" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Invicta, finalista, histórica: La U abre vantagem no primeiro jogo da final









Um time que não perde há 33 jogos merece mais do que respeito. Nem mesmo a atenção redobrada é capaz de resolver. É preciso se superar e ser ainda mais. Mas como ser melhor que este time do Universidad de Chile, invicto desde julho, finalista da Copa Sul-Americana, sensação do continente? A LDU tentou fazer uso de seu poderio em casa, com altitude, com Bolaños de volta ao time, e nada. Vitória do melhor time chileno dos últimos tempos, o time mais encantador das Américas, o melhor da história do clube.




A atuação esteve, mais uma vez, longe do brilhantismo de um time extraordinário, histórico. Porém, teve a organização costumeira da equipe comandada por Jorge Sampaoli, e, juntamente com a imposição ofensiva característica do time, foi suficiente para dominar e vencer merecidamente a LDU, por 1 a 0.




O placar mínimo está longe de ser surpreendente. O melhor time da competição, que tem o melhor jogador e artilheiro, Eduardo Vargas, autor do único gol da partida, mais um para sua conta de 9 gols na competição, e um time extremamente organizado, equilibrado e inteligente. Em boa fase, um time irresistível, que toca bem a bola, ataca com fluência, defende com segurança e se movimenta como grandes times do futebol mundial.






E mesmo nos seus piores momentos, se mostra um time muito difícil de ser batido. Dentro e fora de casa. No 3-4-3, valoriza a posse de bola, gosta de jogar no campo de ataque e, independente do momento do jogo, tem o time agrupado. Tecnicamente, raramente erra. Os passes são certeiros e as finalizações minimamente perigosas. Os treinos dão resultados. E o improviso é bem-vindo. Volante que chega para deixar Vargas na cara do gol é fruto de treinamento e resultado de improviso momentâneo do jogador. É roteirom de gol da La U. Gol que tem tudo para ser decisivo. Gol que pode ser de título.




Raridade em competições sul-americanas, a La U é uma equipe que joga melhor com a bola no chão, tendo como principais trunfos a técnica e a tática. Não faz uso de recursos extra-campos, psicológicos ou físicos. Não precisa de altitude ou catimba para ganhar jogo. Precisa de futebol. E isso é tudo.




Na semana que vem, um estádio lotado empurrará o time para aquele que pode ser seu primeiro título internacional. O time que joga bem em qualquer lugar do planeta só precisa empatar o jogo de volta da final, contra a mesma LDU, em Santiago. Mesmo assim, é inimaginável pensar que o time vá segurar um 0 a 0. É contra seus princípios. Viva o futebol.

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