" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




quarta-feira, 11 de abril de 2012

À la Barcelona, Atletico Nacional começa a ameaçar favoritismo dos brasileiros





















Em meio ao favoritismo - até certo ponto arrogante - dos brasileiros, começam a surgir outros candidatos ao título da Libertadores. O Atlético Nacional, de Medellín, é um deles. Muito forte dentro de casa, com estilo copeiro sul-americano, o time comandado por Santiago Escobar joga à base do toque de bola, ataca muito pelos lados e conta com o artilheiro da competição: o ótimo Pabón, camisa 8, que já contabiliza 6 gols.

Na última terça, com o estádio Atanasio Giradort tomado por bandeiras, faixas e os tradicionais 'sombreros' verde e brancos, a equipe atropelou o Peñarol, por 3 a 0, em ritmo de treino. Com o ala-esquerdo Valência de volta após tratar uma lesão muscular, o time ganhou ainda mais força ofensiva. E tranquilidade para executar o seu jogo de posse de bola paciente, movimentação e hibridez ofensiva.

Na prática, um estilo de jogo que lembra bastante a escola catalã do melhor futebol da atualidade. Com, inclusive, algumas semelhanças. Macnelly Torres não é um Messi da vida, mas tem a mesma inteligência tática para recuar o seu posicionamento e armar o jogo quando o time tem a bola. Valência não é destro como Daniel Alves, mas sobe tanto quanto o camisa 2 brasileiro. Aliás, como Daniel, o colombiano é praticamente um ponta-esquerda com a posse de bola.

Para o ataque funcionar, porém, todo um ferrolho defensivo entra em ação. Mejía e Pérez formam uma dupla de volantes de contenção, responsável por desarmes duros - muitas vezes faltosos - e toques rápidos e diretos na saída de bola. Mais à frente, Córdoba faz um terceiro homem de meio-campo, cujo papel primordial é cobrir e dar todo o suporte para o lateral-ala-esquerdo Valência jogar. Sem a bola, perde-se o glamour do toque de bola e parte-se para a virilidade e a força da marcação ao melhor estilo Libertadores.

De fato, trata-se de um time básico, com poucas invenções, mas de uma força ofensiva elogiável. Fora de casa, a inteligência e a experiência de um time cascudo, confiante, catimbeiro. Típico. Um time a ser observado não só por brasileiros, mas também por argentinos, paraguaios, chilenos...

Já classificado para as oitavas, o Atletico Nacional representa, sim uma ameaça aos brasileiros. Até porque pode cruzar o caminho da maioria. Em busca de um título que não vem desde 1989, o Atletico Nacional está disposto a qualquer sacrifício, até mesmo jogar como um Barcelona da vida.

2 comentários:

  1. Lucas,

    Peço desculpas por andar sumido, mas é que minha vida mudou da água pro vinho com o nascimento da Lavinia, acredite, ser pai é uma experiência maravilhosa, mas da um trabalho, kkkkk....

    BLOG DO CLEBER SOARES
    www.clebersoares.blogspot.com

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