" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




sexta-feira, 14 de maio de 2010

A Copa de Kaká

Pelé, Garrincha, Mario Kempes, Maradona, Romário, Zidane e Ronaldo têm muito mais coisas em comum além do talento e da fama internacional. Uma delas, seleta no grupo de jogadores de futebol em toda a história, é o fato de terem ganho, como protagonistas, uma Copa do Mundo, ápice da carreira de um jogador de futebol. Para não se juntar a outro grupo, o de Puskas, Cruyff, Zico, Roberto Baggio e etc., que tinham talento de sobra, mas nenhuma Copa do Mundo no currículo, Kaká tem de provar ao mundo o seu poderio, a sua gana, a sua vontade de vencer. Dois mil e dez há de ser o seu ano, a sua Copa.

Verdade, Kaká já foi campeão do Mundo, tanto pela Seleção quanto pelo Milan. No segundo caso não vale discussão, não é Copa do Mundo. No primeiro, era garoto, inexperiente, entrou poucos minutos, mas botou a medalha no peito, com orgulho e, por que nao, merecimento. Agora, depois de ganhar duas vezes o prêmio FIFA de Melhor Jogador do Mundo, chegou a hora de mostrar que faz, sim, parte do primeiro grupo citado, e botar, de vez, seu nome na galeria de monstros vencedores do futebol.

Na Seleção de Dunga, Kaká é tido como uma exceção, pelo talento e pela capacidade de decidir um jogo. Nem Robinho é capaz de ofuscá-lo.Muito menos Luís Fabiano. O cara é o 10, o craque, o cérebro, o poder. Ele, se quiser, podem crer, decide. Decide mesmo. Como fez na primeira fase da Copa de 2006, na Uefa Champions League e no Mundial de 2007, na Copa das Confederações de 2009 e, claro, em diversas partidass pelas eliminatórias. Kaká, seus chutes de média e longsa distância, seu vigor físico, seus dribles e arrancadas são temidos no mundo inteiro. E conhecidos.

Sua fama é parecida com a dos gênios citados no início deste texto, mas o comprometimento é uma exceção, que foge, absurdamente, à regra. Kaká nunca foi de noitadas, confusões e "migués". Ele é exemplo para as crianças. O 10 da Seleção não comemora com gestos obscenos como muitos, ou com "armas" como outro tantos. Ele prefere agradecer a Deus. Um gênio tranquilo e exemplar. Esta é a melhor definição para ele.

Porém, vale lembrar que Kaká é humano. Tem carne e osso. Por isso, ao receber críticas e mais críticas da imprensa mundial por suas inúmeras lesões e poucas más atuações, não fica calado. Pelo contrário, mostra personalidade e encara de frente, como um homem. Costuma superá-las. Já provou isso ao mundo. Espera, novamente, poder fazer isso de novo, desta vez ganhando uma Copa do Mundo. A da África já está aí, batendo a porta. É a Copa dele. Messi que se cuide. Se o talento superar as lesões, pos erros, o improvável e o irracional, Kaká tem grandes chances de decidir o Mundial. Quem sabe, ao final de julho, não estaremos nos perguntando: Quem é mesmo o Melhor do Mundo?

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