" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sorte ou Azar?


A vaga conquistada em 1997 para levar a Jamaica à Copa do Mundo de 1998, abriu um novo horizonte para a carreira de Renê Simôes. Mesmo com a sua seleção não obtendo uma boa campanha na mesma. Pois, afinal, esse foi seu melhor trabalho, permanecendo até 2000 no comando do futebol jamaicano, superando, evidentemente, os seus outros trabalho - antes havia trabalhado nas seleções brasileiras de base, no mundo árabe, na Ponte Preta, Portuguesa, no Bahia, e até mesmo no Vitória Guimarães, de Portugal.


Porém, a sequência de sua carreira não seguiu neste mesmo patamar. Após sair da Jamaica, chegou a comandar, sem sucesso , as seleções da Honduras e de Trindad e Tobago. A verdade mesmo é que sua carreira voltou a deslanchar ao assumir o Coritiba, em 2007, e conquistar o esperado acesso, ou melhor, retorno à elite do Campeonato Brasileiro.


Atraído pelo dinheiro da terra de Bob Marley - e por simpatia ao país também -, Renê voltou a Jamaica, para um trabalho curto, e sem o mesmo sucesso da década de 90, durando míseros 10 jogos. Todavia, mais uma vez, a sorte lhe ajudou e o Fluminense, sem técnico desde a saída de Renato Gaúcho em 2008, resolveu lhe contratar para evitar o descenso da equipe carioca. E ele consegui, arrancando elogios da turma das Laranjeiras.


E, por mais uma vez em sua vida, a adversidade mudou sua vida. Depois de fazer uma péssima Taça Guanabara, foi demitido pela diretoria tricolor, sendo contratado para seu lugar Carlos Alberto Parreira. Os dias desempregado foram poucos e, logo alguns dias depois, fora contratado pelo Coritiba, no ano do centenário do clube, para buscar algum título. E não fez feio no Couto Pereira: chegou às semifinais da Copa do Brasil.


Quando tudo parecia certo em sua vida, a falta de elenco do time alviverde prejudicou a equipe no campeontao brasileiro, acarretando um péssimo início, permanecendo na zona de rebaixamento nas primeiras rodadas, a princinpal causa da saída de Renê do Couto, no meio do ano. Em Agosto assumiu a Portuguesa mas, ao ver vândalos irresponsáveis invadirem o vestiário do time para cobrar atitude dos jogadores, não suportou e pediu demissão.


À essa hora, os costa-riquenhos estavam em festa. Dias depois, anunciaram a sua contratação( no dia 17). A meta é a Copa de 2010. Contudo, se Renê Rodrigues Simões, um carioca de 56 anos, irá conseguir...isso só os deuses do futebol sabem. Talvez a sorte do Caribe, que já lhe trouxe bons frutos, o ajude. Talvez o azar, que o fez sair de muitos clubes, o prejudique. Talvez é talvez. Futebol é uma caixa de surpresas.

Um comentário:

  1. Penso que René Simões não pode ser demasiadamente criticado se não conseguir a vaga à Copa. Bem abaixo de México e EUA, a Costa Rica também parece não ter os mesmos recursos de Honduras, que conta com jogadores como Figueroa, Palacios e Suazo. Além disso, se ele não conseguir sair da quarta posição na Concacaf, sabemos que a chance de enfrentar a Argentina é considerável. Um caminho difícil e, novamente, a possibilidade de virar herói nacional num país da América Central.

    Até mais!

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