Há muito tempo não se via um Botafogo tão forte como o atual no cenário nacional. Talvez desde 2007, ano em que Cuca montou o "Carrossel Alvinegro", o time não causava tamanha expectativa em sua torcida. A vitória por 2 a 0 sobre o São Paulo, no Morumbi, aumentou as esperanças em um futuro próspero para os alvinegros. De fato, elas existem. E são muitas. Afinal, com um técnico competente, o time encaixado e em grande fase e um elenco cada vez mais recheado de boas opções, não há por que não colocar o Botafogo como um dos postulantes ao título brasileiro deste ano.
Os botafoguenses mais cautelosos e supersticiosos preferem não apostar tão alto. Preferem acreditar que podem beliscar uma vaga na Libertadores do ano que vem, competição que o clube não disputa há 15 anos. Mas são os números e os fatos que provam o contrário. São eles que permitem o sonho alvinegro em reviver os anos dourados de 1995.
Em quarto lugar, com 14 pontos, o Botafogo só perdeu um jogo no Brasileirão 2011. Justamente o da estréia, por 1 a 0, para o Palmeiras. Ainda no início do trabalho de Caio Júnior, que sequer conhecia o grupo direito e ainda buscava o seu time ideal. Sete rodadas se passaram e muita coisa mudou. O Botafogo saiu de candidato ao rebaixamento para membro do G-4. E Caio achou seu time, montado no 4-2-3-1, com Herrera de referência, e Maicosuel, Elkeson e Éverton na ligação do meio ao ataque.
As boas atuações nas últimas partidas trouxeram elogios à nova postura da equipe. Mais ofensivo, jogando um futebol mais envolvente, o Botafogo já consegue encantar aos olhos de quem o vê em ação. Méritos para Caio Júnior, que vai conseguindo mudar a maneira história do time em jogar no contra-ataque, com uma defesa consistente garantindo a retomada da bola. Não que o Botafogo-2011 não tenha uma defesa segura. Pelo contrário. Além de bastante seguros, Antônio Carlos e Fábio Ferreira também aparecem para ajudar na frente. São muito fortes no jogo aéreo.
E ainda há os reforços recentes. A chegada de Renato, ídolo do Sevilla(ESP), só reforça a tese. Além dele, nomes menos badalados como o do zagueiro Gustavo, o do meia Felipe Menezes e o do atacante Alexandre Oliveira também ajudam na montagem de um time competitivo. Principalmente por terem sido pedidos do treinador, que os conhece. Com alguns, ele já inclusive já trabalhou. Isso sem falar no retorno de Loco Abreu e Jefferson, que deve acontecer em agosto já que ambos estão a serviço de seus países na Copa América.
Material humano não faltará a Caio Júnior, que, depois de 3 anos fora do país, trabalhando no Oriente Médio, terá a chance de recolocar o seu nome num grupo seletos de técnicos de ponta do futebol brasileiro. Mais experiente do que em 2006, quando levou o Paraná, que tinha Maicosuel e Gustavo, à Libertadores, Caio pensa grande em General Severiano. E sabe que pode sonhar alto.
Sem gastar muito e revelando jogadores fundamentais para o time de cima, caso do volante Lucas Zen, ótimo jogador pinçado por Caio Júnior, o Botafogo vai comendo pelas beiradas e, mais do que jogando bem, vai convencendo. Aos poucos, de vitória em vitória, vai se aproximando do topo. Justo para quem tem o treinador que tem e o elenco que tem. Definitivamente, um candidato ao título deste ano.
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