" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




sexta-feira, 23 de julho de 2010

Quando o destino vai contra, nada dá certo

Estava escrito no 'script': Mano deveria ser o técnico da Seleção. A CBF teimou, apostou no trabalho de um super-campeão, e foi contra o normal, o fácil. Contra Mano Menezes. Contra o destino, que apontava no técnico coritiano o sucessor ideal para Dunga. Apostou em Muricy. E não deu certo, o técnico tricolor, não liberado pelo clube, recusou o convite, e Ricardo Teixeira voltou atrás. Recorreu a Mano, que aceitou.

Pode parecer coisa de pai-de-santo, de maluco ou de vidente, mas destino, de qaulquer forma, é coisa séria, por mais que muitos não acreditem. Creio que não influencie muito no futebol. Mas que era para Mano ser o técnico da seleção, disto não há a menor dúvida. Era o caminho mais fácil. Era destino. Como num romance.Para os dois lados, tanto para a Confederação Brasileira, como para o Corinthians.

Apostar em Mano, significa reativar os laõs de amizade com a imprensa brasileira. É muito raro ver o técnico gaúcho dando fora em jornalista. Muricy é mais ranzina, dificulta mais a relação. Além do mais, Mano Menezes sabe contornar melhor pressão dentro do grupo. Ou fora dele. Como fez após perder o título da Libertadores, pelo Grêmio, e da Copa do brasil, pelo Corinthians, em dias de fúrias de suas respectivas torcidas. Mano contornou o problema como se ele não existisse. De forma fantástica.

Não se sabe se Muricy teria tal capacidade. Quando dirigia o Santa Cruz, após ser rebaixado, o paulista perdeu a cabeça, e o emprego. Não soube contornar crise. No Palmeiras, ano passado, a mesma coisa: não teve competência para segurar a ira da torcida e perdeu o controle do grupo. Por fim, acabou sem um bom trabalho e desempregado. Com Mano, nunca houve isso.

Isso tudo sem falar que para o próprio Corinthians, apesar da qualidade indiscutível do trabalho de Menezes, não há tanto prejuízo como haveria para o Fluminense. Graças à eficácia da diretoria corintiana, que previniu-se sobre uma possível perda de treinador. Cirúrgica. Tem o contrato de Adilson Baptisa nas mãos. Troca um excelente treinador, por outro de nível. E que nível. Se não é melhor ou igual a Mano, Adilson chega bem perto disso.

Enfim, depois de causar um transtorno desnecessário, e pagar mais um mico, tendo um convite recusado, como acontecera antes da Copa de 70, quando Otto Glória rejeitou o convite para ser o comandante da amarelinha, a CBF voltou atrás e fez o fácil, o normal, o caminho mais plausível. Venceu o destino. E quando é que isso não acontece? Não foi a bola que puniu Muricy e seus apostadores, mas sim o destino.

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