A surpresa grega

Por enquanto, as zebras não deram as caras ainda na principal competição européia de clubes, a Uefa Champions League. No entanto, na espécie de "Copa Sul-americana européia", a Liga Europa (antiga Copa da Uefa), uma grande surpresa já deu o ar de sua graça. Depois de vencer em casa por 3 a 2, com um gol de Cissé no último minuto, o Panathinaikos repetiu a façanha de vencer com o mesmo placar e, melhor: eliminar a Roma em pleno Estádio Olímpico. Novamente, quem deu o "presente de grego" foi Cissé, ao marcar duas vezes, sendo uma de pênalti. O time grego chegou a abrir três a um logo na primeira etapa.

Jogando sempre com inteligência, a equipe grega seguiu à risca a tendência Joel Santana de ser e, marcando forte, achou nos contra-ataques rápidos a vitória. Cissé, em grande fase, foi mais uma vez o nome do jogo. Cleyton e Gilberto Silva deram o tempero brasileiro da equipe. Gabriel, ex-Flu, recuperando-se de uma hérnia, não jogou.

Depois de abrir um diferença de dois gols ainda na primeira metade do jogo, a cópia grega do técnico Joel Santana, Niklos Nioplias, tratou de se defender.E bem. Compacta e sólida, a defesa alviverde não falhava. Ao roubar a bola, a rapidez com que acionava os meias de ligação era impressionante. Isso que fez a diferença.

Nem mesmo a expulsão maldosa e irresponsável de Katsouranis, após entrada violenta, ou o gol de De Rossi podem manchar a classificação grega. O Panathinaikos foi, praticamente o jogo inteiro, melhor. Sem estrelismo, mas com simplicidade. Esta é a receita para surpreender mais e fazer a Grécia ganhar páginas nos mais diversos noticiários do mundo pelo que fez um de seus times dentro de campo e não um de seus governantes na economia.