A imaturidade de uma seleção formada majoritariamente por garotos com menos de 22 anos complicou ainda mais a vida do confuso time costarriquenho. Brenes, o camisa 10, e principal articulador da "bangunça tática" que era o time caribenho perdeu a cabeça ainda na primeira etapa. Com um carrinho desleal e totalmente violento em cima de Zuñiga, acabou expulso. Se com 11, o jogo já era difícil, com 10, a tendência era de goleada.
O cenário perfeito para uma vitória larga e convicente não encheu os olhos dos colombianos, que, em ritmo de treino, seguiam tocando a bola e abrindo mão da ousadia. Hernán Gomez até tentou lançar o time à frente. Tirou um dos volantes do 4-1-4-1 que havia armado e colocou o atacante Rodallega, levando a equipe para o 4-2-3-1. Pouco adiantou. O time seguia atacando pouco e usando pouco as laterais, onde os velozes e incisivos Zuñiga e Armero jogavam.
Sorte dos sul-americanos que Guarín joga pelo meio. E não gosta de ver seu time atrás, tocando a bola sem objetividade. Esbanjando visão de jogo, aproveitou a ótima movimentação de Ramos - que invadiu a área numa bela incursão em diagonal -, deixando-o na cara do gol. Com rapidez, o atacante driblou o goleiro Moreira e, de perna esquerda, completou para o gol. Uma jogada digna de Barcelona, guardadas suas devidas e grandes proporções.
O gol que poderia servir para abrir caminho, agora sim, para uma goleada, só tranquilizou os colombianos, que chegaram, até mesmo, a ser atacados pelos costarriquenhos. Com exceção de alguns lampejos de Guarín, a Colômbia seguia "treinando". E torcendo para a hora passar e o jogo terminar. Nem mesmo o goleador Falcao García, artilheiro e ídolo do Porto, foi capaz de mudar esse panorama. O camisa 9 foi substituído já no fim da segunda etapa, para a entrada do volante Soto, que fechou o meio-campo e condenou a defesa total nos minutos finais.
Mesmo tendo jogado mal, sido pouco ousada e decepcionado, a Colômbia merece o foco total dos grandes favoritos à conquista da Copa América. O time que, na teoria, é muito forte, na prática não desencantou. E, mesmo assim, lidera o grupo A, o mesmo da anfitriã Argentina. E tem, até o momento, o melhor meia da competição: Freddy Guarín.
Parabéns pelo post!
ResponderExcluirQuanto a Colômbia, um detalhe interessante também é que os laterais Zuñiga e Armero ficam muito prejudicados com esse esquema, já que não podem ser alas como nos seus times.
Acho que o Falcao García joga muito isolado também. Rodallega deveria ser titular pra se aproximar mais.
Leandro,
ResponderExcluirConcordo contigo. Eles até ensaiaram, no início da partida, uma postura mais ofensiva, com os volantes atentos na cobertura. Porém, isso não aconteceu de forma contínua. Seria interessante prender um volante junto com Bolívar a fim de liberar os dois laterais. Com Guarín por dentro, o time não perderia a criação pela faixa central e ainda teria duas ótimas armas pelos flancos.
Quanto a Rodallega, eu gosto dele, mas acho precoce sua entrada no time titular. Os dois "wingers" colombianos, Ramos e Moreno, precisam de tempo para se adaptar ao novo esquema do time. Acho que Falcao pode dar certo, ainda, nesse esquema. Vamos esperar...
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Abração