" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Goiás 4 x 1 Botafogo

Jorginho teve peito para assumir o comando do desfigurado e desacreditado Goiás. Aos poucos vai montando seu time e dando seu padrão de jogo, sob forte organização. Contra o desfalcado Botafogo, foi dominado durante boa parte do jogo, mas, com extrema eficiência e simplicidade, conseguiu fazer seu time aproveitar as falhas rivais e golear um dos “candidatos ao título”. Se é que o Botafogo pode ser classificado como tal.

Afinal, equipes rotuladas como tal devem vencer dentro e fora de casa, sobretudo se o adversário for o lanterna do campeonato. Além do mais, não podem, jamais, terem dificuldades para furar a retranca de uma equipe considerada inferior. O Botafogo não teve cacife de postulante ao título nacional e acabou tomando uma goleada no Serra Dourada.

Tudo bem que os cinco desfalques alvinegros(M.Mattos, Marcelo Cordeiro, Somália, Jóbson e Herrera não jogaram) atrapalharam bastante os planos de Joel Santana, obrigado a improvisar Edno na ala-esquerda e Maicosuel na frente ao lado de Loco Abreu. O camisa 11 até fez boa partida, sendo a principal arma ofensiva alvinegra durante quase todo o jogo. Isso porque Renato Cajá pouco se movimentava e Lúcio Flávio, posto como segundo volante, mal tocava na bola, totalmente inoperante.

O Bota dominava a partida, tocando bem a bola e atacando o cauteloso Goiás, que montava uma retranca quase intransponível. Esperava-se, a qualquer momento, um gol dos visitantes. Mas não seria surpresa se Fahel, o volante mais contestado do Rio de Janeiro - quiçá do Brasil -, falhasse e o Goiás marcasse. Para a surpresa geral, Fahel fez boa partida, tirando o ‘costumeiro’ amarelo que levou. E quem falhou foi Leandro Guerreiro. Wellington Monteiro aproveitou e abriu o placar.

Desatento na marcação, o Botafogo cedia espaços demais para o alviverde, que começava a crescer no jogo. Com Marcão absoluto na marcação a Maicosuel, a defesa esmeraldina neutralizava facilmente o meio-campo alvinegro. Até que, em outra falhá do sistema defensivo visitante, desta vez coletiva, Wellington Monteiro chutou forte na trave. No rebote, Rafael Moura ampliou.

Não demorou, todavia, para que Edno, deitando e rolando nas costas de Wendell, fizesse “chover“. O meia improvisado como ala fez bela jogada pelo lado esquerdo e cruzou rasteiro, como pedia Joel. Loco Abreu fez questão de provar que a fase pessoal é realmente boa, empatando o jogo. O Botafogo voltava ao jogo. E dominava, se movimentava, tocava, criava. Mas não finalizava. O Goiás não deixava.

Joel precisava mudar. Mexer. Como vem sendo, jogou o time pra frente, cedendo espaços para contra-golpes. Num deles, muito mal puxado por Rafael Moura, Felipe consertou tudo, pôs o He-Man na frente do gol. O camisa 9 sofreu pênalti de Alessandro, muito mal na partida. Batido e convertido por ele mesmo. Desespero geral dos alvinegros, que partiram para o tudo ou nada. Nada. Em outro contra-ataque, Rafael Moura fechou o caixão botafoguense.

Num Serra Dourada com um bom público, Jorginho soube organizar seu time num 3-5-2 muito bem desenhado. Ademais, teve a competência de neutralizar a criação do Alvinegro. Parece que o novo técnico começa a dar jeito num time que parecia, antes,

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