Sequer houve uma despedida, um aviso prévio. Um último adeus. De repente, lá se foi a nossa casa. Depois de tantos clássicos, tantos jogos inesquecíveis, tantos lances memoráveis, tantos gols, ver um jogo praticamente sem emoção, sem gols, sem história pra contar, doeu.
Só não dói mais que a saudade progressiva que ainda pode durar mais dois anos e a incerteza de um futuro totalmente misterioso.
Há um ano atrás, parecia que se tratava de um breve pesadelo, com data exata para terminar. E sem conseqüências graves.
Mas nós caímos na real. E o pesadelo, na verdade, era a realidade. Primeiro, lá se foi o gramado verde, inconfundível. Perfeito. Depois, as inesquecíveis arquibancadas, templo sagrado dos cariocas. E dos paulistas, mineiros, brasileiros, argentinos, uruguaios, gringos em geral. Local onde todos se conheciam e eram iguais, independente de raça, origem, classe social, religião.
O teto derrubado doeu ainda mais. Doeu como uma última facada num assassinato cruel, sem volta. Sem solução. Estão tirando um pedaço do nosso coração. Para ser sincero, já tiraram. Sem dó. Sem medo de ferirem o sentimento de milhões de pessoas.
Eles conseguiram tirar a nossa casa de nós mesmos.
E isso não se faz.
Vermelho, azul, brilhante, ecológico, milionário, proveitoso, lucrativo...Não importa. Queremos a nossa casa de volta. Com a geral mais famosa do planeta, as cadeiras sociais, as arquibancadas mais lindas de todo o mundo.
Seria tão bom se tudo voltasse como era antes.
Eu sonho com esse dia. Sonho mesmo. Sonho com as ruas cheias de torcedores, repleta de cores, sons e muita alegria. Sonho com o retorno das barraquinhas de churrasquinho. Até do cheiro de urina impregnado nas árvores próximas e nas paredes – de forma irresponsável, diga-se de passagem - eu sinto falta.
O tempo voa, mas está difícil de suportar. É uma das missões mais árduas viver sem a nossa casa. O nosso estádio. O nosso templo. Torço, rezo, confio. E tenho certeza que um dia serei recompensado, podendo, enfim, acordar deste pesadelo que me assola. Para, quem sabe, começar a sonhar acordado.
Um ano sem Maracanã. Dor inexplicável. Saudade sem tamanho.
Volta logo, Maraca!
Lucas, para a dupla FLA-FLU, esta sendo muito ruim, o Fla se acostumou a jogar no maraca, sua torcida o tem como o quintal de casa, e torcida no mengo é 50%. O Flu também perde referencia, talves menos que o Fla, mas ainda não se encaixou no engenhão.
ResponderExcluirE ainda tem os problemas da superfaturação da reforma e a demora da mesma... uma pena o maior símbolo do futebol mundial merecia mais respeito.
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