
O goleiro todos sabem. Na direita, Maicon tem vaga garatidíssima. A zaga titular já está na cabeça de todo torcedor e também de Dunga. O meio-campo praticamente todo definido. Robinho e Luís Fabiano dificilmente perderão suas vagas até junho. Com este micro-resumo da escalação da seleção brasileira, fica nítido a grande dúvida, ou melhor, o problema de Dunga para esta Copa do Mundo. É a lateral-esquerda que vem tirando o sono do comandante brasileiro nas últimas noites. Às vésperas da Copa, Dunga ainda não definiu o titular da posição, que dirá, então, o reserva.
Prova real disso está na convocação feita por ele, na manhã desta terça-feira, para o amistoso do dia 2 de março, contra a Irlanda, em Londres. Nela, Dunga convocou para a lateral-esquerda os laterais, ou melhor, os "meias" Gilberto e Michel Bastos. Meias, sim. Pois, afinal, Gilberto e Michel Alves jogam há muito em seus clubes como meias, e não laterais. Dunga vai tentar o mais difícil: fazer com que meias voltem a se acostumar como laterais. Um lateral, ainda mais numa Copa do Mundo, precisa saber marcar. Coisa que Gilberto e Michel raras vezes - quase nunca, para ser sincero - fazem. Será que eles conseguirão se adaptar em um jogo a tempo de ir para Copa? Não seria mais fácil Dunga chamar jogadores que já vinham sendo chamados para a posição?
Tudo bem que os problemas também surgiram contra o treinador, como por exemplo a contusão grave de Filípe Luís, que vinha sendo chamado, os problemas extracampos de André Santos na Turquia, as lesões intermináveis de Fábio Aurélio...Mas ainda tem o Marcelo, do Real Madrid, Kléber, do Inter - que inclusive joga com mais frequência na lateral do que Gilberto -, entre outros. A verdade é que Dunga não fez uso de um item sempre presente em sua cartilha de como ser um bom treinador e, acima de tudo, impor disciplina: a coerência. Dunga não foi coerente. Seria coerente se tivesse chamado o Marcelo, o André Santos, ou até mesmo o Kléber.
Imagine só se o Gilberto faz uma péssima partida, o Michel Bastos entre em seu lugar e só piore as coisas na marcação. Dunga teria, agora, que apelar para André Santos, Marcelo, Kléber, e torcer - e muito - pela recuperação em tempo recorde de Filípe Luís. Ademais, Dunga vai trocar um entrosamento já adquirido com André Santos e o time titular, por uma experiência, já que Gilberto não joga como lateral da seleção há quase 2 anos. Risco que não precisava ser corrido. Problema que pode surgir. Incoerência total que pode prejudicar um trabalho, até então, brilhante.
Fala, cara!
ResponderExcluirConcordo plenamente, e prova do problema é que até Daniel Alves já foi lateral esquerdo!
Claro que o que vou falar não serve pra Copa de 2010, seria loucura mudar o esquema agora. Mas pô, o Brasil tem zagueiros de sobra e seus laterais são ótimos ofensivamente, não consigo entender por quê não jogar como em 2002, com 3 zagueiros e alas. Nesse esquema, daria tranquilamente pra jogar Gilberto ou Michel Bastos de ala, já que a maioria dos laterais brasileiros, quando vão pra Europa, viram meias, justamente pela força ofensiva. Felipão foi o único a enxergar isso até agora.
Abraços!
www.papodepubfutebolingles.blogspot.com
Pois é, André. Concordo. Muito gente criticou o Felipão , mas aquele esquema deu muito certo. a seleção, apesar da zaga ser lenta naquela época, era segura na defesa e muito dinâmica na frente.
ResponderExcluirMas é importante ressaltar que cada treinador tem sua filosofia de trabalho. A do Dunga se baseia no 4-4-2.
Abraços e volte sempre!