Mas mesmo jogando o seu melhor futebol, o time de Roberto Mancini tem defeitos. O principal deles é a falta de disposição para matar o jogo logo. Depois de abrir o placar, o time se acomoda, passa a tocar mais a bola e, ainda que ataque, perde muitos gols. Nesta segunda, Agüero e Silva poderiam ter matado o jogo com dois gols, ainda na primeira etapa. O argentino bateu para fora depois de cortar Kompany da área. Faltou um pouco do preciosismo que faltou a Silva.
Nos maiores momentos de acomodação do City, o Chelsea tentava crescer. Desordenada e desorganizadamente. Com Meirelles e Ramires muitos passes, a ligação direta era quase uma lei para o time londrino. Com um rival acuado e acomodado, até dessa forma o gol saiu. Terry lançou o ótimo Sturridge, que balançou para cima de Clichy antes de cruzar para Meirelles completar, livre, para o fundo das redes.
Mais do que o empate, o intervalo serviu como um divisor de águas da partida. No segundo tempo, viu-se um Chelsea muito mais aguerrido, organizado e certeiro. No meio-campo, Ramires virou um monstro que marca, toca e aparece na frente como elemento surpresa, ao contrário do volante burocrático cheio de passes errados da primeira etapa. Na frente, Mata e sua criatividade habitual começavam a fazer a diferença diante de um rival quase apático.
Outro ponto chave da partida foi a expulsão de Gaël Clichy, após falta dura em Ramires, em mais uma das arrancadas do brasileiro. Com um a menos, o time de Mancini passou a abrir mão do ataque em prol da manutenção da invencibilidade. Mas o gol da virada era questão de tempo. Com Lampard em campo, o que faltava não faltou mais. O passe final ganhou qualidade e a bola chegou limpa para Sturridge, na entrada da área. O jovem atacante, limpou para a sua potente perna esquerda e chutou nos braços de Lescott: pênalti claro, que Lampard converteu.
Se os primeiros 15 minutos do Manchester City ganham o campeonato, os últimos 45 do Chelsea o fazem candidato. Já é a terceira vitória consecutiva de um time irregular, que ainda tem muito a melhorar. Mas que, em casa, é muito forte.
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