção. A grande preocupação do Gaúcho de Ijuí é na recorrência das mesmas, acarretando consequências pesadas para o mundial do ano que vem. Entre as principais, as que afetam o zagueiro titular Juan são as mais alarmantes.

Peça principal da equipe, o carioca que joga no Roma é obrigado a manter a calma que o consagrou dentro de campo no seu tratamento. Seus músculos, principalmente os da coxa, parecem ter envelhecido precocemente, ao inverso de seu futebol. Problema parecido atinge seu companheiro Lúcio, porém este em menor escala, mas sem perder a manutenção da preocupação. Afinal, a dupla de zaga tem sido um dos - senão o -pontos mais fortes da equipe de Dunga.

A sorte do técnicoo brasileiro é o fato dos reservas não estarem comprometendo. Exemplo disso foi a última atuação de Luisão, contra a Argentina, na qual foi eleito um dos melhores da partida por toda a imprensa esportiva.

Mas Dunga sabe que não pode contar com a sorte no Mundial da Áfricaha. Em seu planejamento, a disciplina a substitui. E, para não correr riscos, não é tão bom que seu grupo seja restrito. Justamente pelo fato de ocorrerem lesões. É preciso que Dunga busque nomes para segundas opções. Tudo para não correr riscos. Riscos que quase o fizeram perder o cargo que tem atualmente.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Sonho Real

Os gastos milhonários para as contratações dos novos 'Galáticos' ( Kaká, C.Ronaldo, Xabi Alonso e Benzema) começaram a ter seus frutos colhidos. Após a vitória desta quarta, pela 2ªrodada da Champions League, sobre o Olympique Marseille, no Santiago Bernabéu por 3 x 0, mais do que os importantes e necessários três pontos conseguidos em casa, pôde-se perceber o entrosamento e a união do grupo, além de, é claro, a maestria.

Os dois gols de Cristiano Ronaldo e o pênalti sofrido pelo portguês e convertido por Kaká foram marcados em um pequeno intervalo de tempo, diferentemente da imposição tática do time merengue, que durou bastante tempo, praticamente o jogo inteiro. E, com 7 vitórias em 7 jogos, já é possível afirmar que as novas estrelas começaram o ano justificando o preço gasto em suas aquisições.

Principalmente Cristiano Ronaldo e Kaká, que foram alvos de duras críticas e muita desconfiança da imprensa esportiva mundial. Sob argumentos de vaidade do português, o que levaria a um fracasso da possível dupla, Kaká até tentou responder às provocações nas entrevistas, porém optou por responder de outra forma, por uma pela qual já está familiarizado - e como ! - : dentro de campo.

Então veio o primeiro jogo. Vitória fácil. O mesmo que aconteceria no segundo, e no terceiro, e assim por diante, até chegar na estreia da Champions, contra o desconhecido e modesto Zurich FC. Sem pena e com destreza, o placar de 5 a 2 foi curto diante do panorama do jogo. Nem mesmo as falhas do fraquíssimo goleiro Leoni foram aceitáveis como desculpa dos suíços e dos "anti-galáticos".

A vitória curta por um a zero sobre o La Coruña despertou por mais uma vez os críticos de plantão, mas a rodada seguinte da competição mais importante estava por vir, numa partida no palco da final da competição, no Santiago Bernabéu, com o apoio de toda a torcida merengue. Com 2 arrancadas sensacionais e uma partida praticamente impecável, Cristiano Ronaldo definiu o jogo. O terceiro gol, o segundo do português na partida, serviu como uma espécie de bônus ao Marseille. Serviu para mostrar que a magia do futebol ainda está viva.

E como em time campeão a sorte tem de estar presente, não pode-se esquecer do palco da final da Uefa Champions League, o estádio dos Galáticos, o estádio do Real Madrid, o Santiago Bernabéu. Sorte? Os merengues têm mais afeição pela palavra coincidência. Sorte para eles, está ligada à competência, ao trabalho, à eficiência. O sonho é real: montar um time galático, porém eficiente.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Nunca é tarde para sonhar


Somente jogando com muita raça, e vencendo, que o alívio chegaria finalmente às Laranjeiras. E foi isso que aconteceu com o Fluminense, na partida de ontem, contra o Avaí, no Maracanã, vencida pelo time da casa por 3 a 2. Porém, para dar um caráter permanente a este fim de sufoco prematuro e temporário é preciso que o time mantenha a pegada, continue com a raça demonstrada no triunfo contra o time catarinense.


A união das organizadas, amontoadas e unidas na arquibancada amarela, tentava confundir a atual situação caótica do Flu com o otimismo da torcida. As faixas estendidas antes do jogo com cobranças a dirigentes e jogadores, principalmente os que recebem altos salários, e que classificavam Conca como a única exceção, deram lugar a gritos e cantos de incentivos, fundamentais na vitória tricolor.


Assim como o goleiro Rafael, o qual defesas foram mais uma vez um dos raros pontos fortes da atuação tricolor no campeonato e no jogo. Assim como o jovem Alan, que além da disposição e técnica, tinha em seu repertório o amor e respeito ao clube onde foi criado e o qual jamais deixará de amar e respeitar. Assim como o argentino e craque do time Conca, que nunca se escondeu das cobranças, e na hora de resolver sempre resolve. E com garra. Craque.


Contudo, nem tudo são rosas no time tricolor. Em mais uma das milhares ruins atuações da zaga - sem incluir as péssimas -, Luiz Alberto e Gum ficaram boa parte do jogo perdidos. Assim como Paulo César, que falhou feio no primeiro gol avaiano, e nada fezs de benéfico ao time. A exceção aí foi Ruy, que apoiou bem e marcou sem comprometer.


Os vinte mil pagantes da partida de ontem jamais deixaram de acreditar, jamais deixaram de rezar, sonhar. Os outros milhões de tricolores espalhados pelo Brasil viveram situação semelhante as de Maicon e Dalton - ambos disputam o Mundial Sub-20, no Egito -, que tiveram na TV seu maior aliado ao sofrimento. A realidade dói para os tricolores cariocas, mesmo nunca sendo tarde para sonhar.


terça-feira, 22 de setembro de 2009

Entrevista com João Faria, do Portal Uai, sobre o América-MG

O Diário Esportivo Golaço entrevistou com exclusividade João Renato Faria, do Portal Uai, responsável pela cobertura do título da Série C conquistado pelo América-MG.

Ele falou sobre o time em campo, a conquista da Série C , a estrutura, o planejamento e até mesmo sobre o futuro da equipe.

Confira!




DEG - O planejamento da diretoria do clube foi fundamental na conquista da Série C?

João Faria - Sem dúvidas. O América, quando chegou ao fundo do poço, a segunda divisão do Campeonato Mineiro, estava atolado em uma desorganização completa, um verdadeiro caos administrativo. A eleição não de um, mas de sete presidentes, para gerir o clube, marca a virada. Composto por americanos notáveis, esse grupo de presidentes se uniu em prol do América, traçando o objetivo de levar o clube de volta para a Série B do Brasileiro.


Esta conquista conseguiu reconquistar o prazer da torcida em torcer pelo Coelho?

Não só a conquista, mas a campanha brilhante que o clube fez na série C. O que se viu nas ruas de Belo Horizonte durante a competição foi um resgate do orgulho de ser americano. Os torcedores voltaram a usar camisas, voltaram a encher o Independência, e mostraram que mesmo espremidos entre duas torcidas gigantescas de Belo Horizonte, sabem fazer barulho.


Qual a principal característica da equipe dentro de campo?

Ao longo de toda a Série C, foi um time que tinha um objetivo traçado e jogava dentro de campo em busca deste objetivo, o acesso à série C. Foi um time focado, consciente de suas limitações e capacidades.


Como a experiência de jogadores como Euller, Evanílson e Wellington Paulo ajuda o elenco? E dentro de campo, até mesmo pelas suas idades - um tanto avançadas -, a equipe tem de correr por eles? Eles agüentarão o ritmo durante a próxima temporada?

São jogadores acostumados à conquistas, que já rodaram muito. A experiência deles "deu liga" com a juventude do resto do elenco. Os mais novos não tiveram que correr pelos veteranos, até pela melhor noção de posicionamento que os segundos já tem. Alguns sofreram com contusões, com destaque para o Euller, na reta final do campeonato. Mas como futebol não é só dentro das quatro linhas, a participação deles foi importantíssima para a conquista.


Uma das preocupações das equipes que sobem a Série B é se manter na mesma, salvo raras exceções. É esta a preocupação do Coelho, ou dá para esperar algo maior?


Acho que por ter sido campeão da Série C, o América chega com moral na Segundona, ao contrário dos times que serão rebaixados da A, que chegam desmoralizados. Isso pode dar um gás para o Coelho na competição, e por isso não acredito que se manter na Série B vai chegar a ser um problema, mas também não acho que o América vai conseguir brigar por uma vaga na Série A, principalmente se times como o Fluminense e o Botafogo realmente caírem.


Quanto às saídas de Bruno Mineiro e Irênio - ambos acertaram com o Náutico. Isso prejudicará muito o time?


Toda saída é negativa. Irênio regeu o meio campo do América, e Bruno Mineiro foi decisivo em vários jogos, inclusive a final. Um reconhecido celeiro de craques, o América vai precisar repor estas posições com qualidade.


Com que posições a diretoria do clube tem de se preocupar em novos reforços?


Todas, principalmente se todas as saídas especuladas realmente se concretizarem. Claro que com a manutenção da base campeã da Série C, não serão necessários tantos jogadores, mas defesa, meio-campo e ataque precisa de mais nomes.


O campeonato mineiro do ano que vem terá grande importância para o America-MG. Por quê?


Porque é uma grande chance do América conquistar mais um título. Se tudo terminar como está, o Atlético vai estar com todas as atenções focadas na Libertadores, e vai usar o Mineiro como laboratório para a competição continental, enquanto o Cruzeiro vai voltar tudo para conquistar a Copa do Brasil e dar uma resposta para a torcida, que ainda não engoliu a perda da Libertadores e está engasgada com a situação do time no campeonato.


Quais serão as principais dificuldades para o Coelho na segundona?

As mesmas de Atlético e Cruzeiro na série A: a falta de um local definido para jogar as partidas em casa, já que tanto o Mineirão quanto o Independência devem entrar em reformas para a Copa do Mundo de 2014. Longe do seu estádio, onde a pressão sobre o time adversário é muito forte, é difícil prever qual será o comportamento do Coelho em campo.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sorte ou Azar?


A vaga conquistada em 1997 para levar a Jamaica à Copa do Mundo de 1998, abriu um novo horizonte para a carreira de Renê Simôes. Mesmo com a sua seleção não obtendo uma boa campanha na mesma. Pois, afinal, esse foi seu melhor trabalho, permanecendo até 2000 no comando do futebol jamaicano, superando, evidentemente, os seus outros trabalho - antes havia trabalhado nas seleções brasileiras de base, no mundo árabe, na Ponte Preta, Portuguesa, no Bahia, e até mesmo no Vitória Guimarães, de Portugal.


Porém, a sequência de sua carreira não seguiu neste mesmo patamar. Após sair da Jamaica, chegou a comandar, sem sucesso , as seleções da Honduras e de Trindad e Tobago. A verdade mesmo é que sua carreira voltou a deslanchar ao assumir o Coritiba, em 2007, e conquistar o esperado acesso, ou melhor, retorno à elite do Campeonato Brasileiro.


Atraído pelo dinheiro da terra de Bob Marley - e por simpatia ao país também -, Renê voltou a Jamaica, para um trabalho curto, e sem o mesmo sucesso da década de 90, durando míseros 10 jogos. Todavia, mais uma vez, a sorte lhe ajudou e o Fluminense, sem técnico desde a saída de Renato Gaúcho em 2008, resolveu lhe contratar para evitar o descenso da equipe carioca. E ele consegui, arrancando elogios da turma das Laranjeiras.


E, por mais uma vez em sua vida, a adversidade mudou sua vida. Depois de fazer uma péssima Taça Guanabara, foi demitido pela diretoria tricolor, sendo contratado para seu lugar Carlos Alberto Parreira. Os dias desempregado foram poucos e, logo alguns dias depois, fora contratado pelo Coritiba, no ano do centenário do clube, para buscar algum título. E não fez feio no Couto Pereira: chegou às semifinais da Copa do Brasil.


Quando tudo parecia certo em sua vida, a falta de elenco do time alviverde prejudicou a equipe no campeontao brasileiro, acarretando um péssimo início, permanecendo na zona de rebaixamento nas primeiras rodadas, a princinpal causa da saída de Renê do Couto, no meio do ano. Em Agosto assumiu a Portuguesa mas, ao ver vândalos irresponsáveis invadirem o vestiário do time para cobrar atitude dos jogadores, não suportou e pediu demissão.


À essa hora, os costa-riquenhos estavam em festa. Dias depois, anunciaram a sua contratação( no dia 17). A meta é a Copa de 2010. Contudo, se Renê Rodrigues Simões, um carioca de 56 anos, irá conseguir...isso só os deuses do futebol sabem. Talvez a sorte do Caribe, que já lhe trouxe bons frutos, o ajude. Talvez o azar, que o fez sair de muitos clubes, o prejudique. Talvez é talvez. Futebol é uma caixa de surpresas.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Favoritismo já?

Abriram-se as cortinas. O espetáculo começou. E logo no primeiro dia das partidas válidas pela fase de grupos da Uefa Champions League, a goleada do Real Madrid sobre o frágil Zurich FC, na Suíça, já foi destaque. Assim como as vitórias de Wolfsburg e Milan, ambas fora de casa.

Mesmo não sendo praxe ver Kaká mais como um ponta-esquerda, o meia ex-Milan vem dando certo - e muito - ao lado de Cristiano Ronaldo, este atuando pela ponta direita. As constantes e surpreendentes chegadas dos volantes Guti e Xabi Alonso dão um ar mais ofensivo ao time, que não precisou usar de mais forças para vencer o fraco time suíço por 5 a 2.

O Manchester também venceu fora de casa. Venceu o Besiktas do Rodrigo Tabata, por 1 a 0, num belo gol de cabeça de Paul Scholes. Cristiano Ronaldo não fez tanta falta diante de um Nani inspirado e um Rooney criativo e raçudo. Mesmo não se esquecendo da também fragilidade do adversário.

Mas, a pergunta que não quer calar é? Já existe favorito? A resposta para esta questão pode estar nos confrontos dessas duas equipes citadas. Ou até mesmo no confronto desta quarta, entre Inter e Barça. Porém, é importante ressaltar que quando inicia-se uma competição, os olhares críticos e ansiosos da imprensa e dos torcedores miram-se ao campeão da competição anterior e ao time com maior investimento. Será assim na Champions também?

sábado, 12 de setembro de 2009

Time pequeno

A surpreendente campanha do Barueri no Brasileiro, que chegou a inclusive brigar pelo G-4 em determinadas rodadas da competição, ressucitou na memória do torcedor o famoso " time de empresário ". Bancado pelo governo da cidade de Barueri, o Grêmio Esportivo Barueri surgiu em 1989 e, rapidamente, já encontrava-se na série C da competição mais importante do Brasil, em 2006. O tempo necessário para alcançar a elite também foi rápido: três anos.

Ao chegar a sexta colocação no Brasileiro, após vitórias convincentes, o time começou a ser comparado pelos críticos com outras equipes bancadas por governos ou empresários. Exemplos não faltam. O Inter de Limeira por exemplo, que em 86 foi campeão paulista com um time montado por empresários. Um exemplo mais distinto é o Bangu da década de 80, bancada pelo mafioso Castor de Andrade. E claro, é válido relembrar que o exemplo mais recente e mais associado ao Barueri é o São Caetano dos anos 2000, cujo a equipe era montada e financiada pelo governo local.

Entretanto, nem tudo são flores. Após perder seu técnico a um time de maior porte, de uma cidade gigante, por ambição profissional, o Barueri viu-se num descenso sem fim. Voltou a jogar mal, e ainda perdeu Fernandinho, principal destaque da equipe, que teve seu contrato encerrado e ainda não renovou. E o pior, o governo não está mais feliz com a parceria e, ao que tudo indica, a mesma deve ser encerrada. Tanto que Barueri e governo de Barueri já buscam novos horizontes. Este espera iniciar novos projetos, com novos clubes, como Oeste. Já aquele, busca novas cidades para " alojar " a estrutura. Vida de time pequeno não é fácil.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Argentina se complica, e Paraguai vai à Copa


Derrotada merecidamente em Assunção pelo eficiente Paraguai, a Argentina viu suas chances de ir à Copa diminuirem bastante com as vitórias de Equador e Uruguai. Com a derrota, a seleção de Maradona fica fora da zona de classificação à Copa, permanecendo com seus 22 pontos.


Jogando um futebol sofrível, não só a fraca zaga, mas sim o time inteiro errava muito. Da troca de passes a entrada da área, o coquetel de problemas argentinos era grandioso.Para piorar ainda mais a situação, do outro lado da "cancha" encontrava-se um Paraguai disciplinado, bem na marcação e com dois atacantes inteligentíssimos, principalemnte o carrasco do Brasil, Salvador Cabañas.


Do início ao fim do jogo, a peleia e raça argentina foi pouco vista, e nas raras vezes em que aparecera, foi rapidamente confundida com violência por Verón, que deu entrada criminosa aos 18 da primeira etapa e, posteriormente, seria expulso por outra falta, desta vez na segunda etapa.


O pesadelo de Maradona começou quando a bola rolou. E o mesmo se intensificou após Cabañas iniciar uma rápida e bela triangulação, que terminou com finalização certeira de Valdez. Paraguai 1 x 0, aos 27. Isso porque o time da casa já havia botado duas bolas na trave, com ataques sempre rápidos.


Com o tempo, foi ficando cada vez mais evidente as diferenças entre as equipes, principalmente na defesa. Enquanto a paraguia mostrava-se sólida e segura, sem chutões e, claro, organizada, a argentina era exatamente o contrário disso. O meio-campo inoperante foi mexido por Maradona no segundo tempo a fim de mudar esse panorama, porém de nada adiantou. Lavezzi e Palermo pouco - ou quase nada - fizeram.


Restou a El Pibe mostrar o desespero de sua equipe ao mundo, atacando de maneira desordenada e gerando perigosíssimos contra-ataques ao ótimo ataque paraguaio. E deu no que era projetado pelo jogo: vitória paraguaia. Que fase, hein Dieguito!

sábado, 5 de setembro de 2009

Tango à brasileira


A pressão da torcida argentina, que segundo Maradona seria vital, de nada adiantou frente a organização tática , velocidade, e claro, o talento da equipe brasileira. Esperando que sua equipe tomasse a iniciativa, El Pibe viu Messi e Cia parando na consistente zaga brasileira. Parte dela, e do sucesso da equipe de Dunga, Luisão fez uma exibição praticamente perfeita, coroada com um gol, o primeiro do jogo, aos 23, de cabeça.

Em 4º lugar, e precisando muito da vitória, era de se esperar que a equipe da casa tomasse as ações do jogo e pressionasse o Brasil. Pura imaginação. O toque de bola envolvente apoiava-se na solidez da defesa, e enchia o campo. Aos 30, o sonho canarinho virou realidade. Kaká, inteligentemente, chutou para atrás, a bola sobrou para Maicon, que bateu bem de perna esquerda, obrigando Andújar a dar rebote para Luís Fabiano marcar. Dois a zero.

E, quando tudo parecia fazer com que a partida brasileira se encaminhasse a perfeição, Dátolo acertou um chutasso de fora da área, diminuindo a vantagem, e acordando a torcida argentina, aos 20 da segunda etapa. A Argentina esboçava uma reação. Só esboçava. Qualquer outra tentativa esbarrou num passe perfeito de Kaká para Luís Fabiano, que deu um toque genial, de primeira, por cima de Andújar, aumentando a vantagem brasileira. Gol fabuloso de um time genial.

A partir daí, o respeito pela equipe argentina - desnecessário, por sinal - entrou em campo e impediu que mais gols saíssem. Restou a Dunga dar ritmo a Adriano, que será titular contra o Chile, em virtude da suspensão de Luís Fabiano. O mesmo ele fez com Ramires. Atuação de gala de uma seleção cada vez mais convincente e que, com a vitória e as derrotas de Equador e Uruguai, além do próprio triunfo, carimbou seu passaporte para a Copa de 2010.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

De rosa não tem nada

A cidade de Rosario vive um dos momentos mais especiais de sua história. Descobridora de uma das maiores revelações do futebol mundial, a cidade em que nasceu Lionel Messi, recebe, no próximo sábado um espetáculo à parte. Em jogo válido pelas Eliminatórias para a Copa de 2010, Argentina e Brasil se enfrentam em momentos distintos, no próximo sábado, às 21h30 ( horário de Brasília).

Liderando a competição, com 27 pontos, um a mais que o Chile, o Brasil já pode, neste jogo, carimbar seu passaporte à Copa. Basta vencer o jogo e torcer para tropeços de Uruguai e Equador. Já a Argentina, em 4º lugar, necessita muito da vitória para afastar a crise que vem assolando seu futebol, principalmente após as derrotas para o Equador e Bolívia.

As provocações começaram cedo. No ínicio da semana do jogo, as declarações começavam a surgir. Tevez engrossou primeiro, ao dizer que o Brasil iria ter medo dos " hermanos ". Luís Fabiano e Júlio César responderam à altura. E não demorou para 'El Pibe' mostrar a cara , e ser repreendido por Pelé. Sem novidades.

A confiança de Messi em ganhar do Brasil se dá até mesmo pelo fato do craque ter nascido em Rosario, e estar em casa e tranquilo para o jogo de sábado. Tranqüila também, segundo Messi, vai ser a possível vitória argentina, dada por ele como certa.

Certeza essa que Robinho não tem, e prefere jamais cogitar tal hipótese apesar de conhecer a dificuldade do duelo, assim como todo o time brasileiro.

"Para ser sincero acho que o bicho vai pegar. Eles vão chegar duro como sempre fizeram. Eles sabem que se derem espaços para um Kaká, para o Luis Fabiano, se deixar eu jogar também, eles vão ter dificuldade. Da mesma forma que se a gente der espaço para o Messi, para o Carlitos... eles são jogadores decisivos. O que não podemos entrar é nesse clima de guerra. Isso vai ser melhor para eles do que para nós. " Declarou o atacante.

Se no presente, o clima é de rivalidade intensa, é bom relembrar que no passado a intensidade já foi maior. O clima já foi de guerra. Na Copa de 78, valendo vaga na final, na mesma Rosario, Brasil e Argentina empataram em 0 a 0 , num jogo muito violento, com muitas faltas desleais e a violência em primeiro plano.

Enfim, se tratando do maior clássico do futebol mundial, qualquer resultado é possível. O jogo deste sábado será mais um capítulo de um história eterna. A rivalidade não entra em campo, mas atinge o psicológico dos jogadores das duas equipes, aumentando ainda mais a tensão. O certo é de que rosa, Rosario não tem nada.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Missão "quase" impossível

Foto : Globoesporte.com


- É difícil. Nenhum treinador faz milagre. A gente vê que a maioria das equipes que disputam a cabeça do campeonato mantêm o elenco, muda pouco, tem grupo que se conhece. O treinador, como o exemplo do Muricy, acaba entrando em momento de desgaste. Imagina nesse momento turbulento. Não é fácil. O resultado precisa acontecer para ontem.


O desabafo é de Ruy, ala-direito do Fluminense, atual lanterna do Brasileirão. Com menos de 2 meses no clube, Ruy traduz em palavras a situação dramática que vive o Fluminense, que demitiu nesta terça-feira o técnico Renato Gaúcho, o qual deverá ser substituído por Cuca.


Contratado após discordar da posição imposta a ele ainda no Grêmio por Paulo Autuori, Ruy Cabeção - seu visual explica o apelido - já jogou de meia, ala e até mesmo lateral. A constante troca de posição do jogador ex-Botafogo, o que lhe fez sair do clube gaúcho, é só mais um reflexo do desespero vivido pelo Tricolor Carioca. Na lanterna do campeonato, com 16 pontos e incríveis 93 % de chances de ser rebaixado, o Fluminense anunciou nesta manhã (1) a demissão de Renato Gaúcho e, logo em seguida, o seu substituto : Cuca.


Preparando-se para o jogo contra o Náutico em Itu, o elenco tricolor faz alusão à cidade onde se concentra, conhecida por "tudo ser grande". Os 38 atletas - a contar os que estão no Rio - têm uma missão quase impossível : escapar do rebaixamento à Série B. Os números não param por aí, e ganham mais incredibilidade quando é exposto que dos 38, seis foram contratados no mês de Agosto ( Adeílson, Paulo César, Urrutia, Gum, Roni e Fábio Neves ).


Apesar dos dirigentes e jogadores saberem da gravidade do problema, a solução parece estar aquém de suas mãos. Com contratações, em sua maioria, pífias, demissões tomam conta dos bastidores tricolores. Cuca será o quinto técnico do ano. O cenário é de filme de terror e, até mesmo com o verde da esperança, será muito difícil o Clube das três cores que traduzem-se em tradição escape do rebaixamento. Somente num passe de mágica.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Um novo Jason?

Foto: Lancenet - Apresentação de Defederico
O desmanche anunciado pelas vendas de André Santos, Cristian e Douglas foi rapidamente solucionado pela eficiente diretoria corintiana. Não foi uma reação de imediato. Pelo contrário, foi uma reformulação lenta, porém benéfica à equipe. Primeiro veio Edu, logo Marcelo Mattos e o " novo Messi ", Matias Defederico, este o mais esperado.

Talvez os nomes citados não sejam de tanto agrado quanto os que se foram, até mesmo pelo fato de um deles ser totalmente desconhecido da Fiel. Mas, as boas passagens de Edu e Marcelo pelo próprio Corinthians e os elogios da imprensa argentina ao atacante ex-Huracán enchem a torcida de esperança.

E, mais do que esperança e alívio, as novas contratações trazem ambições e, somadas ao retorno de Ronaldo, às boas atuações da equipe - mesmo sem os 11 " ideais" -, tendem a fazer com que o alvinegro paulista ressurja, voltando a brigar pelo título.Ressurgimento esse que pode ser comparado ao do tricolor paulista, apesar deste se tratar de vários ressurgimentos e não um. Mas, no Parque São Jorge a pretensão é outra, e o ressurgimento é definitivo - pelo menos é o que parece.

Todavia, para se chegar onde almeja a fiel torcida, o Corinthians não pode se esquecer do Palmeiras, do Inter, do " verdadeiro Jason " e dos outros, pois, afinal, eles tiram muitos pontos dos grandes e candidatos ao título.

Resta saber se o Timão vai encaixar e, como o velho Corinthians, voltar a brigar por títulos. Talvez isso aconteça, é uma possibilidade, assim como Defederico ser o novo Messi. Se tratam de possibilidades, ambas um tanto quanto desejadas pela Fiel.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Mudanças necessárias

Quando o problema parecia ser o elenco, demitiu-se o técnico. Quando ele passou a ser a zaga, demitiu-se o capitão Lúcio. Quando passou a ser o ataque, vendeu-se Podolski. A única exceção desse prognóstico foi quando o problema parecia ser o time todo, e manteu-se Ribery, apesar das ofertas - algumas delas milhonárias. Desde o fim da temporada passada o time não se encaixa, apesar de ter sido o clube que mais gastou na Alemanha, gastando aproximadamente 45 milhões de Euros. As contratações de Mario Gomez, Tymoschuk, Olic e Pranjic, parecem, cada vez mais, não justificar os valores gastos para ter suas presenças e, mais do que isso: estão deixando saudades ao torcedor do Bayern de nomes como o de Lúcio e Zé Roberto.

No Bayern de hoje, no Bayern de ontem, ou no Bayern de amanhã, a pressão é sempre a mesma: vitória. A fanática torcida vermelha não aceita outro resultado e, caso este venha, protestos e pedidos de demissões crescem em progressão geométrica. Por ser o maior vencedor do país e o time mais tradicional, com larga vantagem sobre os rivais, as pretensões do Bayern todo ano ficam em volta do prato, do título, da glória. Glória que o consagrou em seus 109 anos de vida, com jogadores notáveis, entre eles Matthaus, Klinsmann e Müller.

Para reviver seus dias de glória perdidos ao tempo, a atual diretoria do clube contratou Luis Van Gaal para o comando do time, e aposta todas suas fichas no talento e ousadia de Franck Ribery, notavelmente o craque do time e xodó da torcida. O resto é o resto. Mas que resto?Formado por jogadores medianos, o elenco do time da Baviera pouco pretende em relação à Uefa Champions League. Ou seja, nem mesmo a contratação de Robben - anunciada nesta quinta - deve mudar esse panorama. A trama está montada e a glória longe de ser alcançada. A declaração de um torcedor do Bayern, após a estreia sem vitória no cmapeonato alemão deste ano resume bem a atual relação dos jogadores com a torcida, e do time com os títulos : " O Bayern precisa de jogadores que façam jus a suas contratações. A história do Bayern não dá chances para os de hje. Precisa mudar, senão..." desabafou o " supporter".

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Ninguém é invencível

O papo que rola atualmente sobre o Brasileirão é de que o São Paulo será campeão mais uma vez. Não é uma certeza, mas sim uma projeção, que tenta designar o tricolor paulista como invencível. O problema está exatamente aí. No futebol não existem invencíveis. Nunca existiram, talvez existam quando o mesmo for jogador por máquinas, daqui a alguns milhares de anos...

Os exemplos reforçam esta tese. Eles não são de uma mesma época ou de um mesmo time, são de diferentes tempos e equipes. Desde a Hungria de 54, até o Lyon de 2008, jamais existiram invencíveis. Olha que durante esse intervalo de tempo entre 1954 e 2008, muitos grandes times deram seus ares da graça, mas nenhum, repito, nenhum, foi invencível. Nem mesmo a Holanda mágica de 1974, nem mesmo o Brasil de 2002 ou 2006, todos eles perderam alguns jogos, uns em momentos cruciais e decisivos , outros em um simples amistoso, como é o caso do Brasil de 1970, que muitos dizem ter sido invencível, mas esse time perdeu para uma modesta Argentina, em março de 70, no Beira-Rio, por 2 a 0.

A discussão é unânime quanto a esse fato. O argumento do favoritismo é diferente. Nem todo favorito vence, nem todo favorito é campeão, mas todo favorito é vencível, derrotável. Todos eles. As zebras surgem por isso, por acreditarem na vitória contra um grande. Foi isso que fez o Senegal em 2002, ao derrotar a França, no jogo de abertura da Copa, e logo a França, que era a a seleção do momento, campeã em 98. Recentemente tivemos um grande exemplo disso : a vitória dos Estados Unidos, por 2 a 0, sobre a então favorita e " invencível " Espanha, acabando com sua sequência de vitórias.

Portanto, é bom pensar antes de citar já o São Paulo como campeão de 2009, dando-lhe o título, mesmo que ingênuamente, de invencível. Ou mesmo o Palmeiras, por ser comandado por Muricy, sendo, neste caso, o técnico o invencível. Mas isso não existe, vide a vitória ontem do Coritiba diante do Palmeira de Muricy. O futebol responde pelo resto, por ser uma grande caixa de surpresas, e não de invencibilidades.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

A consolidação do Colorado pode chegar

Título do Gauchão 2009 - foto : ZeroHora




Tachado por todos como o melhor time do Brasil em atividade no primeiro semestre, o Colorado estava jogando no Gaúchão e na Copa do Brasil um futebol encantador, brilhante. Porém, após a derrota frente ao Corinthians, perdendo o título da Copa do Brasil e também o da Recopa Sulamericana para a LDU, o time comandado pelo contestado Tite entrou em crise, passou a jogar mal e a conseguir resultados razoáveis, o que irritou a torcida daquele timasso do início do ano.

Apesar das derrotas serem na maioria dentro dos campos, fora das quatro linhas houve somente uma, porém importantíssima: a perda de Nilmar, negociado. Sem Nilmar, Taison caiu muito de produção, deixando de marcar aqueles tantos gols que marcara no início da temporada, assim como D'Alessandro que chegou até a ser afastado do elenco, por problemas disciplinares. O time sentiu a perda de um integrante e a queda de produção dos outros dois integrantes do " trio de ouro ", cujo a magia encontrada no Gauchão 2009 e na Copa do Brasil, andava meio esquecida e sumida.

Mas, por incrível que pareça, a campanha colorada no Brasileirão era muito boa, se mantendo todas as rodadas no G-4, mesmo com muitos problemas como suspensões e contusões. Então, chegou o Gre-Nal, o primeiro do Brasileirão 2009. Contudo, não se tratava de apenas mais um e disputado Gre-Nal, mas sim do Gre-Nal centenário, pois, afinal, esse jogo válido pelo primeiro turno seria o de número 100 na história do confronto. Portanto, uma vitória colorada nesse confronto traria paz ao Beira-Rio e esfriaria os ânimos da torcida e imprensa local. Entretanto, o que aconteceu foi justamente o contrário: vitória gremista. E as consequências foram exatamente as contrárias em relação a uma hipotética vitória, aumentando ainda mais a crise do Colorado, que parecia fazer com que o time perdesse a pegada e caisse pelas tabelas no Brasileiro, o que não aconteceu.

A derrota no clássico mexeu com o brio dos jogadores, que passaram a se esforçar mais, fazendo com que os bons resultados voltassem a aparecer, apesar do futebol bem jogado e vistoso apresentado no início do ano não fazer mais parte do repertório do time de Tite. A verdade é que o time não saiu, até agora, do G-4, mesmo tendo jogos a menos, o que aumenta as chances do Inter continuar no topo.

E, mais do que nada, a melhora nos resultados e a volta das vitórias fizeram com que os críticos voltassem a apontar o Inter como sério candidato ao título, ainda mais com a chegada de reforços importantes(Edu, Fabiano Eller e Cleber Santana deve fechar também). Se os novos contratados jogarem o que jogaram em suas melhores fases, o Colorado, sem dúvidas, brigará seriamente pelo tetra. Tite espera que isso aconteça e que seu time volte a encontrar o bom futebol, se consolidando de vez como o melhor time do Brasil, pelo menos neste ano.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Um novo campeão chegou

Bastou uma pequena seqüência de jogos sem perder do São Paulo, para o canto "o campeão voltou " voltar a ser ecoado nas arquibancadas do Morumbi, com todos os torcedores usando a máscara do Jason, personagem de um famoso filme de terror que ressucita quando todos lhe dão como morto. Coincidências à parte, o tricolor paulista, comandado agora por Ricardo Gomes passou a jogar mais a seu estilo, valorizando muito a posse de bola. E mais do que isso, voltou a jogar bem, a vencer convincentemente. Voltou a ter sorte e postura de campeão.

Porém, talvez a afirmação " o campeão voltou " não esteja completamente correta. Pois, afinal, o time comandado por Muricy jogava mais ao estilo inglês. Um futebol de muita força, tanto física, quanto tática. Dependia muito das bolas alçadas na área para seus gigantes, e técnicos, zagueiro. Ou seja, era quase que completamente diferente do tricolor de Ricardo Gomes, que tem no toque de bola a principal arma ofensiva.

Não dá para apontar um time superior, levando os dois em consideração. São estilos diferentes de times com a mesma base e os mesmos jogadores. Bons estilos até. É lógico que alguns não jogam da mesma forma, vide Richarlysson, que jogava mais como ala com Muricy, ou até mesmo de terceiro zagueiro. Com Ricardo, Ricky faz um segundo volante, que ajuda muito na marcação e aparece bem pro jogo também.

Jorge Wagner, sem dúvidas, é o melhor exemplo para evidenciar as diferenças entre os dois comandantes.Muricy insistia em fazê-lo jogar pela ala, ou como um segundo, ou terceiro volante. Ricardo Gomes o pôs como armador, papel semelhante que Douglas exercia no Corinthians. Jorge é o responsável por ditar o ritmo da equipe. Quando é necessário uma quebra de ritmo, Jorge trata de cadenciar o jogo, ou quando precisa-se de mais velocidade, ele aciona, no momento certo e com passes absolutamente precisos, os alas, que ganharam mais velocidade e mobilidade com Ricardo.

Portanto, talvez a afirmação correta para o atual momento do São Paulo seja " o campeão chegou ". Sem se tratar de um velho campeão, mas sim de um novo campeão, com um novo estilo, diferentemente do time de Muricy. Atenção torcida tricolor, é melhor começarem a ensaiar um novo canto : " o novo campeão chegou...".

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