Dezembro de 2009 certamente foi o melhor mês da carreira política de Patrícia Amorim - talvez até o melhor de sua vida. Depois de comemorar o hexacampeonato brasileiro do seu clube de coração, tornou-se presidente do mesmo, fazendo história na Gávea. Prometendo reformular o futebol e, sobretudo, profisssionalizar o Ninho do Urubu, além de, é claro, aumentar as atenções aos esportes olímpicos, a ex-nadadora tomou como primeira medida a piscina. Abraçada ao filho, mergulhou na piscina do clube, por onde cansou de distribuir braçadas e ganhar troféus.
Patrícia mergulhou de cabeça na vida do clube. Logo no primeiro dia no comando da presidência rubro-negra, fez questão de agir o máximo possível. De conversar com todos. E de todos. Estava disposta a trabalhar. A mudar. A inovar. Nem parecia presidente do Flamengo. "Ela é certinha de mais. Não tem como dar certo no futebol brasileiro", diziam sócios e pessoas influentes na Gávea. Patrícia ignorou. Brigou com muita gente, mas nunca abriu mão da honestidade. Por vezes, apanhou sem merecer. Caiu.
O ano de 2010 não foi como ela e a torcida esperavam. O caso Bruno, a eliminação traumática na Libertadores, a perda do Estadual, a péssima campanha no Brasileiro. A Gávea fervia. E Patrícia se via sem saída. Sem ajuda. E por pouco não caiu de vez. Membros do Conselho chegaram a pensar num possível impeachement. Mas ela sobreviveu, com a mesma hombridade com que entrou pelo portão da frente da sede rubro-negra. E virou o jogo. Levantou. Com o próprio apoio, esforço e a mesma determinação. Ela estava disposta a vencer e venceu.
Logo no início do ano, contratou Ronaldinho Gaúcho, com muitos méritos. Em seguida, viu a garotada na qual investiu se sagrar bicampeã da Taça SP de Juniores, após 21 anos de hiato. Só não imaginava que a virada seria história do jeito que foi. Prest es a disputar a final da Taça Guanabra, recebeu a notícia mais esperada do século no clube: o Flamengo, enfim, é hexa oficialmente.
Patrícia chorou. Nem mesmo ela esperava uma virada política tão esplendorosa. Com os salários em dia, um CT sendo reformado e um dos maiores jogadores da atualidade no plantel, a presidente rubro-negra já pode ter orgulho de sua gestão e, quem sabe, pensar numa reeleição.
Lucas, justiça foi feita, pena que o preço dessa justiça pode ser muito alta para o futebol brasileiro....
ResponderExcluirpassa lá no blog e veja o post sobre essa problemática.
BLOG DO CLEBER SOARES
www.clebersoares.blogspot.com
Ninguém dava nada por ela... No entanto se concorrer a reeleição, ela ganha por causa de uma coisa, uma virtude que faltava ao Flamengo: HONESTIDADE!
ResponderExcluirE além do que ela trabalha em silêncio, sem alardear, típico de um mineiro sem o ser: COME QUIETO!
Só alardeia qdo sabe que está certa e vitoriosa, quem sabe assim, o Flamengo não toma jeito?
Estamos precisando!
SRN