" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O retrato do time desfigurado




Em maio, um Vasco fazia um campeonato promissor. Em junho, o Vasco fazia um grande campeonato. Em julho, o Vasco fazia um campeonato brilhante. Em agosto, a coisa desandou para o Gigante da Colina, que passou a fazer um campeonato decadente.

A queda de rendimento do clube cruzmaltino neste mês é evidente. E, acima de tudo, explicável. Depois de perder Fágner, Allan, Rômulo e Diego Souza negociados, o clube ainda viu, de quebra, seus principais jogadores entrarem em má fase. O resultado não poderia ser outro senão uma péssima sequência de maus resultados.

Nesta quarta, contra um Grêmio copeiro, em Porto Alegre, pôde se ver o retrato perfeito desse novo Vasco. Desfigurado. Sem padrão de jogo, sem alternativas, sem nenhum brilho. E derrotado. Como nos últimos dois jogos. Desta vez, o time não conseguiu sequer fazer um gol de honra. Jogou mal mais uma vez e só buscou o resultado na base do abafa. Sem sucesso.

Os problemas do Vasco extracampo se refletem diretamente no desempenho do time dentro das quatro linhas. Pois é impossível para uma equipe não sentir a falta de quatro titulares negociados. E de outros contundidos, suspensos, ou simplesmente, em má fase. É isso que acontece com o Vasco nas últimas semanas. O time não se encontra sem Fágner, Diego Souza, Allan, Rômulo, Éder Luís...Felipe erra passes que nunca errou. Juninho não consegue emplacar regularidade.

E o pior: não houve reposição. A diretoria contratou mal, repôs mal e deixou a pedra para Cristóvão Borges tirar leite. A torcida vaia, chama o treinador de burro, critica o goleiro que não atravessa bom momento e falha constantemente, mas no fundo sabe o que falta para o Vasco reagir no campeonato: elenco. Hoje, o time não tem elenco.

Pegue o time do Grêmio. O time titular. Tem bons nomes em todos os setores, um dos melhores times no papel do país. Nesta quarta jogou sem Elano e teve Marquinhos como um dos melhores em campo. No banco, tinha Marco Antônio, que seria titular de muito time pelo Brasil. Na frente, talvez a melhor dupla de ataque em atividade no território nacional: Kléber e Marcelo Moreno.

Se o time não rende, Vanderlei Luxemburgo mexe. Tem Leandro no banco. Tem André Lima para resolver um jogo truncado. Tem Gilberto Silva para ganhar um jogo cascudo marcando forte. Tem um dos melhores volantes do Brasil arrebentando na cabeça de área e um meia célebre vestindo a 10. Fica fácil acreditar no Grêmio, com ou sem Olímpico.

Difícil, mesmo, é crer no Vasco. Mesmo em São Januário. Com o time desmontado, é preciso apostar em garotos e contratações desesperadas, que normalmente não trazem bons resultados. O time que despontou no início do ano como candidato ao título, hoje já faz contas para pensar em outros assuntos. Bem menos agradáveis, por sinal.

2 comentários:

  1. Se pensarmos que quase nenhum time joga com "dupla de ataque", com "2" na última "linha". Grêmio tem, literalmente, melhor dupla do país.
    Já que outras equipes jogam no 4-2-3-1 e não tem "dupla" de ataque literalmente. e sim uma linha de três hehe

    Abraço, sempre acompanhando. se puder seguir https://twitter.com/gabrielgebar

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  2. Lucas,

    as baixas do elenco que time sofreu pode sim ser um dos grandes reponsáveis por essa queda de produção, mas ainda podemos citar que talvez o problema seja extra campo, sálarios atrasados pode ser sim um dos grandes motivos... nãoa estou afirmando nada, mas há muito tempo o Vasco vem tendo esses problemas, talvez o grupo chegou ao limete....

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