" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




sexta-feira, 31 de julho de 2009

A certeza de Renato Gaúcho


Ao voltar a trabalhar em um clube, após quase sete meses desempregado, ou melhor, segundo ele próprio 'descansando', Renato Gaúcho promoveu rapidamente mudanças no esquema e na filosofia de trabalho.Promoveu volta de atletas afastados e mudou a formação tática, passando a usar três zagueiros.Contudo, uma coisa não mudou em sua volta e, cada vez mais, parece que jamais irá mudar.

Trata-se da personalidade de Renato Gaúcho.Mais precisamente, de sua boca, de suas declarações, na maioria delas, polêmicas.Basta relembrar o ano passado.Tendo o time na final da Libertadores, ele não mediu as suas palavras e declarou que seria campeão e, após o título iria brincar no Brasileiro.O futuro o ironizou.O time foi vice da Libertadores e fugiu do rebaixamento durante todo o campeonato.E, para piorar a situação do técnico tricolor, o mesmo foi demitido e mais tarde, já na reta final, foi contratado para evitar o rebaixamento do Vasco, sem sucesso.Renato acabou queimando a língua mais uma vez.

Passados alguns dias após assumir o Fluminense na zona de rebaixamento, é evidente a mudança para melhor da postura e eficiência do time, porém, como todos dizem, futebol é resultado e o Fluminense não vem conseguindo transformar isso tudo em vitórias.Citado por muitos, como um dos principais candidatos ao rebaixamento, os investimento e a grande variedade de reforços contratados pela patrocinadora estão até o momento ineficazes e injustificáveis.

Renato sabe que tem de mudar.Talvez até saiba como.Está cada vez mais certo e confiante num final feliz.Uma prova disso é a última declaração dele, no mínimo polêmica, dando a certeza da permanência do Flu na primeirona.Renato, mais do que nada, mostrou muita personalidade com essa declaração, pois afinal, a desconfiança ultimamente vem cercando seus trabalho, justamente por declarações como essas, que ao invés de mexer com o brio dos jogadores acabam afetando emocionalmente a todos e criando incertezas da torcida.

Mas a personalidade dele faz parte de seu repertório vencedor, desde seus tempos de jogadores, onde suas atitudes extra-campo davam muito o que falar.A torcida tricolor já até se acostumou com esse comportamento, cada vez mais extinto no futebol de hoje em dia.A certeza de apoio dos lançadores de pó de arroz é a fidelidade e a incerteza está no futuro do time.Porém, o Gaúcho usa sua confiança e a certeza do treinador pode contagiar os jogadores e, de uma vez por todas, tirar o Fluminense dessa situação incômoda.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Diego Tardelli - da água pro vinho


Dia 3 de Agosto de 2008.Uma data , indubitavelmente, a ser esquecida por Diego Tardelli.Foi nesse dia, durante a partida entre Flamengo e Cruzeiro, no Maracanã, que ele fraturou o braço direito em uma queda.Após isso ficou alguns meses parados e voltou a se destacar contra o mesmo cruzeiro, dessa vez, no Mineirão e em Novembro, ao sofrer um pênalti não marcado por Simon e por ser expulso, após peitar o juiz.Isso tirou as chances do Flamengo ser campeão e o afastou muito da Libertadores.O clima no rubro negro já era ruim e o atacante, no início deste ano foi negociado com o Atlético Mineiro, onde virou artilheiro e ganhou destaque, conseguindo uma convocação à seleção brasileira para disputar o amistoso contra Estônia em Agosto.

Herói do título da taça Guanabara de 2008, contra o Botafogo, Diego alternou bons e maus momentos em sua passagem pelo Flamengo, sendo os últimos em maior quantidade , devido à sua falta de regularidade.É verdade que também foi utilizado e peça importante para o time carioca ser bicampeão ano passado, porém, o atacante perdeu muito espaço com a chegada de Caio Júnior, em Maio de 2008, após a saída de Joel para a África.

Quando começava a dar sinais de empenho e regularidade nos coletivos, Tardelli ganhou mais uma chance, na partida contra a Raposa e, para a sua infelicidade, houve sua fratura.O desânimo era visto em seu rosto ainda no hospital.Parecia saber da dificuldade da sua volta e recuperação.Deixou a fama de noitada de lado e trabalhou , e muito, para se recuperar mais rapidamente.Conseguiu.Venceu as perspectivas dos médicos e voltou em quase quatro meses.

No jogo marcado por sua volta, entrou no fim, numa das últimas tentativas ofensivas de Caio Júnior do jogo e do campeonato.O time precisava, ao mínimo, do empate, e perdia por 3 a 2, quando Tardelli entrou.Quase nos acréscimos, ele invadiu a área e cortou o zagueiro celeste, que o derrubou.Pênalti, que Carlos Eugênio Simon não viu.E todos viram Tardelli correr em direção ao árbitro e peitá-lo, irrespnsalvelmente, sendo expulso pelo mesmo e, relembrando seus tempos de moleque perdido que o atormentava na Europa e o prejudicaram muito, no início promissor de sua carreira.

Depois disso, assim como o Flamengo, que não foi nem para a Libertadores, foi um fracasso seu final de ano.No início de 2009, acabou negociado com o Atlético Mineiro, servindo de moeda de troca de uma dívida que o Fla sustentava com o Galo , relacionada à compra do goleiro Bruno.

A desconfiança era grande em sua chegada.Mas um fator animava a todos os atleticanos.Tratava-se do seu ótimo relacionamento e rendimento sob a batuta de Emerson Leão, então treinador do clube mineiro.E, para a alegria dos alvinegros, Tardelli rendeu até mais do que o esperado, logo em seu início.Em apenas alguns meses, já era artilheiro do time e do ano no Brasil inteiro.A artilharia do Mineiro não lhe escapou e, senão fosse a eliminação precoce, nas oitavas, diante do Vitória nos pênaltis, na Copa do Brasil, seria sério candidato à artilharia da competição.

Com o término do Mineiro, a saída de Leão, o vice-campeonato diante do maior rival, a eliminação na Copa do Brasil , a ótima fase do atacante foi posta em dúvida pela imprensa.Ouvindo de muitos que só joga bem com Leão, ele não se abateu, e continuou se esforçando cada vez mais nos jogos do Brasileirão, marcando gols e ajudando a equipe a manter a excelente campanha de até então.E além disso, de rebuscar a ótima fase vivida no seu início no São Paulo, vem encantando a muitos por sua nova movimentação.Pois, por mais que caia pelos dois lados e se movimente absurdamente durante o jogo, ainda encontra forças para ajudar na marcação, voltando para roubar bola inclusive atrás do circulo central.Inacreditável.

Contudo, algumas críticas não cessavam.Ele fazia por merecer o prestigio da torcida, que o tem como ídolo.Mas a grande surpresa e agradável, chegou a Diego hoje à tarde.O atacante foi convocado por DUnga para disputar o amistoso contra Estônia, no dia 12 de Agosto.A surpresa foi tão boa quanto sua volta por cima.Desde sua fratura , venceu muitas barreiras e passou por dificuldades , que não foram poucas, mas apesar dos pesares, vencê-las era preciso.E ele sabia disso.Ele sabe disso .

- Dei a volta por cima e me levantei. Isso tudo com a ajuda da família, esposa, filha, amigos. Até o ano passado eu era visto com desconfiança e estou provando que posso ser o jogador que todo mundo esperava - afirmou o atacante ,que deverá ser reserva de Luis Fabiano no amistoso

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Volta por cima

Tragédias acontecem.São inesperadas.Ninguém se prepara para superá-las e elas são surpreendentes, muitas vezes insuperáveis.É impossível prevê-las, e, por mais cautela existente, na maioria dos casos não conseguem ser evitadas.Algumas nem a ciência explicam, tamanha importância e complexidade das mesmas.De um simples acidente a um terremoto, todos os casos podem ser classificados como tal.
Na Ciência, na vida social, na economia, no esporte, na política, até na natureza elas estão presentes.Fazem parte, por incrível que pareça do nosso cotidiano, mesmo não sendo tão comuns.
Nos Esportes, principalmente no futebol, elas estão na maioria das vezes ligadas à um acidente seja ele aéreo ou terrestre.Exemplos não faltam.Torino, Manchester, Allianza Lima e, recentemente Brasil de Pelotas conhecem muito bem esse tipo de situação.
Que o diga este último.Em Janeiro, na volta de um amistoso, no Rio Grande do Sul, a delegação do Brasil da cidade de Pelotas, teve seu ônibus despencado morro abaixo.Morreram um preparador de goleiros e o maior ídolo do time:Claudio Millar.Outros atletas também se feriram,muitos com fraturas e outros com ferimentos leves.Um dos ídolos do Grêmio, o goleiro Danrley, então recém-contratado, não sofreu nenhum tipo de ferimento, exceto o emocional.
O acidente chocou o Estado e o Brasil inteiro.Pelotas chorava, afinal havia perdido o seu "Pelé".Cinderela, como era conhecido por todos, era dono de um carisma impressionante.Conquistava a todos dentro e fora de campo.Sem dúvidas foi a maior perda da história do time, cujo principal herói é exatamente ele.
Foi especulado até mesmo, uma possível exclusão da equipe profissional, tamanho era o trauma.Porém, o bom censo, principalmente da dupla Gre-Nal que se dispôs a qualquer tipo de ajuda, inclusive no empréstimo de jogadores, falou mais alto.A equipe tentou vencer a si mesmo dentro das quatro linhas.Tentou vencer seu próprio emocional.Mas fracassou, terminou rebaixada à segundona gaúcha.
Conhecido por ser a principal saída para atletas ou equipes que buscam a superação, o esporte entrou em cena.Com um time renovado e muito diferente, o Xavante voltou a disputar uma compeetição oficial mês passado: a terceirona do Brasileiro.Com uma campanha irretocável, conseguiu se classificar em primeiro no seu grupo para as quartas de finais e mais do que isso, conseguiu dar a volta por cima, recuperar sua tradição, recuperar sua vontade de jogar, que estava esquecida naquele acidente.Independentemente do resultado final e do desfecho da competição o Brasil deu sim sua volta por cima.Não é fácil sair dessa tragédia como saiu o time de Pelotas, é preciso muita vontade e determinação.Parabéns Xavante!

O novo Botafogo

Avaliado por muitos como candidato ao rebaixamento, Ney Franco já alguns esquemas para tentar fazer o Botafogo perder esse rótulo.Do 4-4-2 ao 3-5-2, as variações e trocas de jogadores foram intensas.Com a venda de Maicossuel, o time pareceu perdido, mesmo com a contratação de Lucio Flávio, cujas características são completamente diferentes das do Mago.
Contando com a ajuda de um fundo de investimento, o alvinegro trouxe Jônatas, Tony, Lucio Flavio, André Lima e Michael, este último sequer estreou.O objetivo dos negócios é tirar o clube desta situação.E, por incrível que pareça é o que o time vem fazendo.
Não que as novas caras sejam os principais destaques dessa recuperação, mas eles vem ajudando a compor elenco e até mesmo, como titulares, caso de André e Lucio(ex-botafoguenses).Além deles o Bota recuperou um jogador que vem rendendo muito bem.Pode-se até tratá-lo como um reforço, pois taticamente ele é um, e dos bons.Estamos falando de Renato, que teve boa passagem pelo Vasco em 2007.
Lucio Flavio tem como virtude o bom passe, porém é lento, precisava de algum armador para o auxiliar na criação, e dar mais velocidade nas jogadas.Com Renatio mais adiantado e fazendo esse papel, o camisa 10, mais recuado, vem jogando bem, distribuindo os passes como um falso segundo volante.
Outro destaque é Victor Simões.Além de jogar muito bem como centroavante, atual papel de André Lima, o Pantera está jogando como segundo atacante e tendo boas atuações, com assitências e gols.
Mas o ponto forte do time realmente é a bola parada de Juninho.O capitão alvinegro é responsável pela maioria dos gols do Fogão, sejam eles feitos por ele, ou com sua participação.Com suas cobranças fortes e envenenadas com muito efeito, Juninho é uma grande arma do Botafogo.Quando a bola não entra em suas cobranças, é normal um gol sair no rebote do goleiro ou da trave.Ele tem uma grande precisão nesse tipo de jogada.
O time não está completamente acertado.A defesa parece estar certinha, jogando com segurança.O meio está mais compacto e com um passe melhorado.O ataque está com mais força e poder de fogo nas finalizações.Porém, a certeza do técnico alvinegro de que o time não será rebaixado não se dá apenas por tais motivos.Ela se faz por mais alguns.Entre eles as cotnratações de Michael e Jônatas, que ao ganharem condição física, deverão ser titulares.E também, a volta do artilheiro Reinaldo, afastado por contusão no tornozelo desde a final contra o Flamengo do Estadual.
Com todos esses fatores citados acima, Ney Franco tem um time em suas mãos completamente diferente do campeão da Taça Rio deste ano.Contudo, tais mudanças, algumas necessárias, parecem estar afastando o time da "beira do caos" e novos ventos, ainda melhores, estão por vir pelo visto para a tranquilidade da torcida.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Atlético " eficiente " Mineiro

Após a vitória de hoje sobre o Fluminense, o Atlético Mineiro disparou de vez na liderança, abrindo uma boa vantagem de três pontos.Porém, mais do que os três pontos conquistados num jogo difícil, é importante ressaltar a vontade e movimentação do clube mineiro, que assim como em toda sua campanha no Brasileirão, foi muito eficiente.
Do belo goleiro contratado junto à Ponte Preta até o último reserva, Celso Roth conseguiu montar um time bom, não mais do que isso, porém eficiente e com muita vontade, principalmente na marcação, uma das qualidades do time.
Outra delas é a movimentação, principalmente a movimentação ofensiva, onde Diego Tardelli, que teoricamente seria o centrovante, em diversos momentos do jogo, vira ao ponta esquerda, ponta direita, volta para armar e marcar, assim como Éder Luis.Isso faz com que o time confunda muito a zaga adversária, e além disso, com que abra espaços para os volantes, meias e laterais chegarem mais, o que tem funcionado muito bem, principalmente com o bom e também eficiente lado esquerdo, por onde Thiago Feltri e Júnior vêm tendo ótimo entrosamento.
Muitos falam do elenco mineiro.Falam mal.Dizem, que o mesmo é limitado e que por isso, jamais o Galo vai brigar pelo título.Entretanto, não é isso que Celso Roth vem mostrando.Um bom exemplo disso foi o último jogo do time, uma vitória por 2 a 1 sobre um forte e transformado Fluminense.Nela, o técnico do time mineiro não pôde contar com Carlos Alberto nem Werley, e do banco vieram as soluções.Serginho que vem entrando muito bem, foi para fazer o terceiro volante e Marcio Araujo a lateral, Alex Bruno entrou na zaga.
Outros exemplos são as constantes boas partidas feitas por Alessandro e Evandro, reservas de luxo do time de BH.E mais, a diretoria mineira havia anunciado há alguns dias a contratação de Wellington Saci, que fez sua estréia hoje, entrando no final e não comprometeu.Pode ser mais um reserva de luxo.Reservas esses que fazem do Atlético um time com elenco sim.E, mais, faz do Atlético um forte candidato ao título, afinal, o time está com elenco e com uma torcida dessas é dificílimo ganhar no Mineirão.Essa é a realidade.

O grande rival do Real neste ano está em seu próprio país

Na última temporada, o Barcelona tomou conta da Espanha e da Europa.O Real, com um time abaixo das expectativas, viu em seu próprio estádio uma humilhante derrota para o rival por 6 a 2, e sua própria torcida aplaudindo a atuação do rival, que não se contentando com o título do espanhol, conquistou também a Copa do Rei e a Uefa Champions League.Todas essas conquistas com um futebol total, muito bem jogado por um time que tem como estrelas crias da base como Xavi, Iniesta e Messi.
Os investimentos das duas maiores equipes da Espanha são um pouco diferentes.Enquanto o rival de Madrid busca em suas contratações milionárias , com valores surreais, dar a volta por cima, o time da Catalunha aposta na base mantina e numa negociação bem encaminhada com o astro Ibrahimovic.
Ao assumir o comando mais uma vez, Florentino Pérez garantiu que o Real irá brigar pelo título da Uefa Champions LEague e, consequentemente, do campeontao espanhol.E é evidente que um time que consquitara tudo que pudera no ano anterior e mantivera a base para este ano, é o principal obstáculo.
Para Florentino cumprir sua promessa, terá que passar por times grandes da Europa,entretanto, o maior rival dos merengues já está engasgado na garganta, desde os tempos de Ronaldinho, ou melhor dos Ronaldinhos.
A Espanha só tem a ganhar com a montagem de supertimes, mesmo tendo por parte de um gastos absurdos, já que o campeonato nacional será valorizado e como...Basta imaginar um jogo decisivo que conte com Kaká, Cristiano Ronaldo, Iniesta, Xavi, Messi, Henry, Ibra, Benzema e etc, parece até Copa do Mundo.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Manchester City, o futuro Real?

Os investimentos e contratações surreais não são diferentes, assim como os gastos, e a ganância do presidente.A torcida é fanática e cobra resultados, o elenco é recheado de estrelas e outras são especuladas.Até o continente é o mesmo.Essas e outras semelhanças, principalmente as contratações milionárias, fazem com que todos associem o novo e rico Manchester City com o velho e sempre poderoso Real Madrid.
Após anunciar as contratações de Tevez, Adebayor, Barry, Roque Santa Cruz e as conversas bem encaminhadas com David Beckham e Jonh Terry, o sheik e proprietário do City, parece estar sonhando cada vez mais alto.
O mais incrível é que esse sonho aproxima-se cada vez mais da realidade, visto que está montado aos poucos um time refinado, ou melhor, um supertime.Além dessas contratações, o City já conta em seu elenco com nomes como Robinho, Ireland, Jô, Micah Richards, Wright Philips, entre outros.
Se continuar com gastos extraordinários, iguais ao de Florentino Perez, o Manchester City pode vir a ganhar poder e títulos, assim como o clube merengue.Todavia para isso acontecer, é necessário compromisso por partes do elenco e jamais se restringir ao dinheiro, voltando suas cabeças sempre para as quatro linhas.Essa é a parte mais difícil, não só para o City, que sonha em algum dia alcançar a projeção que hoje tem o Real Madrid.

Barueri, o novo São Caetano?

Em apenas seis anos, um time pular da quarta divisão paulista a primeira do Brasileirão é um fato incrível.Mas para isso acontecer é necessário um projeto, antes de mais nada real e eficiente, que deve ser cumprido conforme o planejado, sem deslizes e com muita seriedade.
Projeto esse teve o Grêmio Recreativo Barueri, mais conhecido como Grêmio de Barueri, ou simplesmente Barueri.O time que é orgulho da cidade, conquistou este feito de forma sensacional e surpreendente.E, para isso acontecer, é claro, foi necessário um projeto.O mesmo começou coma subida para a elite do paulista e com a construção de um estádio bom, de até certo ponto, moderno.
Daí em diante, com a contratação de jogadores viáveis e eficiente e, principalmente, com a manutenção da base o time foi alcançando feitos inéditos, conseguindo subir para a elite do brasileiro.Um exemplo dessa manutenção é o camisa 10 Thiago Humberto, que está no clube desde 2005 e vem sendo uma das principais armas ofensivas da Abelha neste ano.
Os feitos brilhantes deste time, que é novo no cenário nacional, foi criado em 1989 e faz sua primeira participação este ano na primeira divisão nacional, não páram por aí.Logo em sua estréia, consegue uma campanha sensacional, vide a história recente do clube, ocupando a atual quinta colocação da competição e podendo entrar no G-4, caso vença o Flamengo, hoje, às 19h30, no Maracanã.
Não é difícil relacionar a Abelha de 2009, com o São Caetano de Adhemar e Cia, que o digam os torcedores de Grêmio, Fluminense, Vasco e Atlético Paranaense.Em 2000, a até então desconhecida equipe do ABC paulista, conseguiu um feito inédito:chegar à final do Brasileirão.Foi vice naquele ano.Perdeu para o Vasco de Romário, mas isso não vem ao caso.No ano seguinte, repetindo o feito , mas desta vez perdeu para o Furacão de Alex Mineiro e Kleber Pereira.
As situações são assemelhadíssimas, disso não resta dúvidas.A única diferença é que o Azulão conseguiu feitos em escalas maiores, inclusive, chegando até a final da Libertadores de 2002, conquistada pelo Olimpia, nos pênaltis.Enfim, o Barueri deve entender o São Caetano como espelho para aumentar suas glórias.
Entretanto, o atual forte time do Barueri pode levar essas derrotas do Azulão como aprendizados para subir mais ainda no cenário nacional.Afinal, o time do ABC era muito bom tecnicamente e taticamente, porém "amarelava" nas decisões.Nisso sim, a Abelha não pode se espelhar, pelo contrário, deve se afastar desses maus resultados.
A prova de fogo para vermos se esta equipe do Barueri tem tal qualidade é o campeonato Brasileiro e suas barreiras, que sem dúvidas, são de peso e tamanho, como a de hoje, o Flamengo, dono de cinco títulos brasileiros e da maior torcida do Brasil.Resta ao Barueri não se apequenar.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O novo Brasileirão que vem por aí

O primeiro semestre parece passar tão rápido , porém tão intenso quanto as mudanças ocorridas no campeonato brasileiro.De transferências a trocas de patrocinadores, o lógico da competição vem sendo muito afetado e, a própria competição, vem ganhando olhares diferentes e parece esta caminhando para um fim inesperado e surpreendente.
Só o Fluminense já está no seu terceiro técnico do ano, Renato Gaúcho, que foi anunciado há poucos minutos.O Goiás fechou com LéoLima e, o tão falado Internacional, está em crise.O Flamengo, aponta por todos como principal candidato à uma das vagas da Libertadores, começa a tropeçar sem parar, graças à perda de seu principal jogador Ibson e de um dos principais coadjuvante, Juan, esse último por lesão.
E o Corinthians?O tão badalado candidato ao título começa a sofrer o que poderíamos chamar de um " desmanche ".André Santos e Cristian, dois elementos indispensáveis no time de Mano acabam de serem negociados com o Fernebahçe.
Não é só o Corinthians que troca toda hora de patrocínios e enche sua camisa dos mesmos.O Flamengo acaba de anunciar a parceria com a mesma multimarcas, a Bozzano, e estampará sua marca na manga da camisa neste ano.
A tabela, mesmo estando apenas na décima segunda rodada, é surpreendente.O pouquíssimo falado Atlético Mineiro, com seu técnico tachado de retranqueiro, é a grande surpresaa e campanha da competição, ocupando o topo da tabela.O Palmeiras do "interino" Jorginho, e o Inter na crise, são os seguidores do líder.Na parte debaixo destaque para Cruzeiro que só entrará no campeonato agora, após ter perdido a Libertadores, para o Fluminense, cujo as brigas internas ganham mais destaques do que o próprio futebol e ao Avaí, que parece ter iniciado uma arrancada contra o rebaixamento , que até então, parecia inevitável.
Conseguirá Luxemburgo levar o Santos ao topo?Conseguirá Estevam Soares manter a boa campanha do Barueri, mesmo com seu elenco limitadíssimo?E Sérgio Guedes?E Ney FrANCO?E o Ricardo Gomes, com seus atacantes em briga??
Um novo brasileirão vem por aí, com o nível elevado e emoções a serem vividas.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

O futebol é uma caixinha de surpresas


Voltemos apenas dois meses no tempo.Chegamos então em Maio.Apontado , até então, como melhor time e elenco do brasil, por praticamente todos os amantes e profissionais do futebol, o Internacional vivia em grande fase e em harmonia com sua torcida.Havia acabado de conquistar o campeonato gaúcho invicto, com uma gigantesca goleada na final, além de estar em um ótimo momento na Copa do Brasil e com o melhor ataque do país.Não era à toa que era tachado de melhor time do Brasil.

Entretanto, como num dos ditados mais famosos do mundo futebolístico,em que o futebol é comparado metaforicamente com uma caixinha de surpresas, os tempos mudaram em apenas dois meses, principalmente para a equipe colorada.E mudaram para pior.

Jogadores que estavam em grande fase como Taison, que era artilheiro geral;Nilmar, cuja convocação era cobrada por todos;D'Alessandro, então maestro do " trio de ouro ", que era formado pelo trio ofensivo;Guiñazu, o guerreiro colorado e; até mesmo Alecsandro , reserva , que vinha entrando muito bem ans partidas,em apenas 60 dias parecem ter perdido a magia de seu jogo e junto com ela, o brilho de suas atuações.Não há explicações, existem conclusões, ou melhor, evidências de que o futebol realmente é uma caxinha de surpresas.

A verdade é que os fatos comprovam tal ditado.Quem diria, no mês de Maio, que o Inter seria vice da Copa do Brasil,que tomaria 4 gols do Flamengo, que Tite estaria ameaçado,que perderia humilhantemente(cá entre nós, 4 x 0 no placar agregrado, é humilhante)para a LDU a Recopa Sulamericana, que Taison e Nilmar cairiam muito de produção, assim como o resto inteiro do time e , principalmente, que uma crise se instalaria no Gigante da Beira-Rio??A resposta é rápida e direta:ninguém.Por mais gremista e anti-colorado que fosse, ninguém poderia, em MAIO, botar defeito naquele time.Pois é, os tempos mudam e , em apenas 2 meses, tudo isso aconteceu e uma crise parece ter se instalado de vez no Beira-Rio, vide a humilhante derrota sofrida ontem à noite para a LDU.O futebol realmente é uma caixinha de surpresas.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Ficou mais fácil !


Quando o goleiro é, unânimamente, o melhor em campo de sua equipe, fica evidente que a mesma não jogou bem.E, foi exatamente isso que aconteceu hoje, na partida válida pelo primeiro jogo da decisão da Copa Libertadores.

De um lado tinha Verón, a ameaça psicológica da gripe e a intensa pressão de uma das torcidas mais fanáticas da Argentina.Mas vale ressaltar que no outro lado o adversário também era muito forte.

Muito nervoso e errando muitos passes bobos, principalmente na tentativa de sair pro jogo, o Cruzeiro começou jogando muito mal, sendo sufocai do pelo Estudiantes e sua forte marcação no campo de ataque, impedindo a saída de bola e os toques refinados do time mineiro.Para segurar a pressão do time comandado por 'la brujita Verón' , foi necessário que Fábio estivesse em grande noite.E ele estava.Nem sequer o estouro de um canto perto do camisa 1 cruzeirense e a inundação de sua área foram capazes de tirar sua concentração e segurança.

Aos 38, foi a vez de Marquinhos Paraná cortar um cruzamento que tinha a cabeça de Fernandez e o gol como destinos.O Estudiantes ainda teve duas chances para la de marcar, e, nas duas, a estrela de Fábio voltou a brilhar, inclusive num chute de Verón que tinha endereço certo:o gol.

Na segunda etapa, o panorama do jogo , pelo menos nos minutos iniciais não havia mudado.A pressão continuava e os milagres de Fábio também.O clima com o passar do tempo foi ficando mais quente, com diversas provocações e o Cruzeiro foi saindo mais, criando mais oportunidades.Em certo ponto do jogo, no final, o gol celeste estava mais maduro do que o argentino, vide o gol feito que Kléber perdeu aos 35 da etapa final, para desespero de Adilson Batista.Nos minutos restantes prevaleceram a vontade e desespero do time de La Plata e , pelo lado mineiro, a calma e tranquilidade ao segurar e tocar inteligentemente a bola.

Apesar da péssima atuação no primeiro tempo , o time voltou melhor no segundo e, mesmo sem a validade da regra dos gols fora de casa, conseguiu um resultado importantíssimo para um time que almeja o título da competição mais importante da América do Sul.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O Brasileirão vai esquentar?

Competitividade, equilíbrio, emoção, competência e vontade, são algumas das inúmeras qualidades do campeonato brasileiro de futebol.Características essas, que tornam-o o melhor do mundo, apesar do péssimo calendário.
Entretanto, possui defeitos notáveis, que repetem-se todos os anos, desde a sua transformação em pontos corridos, ocorrida em 2003.Um deles é o fato de muitos times, principalmente os grandes, não o darem importância, em função de estarem disputando uma competição, avaliada por eles e por todos, de maior importância, como por exemplo a Libertadores ou até a Copa do Brasil e, só passam a importarem com o Brasileirão ao serem eliminados da mesma.Outro defeito é o tão criticado calendário esportivo brasileiro, diferente do europeu.As criticas acontecem, pois ao abrir a janela de transferências, no ínicio do calendário esportivo europeu e no meio do brasileiro, os clubes que disputam o Brasileiro, perdem peças importantes em seus elencos, acarretando em problemas ao fim da competição.Por outro lado, ocorrem também aquisições por parte dos clubes brasileiros, mesmo que sejam em menor porte e número.Estas podem favorecer os clubes, mas é evidente o prejuízo.
O fato é que chegamos ao mês de julho, ao fim da Copa do Brasil , ao início da janela e quase ao término da Libertadores.Em outras palavras, chegamos ao ponto onde o campeonato começa a esquentar e ganhar as características citadas acima.É quando a disputa fica acirrada, surgem os grandes elencos e as revelações.É quando ganha um ar mais brasileiro.É quando todos gostam.Resta torcer para que nao mude este ano, para que esquente de verdade.

domingo, 5 de julho de 2009

A gripe é azul na Argentina


Em meio às alertas mundiais sobre a gripe suína e à ameaça de adiar a última rodada do campeonato nacional, Velez e Huracán entraram em campo hoje, às 3h30min, em Buenos Aires ,para decidir o título do Clausura 2009.

Como era de se esperar foi uma final à argentina, com muita provocação, pegada, raça, técnica e confusão.Ao Huracán restava um empate para sagrar-se campeão.Já o Velez, que jogava em seu estádio lotado, necessitava da vitória, que saiu num gol muito polêmico aos 38 min do segundo tempo.

O jogo começou pegado, com entradas fortes e poucas faltas marcadas, o que é normal se tratando de juízes sul-americanos.O Velez tinha mais volume de jogo, concentrando suas ações ofensivas pelo lado esquerdo, com o ala Papa e o meia Moralez.Por outro lado, o Huracán, mais fechado e marcando forte, tinha mais chances , praticamente todas elas em bolas paradas.

Curiosamente, o jogo ficou paralisado por cerca de 20 minutos, graças à uma forte chuva de granizo.Os times voltarão ao vestiário e a torcida não parou de cantar incentivando ao máximo.No estádio do huracán foi instalado um telão para os torcedores assistirem à final e lá, com replays, as reclamações eram intensas.

A pelota voltou a rolar e, aos 26 minutos, Lopez desperdiçou um pênalti da equipe da casa.Monson espalmou para escanteio.Na sequência, Arano salvou uma cabeçada em cima da linha e tudo encaminhava-os como heróis para a hinchada de Huracán.

No segundo tempo a história do jogo não mudou.As faltas eram fortes e em grande número, e sabendo da necessidade de um gol, o técnico do Velez tirou um defensor e botou mais um centroavante.As chances aumentaram, porém os contra-ataques dos visitantes eram perigosos.Até que, aos 38inutos do segundo tempo, num lance muito polêmico, em que o goleiro Monson ficou no chão após dividida com Lopez, Moralez pegou o rebote e fez o gol do título.

Moralez foi expulso por tirar a camisa na comemoração, já que já tinha amarelo.A confusão virou geral.O técnico do Huracán, avisado de que o gol havia sido irregular, reclamava muito junto com seus atletas, e o jogo ficou paralisado 13 minutos.Mas não tinha jeito, com ajuda ou não, o Velez conquistou o Clausura e a alcunha de um dos melhores times do continente.A gripe que tanto assustava, agora é azul.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Destinos traçados


A cidade de Porto Alegre poderia amanhecer hoje festiva e colorida, se Corinthians e Cruzeiro deixassem.Ontem foi a vez do Inter dar adeus ao título da Copa do Brasil em seu centenário e hoje, foi a do Grêmio, diante de um Olímpico lotado, dar adeus à Libertadores, eliminado pelo Cruzeiro.O curioso é que nas despedidas de ambos o jogo foi parecidíssimo, com as equipes da casa precisando de dois gols e os visitantes abrindo os mesmos de vantagem, fazendo com que Inter e Grêmio necessitassem de cinco gols.Tanto o Colorado quanto o Tricolor só conseguiram fazer dois, no segundo tempo.

O Grêmio , como era de esperar, começou o jogo atacando desordenadamente, com lançamentos pelo alto ineficazes e desnecessários.Entretanto, diferentemente do time mineiro,os meias criadores de jogadas do seu time apareciam para o jogo e chamavam a responsabilidade, criando oas chances, principalmente pela esquerda onde havia um avenida, vide que Jonathan atacava perigosamente, deixando corredores atrás.Mas apesar disso, o Cruzeiro tinha um gladiador em cmapo, que peleava aliando raça e técnica, e numa dessas peleas, fez ótima jogada para Wellington Paulista, sempre ele, abrir o placar e aumentar o desespero gaúcho.

Curiosamente, o segundo gol mineiro surgiu em jogada ofensiva, mas suicida de Jonathan, deixando espaços atrás e , cruzando para Wellington aumentar a vantagem, que já era gigantesca.

Voltando do intervalo, o semblante dos jogadores gremistas era de surpresa e esperança, aumentada pelo gol de Réver, logo aos 9 da segunda etapa.Daí em diante, a torcida resolveu se animar e Souza, num belo chute, diminuiu um pouquinho a vantagem.Os gaúchos precisavam de três então.Todavia, Adilson, volante tricolor, sem alternativas, foi expulso ao dar um carrinho em Wagner, impedindpo que o mesmo entrasse cara-a-cara com Victor.

Se com onze em campo estava difícil, com dez piorou e o Cruzeiro conseguia tocar a bola e fazer o tempo passar e, assim como o Corinthians anteontem, teve chances para fazer o terceiro.

Com um time organizado e oportunista, Adilson Batista chega a uma final de Libertadores como treinadorpara consolidar-se como um dos melhores técnicos do Brasil, idem Mano Menezes.Já a dupla Gre-Nal parece cada vez mais que tiveram seus destinos traçados na maternidade.

Mano Menezes, o verdadeiro campeão !

O sucesso de Mano é ,mais do que nada, merecido.Ontem, com um time muito bem postado atrás, sagrou-se campeão da Copa do Brasil, sustentando a idéia de que hoje, sem dúvidas, é um dos melhroes técnicos do Brasil, senão o melhor.
É claro que contou com a ajuda do pequenino Jorge Henrique, de 1,69 m , que calou o Gigante da Beira-Rio completamente lotado.Mas o cruzamento de André Santos, evidencia o bom trabalho de Mano, que deu instruções para que Ronaldo saísse mais da área do que o habitual, para ajudar na criação das jogadas, como no primeiro e no segundo gol.No primeiro a participação do Ronaldo é indireta, mas é ele quem toca para André cruzar.Já no segundo , é fundamental.Ele deixa André Santos cara-a-cara com o goleiro para marcar.
Diferentemente de Tite, que estava mais preocupado em marcar um gol nos ,minutos iniciais e se lançou a frente, desesperado atrás de um gol, Mano dava padrão ao time, que marcava muito bem e aos poucos ia criando as chances.Mano se desesperava quando André Santos avançava muito, pois deixava William com a cobertura de Chicão somente, perigoso , tratando-se de Nilmar e Taison.
Mano mais uma vez foi muito feliz em fazer a troca de posições constantes durante o jogo na marcação de D'Alessandro.Na maioria Cristian foi seu marcador, e Elias, engoliu Guiñazu, que pouco fez.Além disso ainda fez com que Dentinho voltasse para marcar Kléber, que raramente levava perigo.Bolívar quando atacava, faltava técnica e sobravam espaços no seu lado, onde André Santos fez um festival de jogadas.
Douglas, claramente orientado por Mano, fez uma partida de camisa 10.Camisa 10 que dita o ritmo de jogo, que dá velocidade quando necessário e cadencia , quando se precisa gastar tempo.Foi muito bem.
O título não foi manchado nem por D'Alessandro, quanto menos por Magrão que queriam brigar.O título era de Mano, era da calmaria e da estratégia.O título era do melhor time e do melhor treinador da competição.O título era de Mano Menezes.,

Giro pelo mundo

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