" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




quinta-feira, 3 de setembro de 2009

De rosa não tem nada

A cidade de Rosario vive um dos momentos mais especiais de sua história. Descobridora de uma das maiores revelações do futebol mundial, a cidade em que nasceu Lionel Messi, recebe, no próximo sábado um espetáculo à parte. Em jogo válido pelas Eliminatórias para a Copa de 2010, Argentina e Brasil se enfrentam em momentos distintos, no próximo sábado, às 21h30 ( horário de Brasília).

Liderando a competição, com 27 pontos, um a mais que o Chile, o Brasil já pode, neste jogo, carimbar seu passaporte à Copa. Basta vencer o jogo e torcer para tropeços de Uruguai e Equador. Já a Argentina, em 4º lugar, necessita muito da vitória para afastar a crise que vem assolando seu futebol, principalmente após as derrotas para o Equador e Bolívia.

As provocações começaram cedo. No ínicio da semana do jogo, as declarações começavam a surgir. Tevez engrossou primeiro, ao dizer que o Brasil iria ter medo dos " hermanos ". Luís Fabiano e Júlio César responderam à altura. E não demorou para 'El Pibe' mostrar a cara , e ser repreendido por Pelé. Sem novidades.

A confiança de Messi em ganhar do Brasil se dá até mesmo pelo fato do craque ter nascido em Rosario, e estar em casa e tranquilo para o jogo de sábado. Tranqüila também, segundo Messi, vai ser a possível vitória argentina, dada por ele como certa.

Certeza essa que Robinho não tem, e prefere jamais cogitar tal hipótese apesar de conhecer a dificuldade do duelo, assim como todo o time brasileiro.

"Para ser sincero acho que o bicho vai pegar. Eles vão chegar duro como sempre fizeram. Eles sabem que se derem espaços para um Kaká, para o Luis Fabiano, se deixar eu jogar também, eles vão ter dificuldade. Da mesma forma que se a gente der espaço para o Messi, para o Carlitos... eles são jogadores decisivos. O que não podemos entrar é nesse clima de guerra. Isso vai ser melhor para eles do que para nós. " Declarou o atacante.

Se no presente, o clima é de rivalidade intensa, é bom relembrar que no passado a intensidade já foi maior. O clima já foi de guerra. Na Copa de 78, valendo vaga na final, na mesma Rosario, Brasil e Argentina empataram em 0 a 0 , num jogo muito violento, com muitas faltas desleais e a violência em primeiro plano.

Enfim, se tratando do maior clássico do futebol mundial, qualquer resultado é possível. O jogo deste sábado será mais um capítulo de um história eterna. A rivalidade não entra em campo, mas atinge o psicológico dos jogadores das duas equipes, aumentando ainda mais a tensão. O certo é de que rosa, Rosario não tem nada.

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