Já foi tempo em que o time queridinho de todo e qualquer carioca entrava em campo para ser temido. Ostentando o vermelho mais forte da Cidade Maravilhosa, o América-RJ já foi o quinto time grande do Estado por muitos anos. Sete vezes campeão carioca, campeão da Copa dos Campeões e de infinitos torneios de pequeno porte, tradição e história não faltam ao Mecão. Mecão, sim, no aumentativo, pois é o grande "América" do Brasil, motivo da existências dos outros de mesmo nome.
Nos anos 80, viveu o seu auge na mídia e no coração de todos os cariocas. Passou a ser considerado o segundo time de todo carioca. Em 1986, por pouco não eliminou o São Paulo do Brasileirão, terminando a competição num incrível quarto lugar. Como um time grande. Que já foi mas deixou de ser nas últimas décadas. Fruto de administrações incompetentes, escolhas erradas, negócios mal feitos e até mesmo de azar, a decadência americana aconteceu bruscamente. Depois de sumir da elite nacional, acabou na segunda divisão estadual. O América sumiu no tempo e não voltou mais.
Nem mesmo quando Romário assumiu o controle do futebol rubro as coisas voltaram ao normal. Até melhoraram. O América estava de volta à mídia. O Baixinho chegou até a abandonar temporariamente a aposentadoria para realizar o grande sonho de seu pai por um jogo. O América estava de volta à elite carioca. Com um time renovado, repleto de jovens mas com os mesmos problemas de sempre fora dos campos. Nem Romário aguentou. Pulou fora do barco do qual devia ser o capitão. E o América voltou a afundar.
Romário voltou neste ano, tentou ajeitar a casa, varrer a poeira. Quase impossível. Tornou possível com uma vitória convicente. Mas no sábado, a cachoeira de problemas voltou a cair com toda a força. 9 a 0 Vasco. A maior goleada da história do clube rubro fez Romário chorar. Este América não merece ser chamado de América. Muito menos de time grande. Este América não merece usar a camisa vermelha mais tradicional do mundo. Este América não existe. O América é único e está exilado em algum lugar.
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