" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




sábado, 10 de abril de 2010

Na base da prancheta

Foto: Alexandre Durão/ Globoesporte.com


O apelido "Rei do Rio" está cada vez mais apropriado para a figura de Joel Santana. Com a sua tradicional pracheta debaixo dos braços e a inteligência e experiência de um treinador vencedor presas à sua mente, o Natalino deu mais uma prova de como um técnico pode deicidir um jogo, na vitória do seu Botafogo sobre o Fluminense, por 3 a 2, de virada, classificando-se para a final da Taça Rio. Se vencê-la, o Bota e Joel já serão campeões por antecipação, já que venceram o primeiro turno, a Taça Guanabara.


A partida começou extamente como o comandante alvinegro queria, com o Botafogo acuado, porém bem compacto na zaga, explorando o contra-ataque e, claro, a infalível bola aérea. E foi exatamente neste tipo de jogada que saiu o primeiro gol alvinegro, extamente em cabeçada do gigante Loco Abreu. No entanto, talvez num único momento ruim, taticamente, do Bota na partida, acuado, o time acabou sofrendo um certo domínio do Fluminense, que não demorou muito para virar o jogo, com dois gols de Fred.


O Fluminense tinha mais posse de bola, tocava melhor a bola, jogava um futebol mais chamativo, mais atraente. E de que adianta? Joel não se importa com a beleza, é pragmático, eficiente. Vencedor. Depois de sair em desvantagem no intervalo, o Natalino precisou ser audaz. E foi. Foi, antes de mais nada, inteligente e ousado, como um jovem técnico. Aliando experiência e ousadia, colocou Edno e Caio em campo, e sua equipe passou a dominar as ações do jogo. Mais ofensivo, o Bota levava mais perigo.


Após a bela mexida do técnico alvinegro no intervalo, e a melhora do time em campo, o justo seria o empate. E haja justiça. Nada mais justo do que um gol na bola aérea, jogada tão treinada e instigada por Joel Santana. Experiente, o técnico alvinegro sabe que seu time é limitado e que teria de, ao chegar, achar uma maneira de ser perigoso. Achou, como um grande vencedor, que vem provando, de novo, ainda ser.


Tudo bem que faltou justiça no terceiro gol alvinegro, irregular. Contudo, é consenso que, pelas boas substituições, orientações e pela excelente postagem dentro de campo, com organização e (muita) vontade, o Botafogo e, sobretudo, Joel Santana merecia a vitória, a classificação. Ser cmapeão antecipado, porém, é outra história. Para tal, Joel terá de mostrar mais uma vez sua capacidade de deicidir jogos decisivos. Nisso, ele ja é campeão.

Um comentário:

  1. O Joel é sempre o Joel!!!
    Mas o Mengão conhece bem o técnico e sendo assim, sei que com a experiência de Andrade, a boa fase do time e com algumas "pegadinhas" dos jogadores, o Mengão vai sair vencedor e vamos ser TETRA em cima dos fregueses de novo...

    SRN

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