" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




domingo, 8 de maio de 2011

Neymar foi quem mais esteve perto de decidir no Pacaembu




Em três minutos, Neymar pôs fogo num clássico que tinha na tensão e na pouca criatividade as suas marcas. Com uma bela quase assistência, dribles desconcertantes, um chute cruzado que tirou tinta da trave e outra finalização assustadora no travessão, o garoto mais badalado do país por pouco não decidiu o duelo. E esquentou um jogo até então bem morno, que tendia para os donos da casa, os corintianos.

Fora alguns lampejos de Bruno César, Dentinho e Liédson, que alternaram bons e maus momentos, quem mais esteve capaz de decidir o primeiro jogo da final do Paulistão 2011 foi a jóia da Vila Belmiro. Foi quem mais chamou a responsabilidade. Justamente no momento em que seu time mais precisava de um protagonista de verdade, logo após perder Paulo Henrique Ganso, o meia cerebral da equipe de Muricy Ramalho, por lesão muscular.

Mas Neymar não foi bem na primeira etapa. Bem vigiado por Wallace, a quem só conseguiu driblar uma vez, "conquistando" um cartão amarelo para o zagueiro improvisado na lateral-direita corintiana, e que bateu de frente com o camisa 11 santista durante toda a partida, Neymar nada fez além de uma jogada que terminou com chute fraco na trave de Rafael. Atuação discretíssima até os 9 minutos da segunda etapa, quando começou o seu show particular.

Primeiro com um passe perfeito para Danilo, que quase marcou. Chicão salvou em cima da linha. Depois, entre dribles de corpo e fintas rápidas, chegou bem perto de marcar, mas acabou parando no travessão, após tabela com Alan Patrick, que entrou bem no lugar do 10 do Peixe.

O incrível é que, ultimamente, Neymar não tem crescido de produção ao lado de Ganso. Parece que o futebol de ambos não encaixa da mesma forma como em 2010.Quando joga sem seu eterno companheiro, a jóia da Vila cresce de produção mais do que junto com o camisa 10. Excesso de protagonistas? A torcida santista espera que não. De qualquer forma, Neymar terá todo o brilho reservado para ele na próxima quarta-feira, já que Paulo Henrique dificilmente enfrenta o Once Caldas, em Manizales, Colômbia.

Sem conseguir ser decisivo, Neymar foi quem mais chegou perto de conseguir a façanha no clássico deste domingo, no Pacaembú. E é de seus pés que a torcida santista mais espera as soluções para jogos truncados e tensos, facilmente resolvidos por dribles rápidos e desconcertantes, a praia de Neymar.

Um comentário:

  1. Lucas,
    foi um bom jogo, só faltou os gols.
    não vejo favoritismo para ninguém, mesmo achando que o peixe tem melhor elenco e mais técnica, clássico sempre é um jogo complicado.

    BLOG DO CLEBER SOARES
    www.clebersoares.blogspot.com

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