" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Goleada colchonera serve de exemplo ao Corinthians



O Atlético de Madrid não massacrou o Chelsea durante os noventa minutos. Não deteve a posse de bola na maioria do tempo. Mas, com uma eficiência impressionante, marcou demais e soube aproveitar perfeitamente as várias chances que criou. Contra um Chelsea meio displicente, o time foi muito bem coletivamente e ainda contou com uma atuação de gala do melhor centroavante da Europa na atualidade: Radamel Falcao.

Não que a bela atuação colchonera tenha se resumido aos três gols do atacante colombiano. Não foi só isso. Até porque o time todo teve atuação de gala na goleada por 4 a 1, em que cabia mais, inclusive. Foi uma verdadeira demonstração do quão espetacular é o trabalho de Diego Simeone, o grande responsável pela montagem desse time.

A zaga, comandada por Godín e abrilhantada por Miranda, não perdeu uma disputa para Fernando Torres. Os laterais foram bem demais no apoio e na marcação. Mario Suárez, o volante entre as linhas do 4-1-4-1 de Diego Simeone demonstrou uma soberania impressionante à frente da zaga e na saída de bola.

Para completar, do meio pra frente, o time beirou a perfeição. Turán, pela direita, foi um monstro com a bola nos pés, ditando o ritmo do time em ataques e contra-ataques. Sem ela, se dedicou profundamente na marcação. Do outro lado, Adrián fez também grande partida, com dribles e um senso de participação importante. No meio, só dava Gabi e, principalmente, Koke, o jovem meia promissor das canteras de Madrid, que sabe pensar o jogo, não erra passes e é muito criativo.

Talvez bastasse isso para o Atlético vencer bem o Chelsea mais morno dos últimos jogos, que preciso jogar em determinados momentos da partida, e não conseguiu. Mas o Atlético ainda tinha Falcao García, mais uma vez inspirado, mais uma vez decisivo. Desta vez, com um hat-trick que tirou a dúvida de muitos sobre a qualidade do jogador colombiano, ídolo da torcida colchonera.

Por ironia do destino, o Chelsea se viu atrás do placar para um time que tinha estratégia parecida com a dos Blues campeões europeus na temporada passada: marcação em linha no campo de defesa e grandes contra-golpes. Uma espécie de a criatura contra o criador que não deixou os ingleses jogarem. Uma verdadeira aula de marcação por zona e contra-ataques mortais.

Os corintianos esperam que Tite tenha assistido a essa aula. Pois os estilos se parecem. O Atlético é um time que gosta de marcar na frente, recuperar a bola e abrir o placar. Em vantagem, se fecha mais, mas de forma planejada, organizada, e busca contra-ataque definidores. Como o Timão de Ralf, Paulinho, Emerson, Jorge Henrique, Danilo. A diferença pode ser Falcao García. Um atacante que o Corinthians ainda está longe de ter. Ainda assim, com ou sem Falcao, seria muito difícil do Chelsea bater o Atlético de Madrid que entrou em campo nesta sexta, em Mônaco.

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