" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




domingo, 21 de fevereiro de 2010

Poder ausente


As esperanças de gol de milhões de vascaínos resumiam-se, até o final da tarde deste domingo, à duas sílabas e um acento circunflexo: "Do-dô". "É o poder, Dodô é o poder, artilheiro da Colina faz mais um para a gente ver" cantava a nação vascaína. Mas o camisa 10 nada fez. Não fez as redes do bom goleiro Jefferson balançarem, não deu assistência, não driblou, não correu, não marcou, não gritou. Não quis vencer. O até então "artilheiro da Colina" decepcionou vergonhosamente a torcida vascaína que, mesmo assim, fez questão de aplaudí-lo. Faltou recíprocidade.


Quando a final da Taça Guanabara começou, Dodô até corria, se esforçava. Foi ainda no primeiro tempo que o artilheiro começou a decepcionar. Aos 28, após receber bom passe de Phillippe Coutinho, o atacante se enrolou, perdeu a passada, e furou o chute de perna esquerda, cara-a-cara com o goleiro Fernando Prass. O "Uhhh" da torcida ainda tinha um tom de esperança, de vitória.


Após o intervalo, todos os vascaínos esperavam que Dodô voltasse a ser Dodô, o artilheiro decisivo. Aquela altura não era necessário que os gols fossem bonitos. Precisava-se de gols. Somente gols. Contudo, Dodô não podia suprir o desejo da torcida. Não se sabe até agora o porquê. Talvez um problema psicológico, ou até mesmo pessoal. Ninguém sabe.


O jogo ia terminando, as expulsões acontecendo contra o Vasco e o relógio correndo. As esperanças da torcida vascaína desciam água abaixo. Coutinho tentava no drible, Carlos Alberto na técnica, Pimpão na velocidade. E Dodô? Dodô nem tentar tentava. Preferiu se esconder, e acabou por frustar um mar de cruzmaltinos. O artilheiro da Colina perdeu, por pelo menos alguns dias, até o Vasco se recuperar, o poder.



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