" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Sem interferências externas, Muricy passa por qualquer crise

Como é difícil liderar o Brasileirão! Como é complicado manter uma boa fase! O Fluminense que os digam. Mesmo absoluto no topo da tabela, com um elenco invejável, contratações exemplares e uma balança econômica favorável para as pretensões do clube, há sempre uma crise. No Brasil é assim. Todos os times vivem momentos de oscilações no Nacional, mas o líder tem sempre mais intensidades. Há sempre uma grande crise.

Foi assim, por exemplo, no Palmeiras de Muricy, em 2009, quando o time liderava sozinho o campeonato e se perdeu na reta final, graças a uma crise interna, envolvendo jogadores e dirigentes. E deu no que deu. Acabou que o Verdão ficou sem o título, Libertadores e tudo mais, tendo que se contentar com uma mísera Copa Sul-Americana.

O Fluminense sabe disso. Lembra. Sobretudo seu técnico. Muricy não admite passar pelos mesmos erros do passado. Não aceita crises extra-campo. Faz questão de acabar com qualquer tipo delas. Só não consegue fazê-lo quando há alguém superior metido. Como tinha Belluzo, presidente alviverde, no ano passado. No São Paulo, nos últimos três títulos conquistados, reinou absoluto, e ganhou como nunca. Tri-campeão consecutivamente. Impressionantemente vencedor. Sem crises. Era o segredo.

Rotulado como grande favorito ao título deste ano com seu Fluminense, esperava a primeira oscilação. Ela veio. Empates e derrota fora de casa para o Guarani, a primeira depois da Copa. Soube superá-la, destroçando o modesto Ceará no Engenhão. Todavia, pelo grande problema ele não esperava. Fred fez declarações contra o chefe do departamento médico tricolor, Michel Simoni, que renunciou ao cargo. Crise que ainda seria acentuada pela "discussão" entre Fernando Henrique e Rafael no vestiário do Engenhão, que vazou para a imprensa. Crise generalizada. Preocupante. Sensacionalizada, como de costume, por parte da imprensa esportiva.

Por mais que os tricolores reclamem e não a julguem como tal, trata-se, sim, de uma crise.

E precisa ser resolvida. O time precisa responder dentro de campo. O melhor que se tem a fazer é falar menos e jogar mais. Muricy é especialista nessa estratégia. Sabe, como poucos, administrar uma situação-problema desse naipe. E contorná-la, sempre trabalhando e vencendo dentro de campo.

O Fluminense, mais do que nunca, vai precisar de seu técnico e de seus dirigentes, superiores ao comandante tricolor. A patrocinadora, que possui voz ativíssima no clube, há de se manter neutra, sem atrapalhar, pois lucrará bem mais com um título nacional. A diretoria precisa ser coesa e dar autoridade para Muricy agir. Ele sabe o que faz. E dá resultado. Não precisa mais provar nada a ninguém. Já provou ser absurdamente campeão. Precisa, sim, pôr em prática sua ideologia de trabalho, sem ser interferido. Com certeza, o Fluminense estará em ótimas mãos.

Um comentário:

  1. E ai Lucas, blz.
    O Flu perdeu pra ele mesmo, poderia ter matado o jogo empelo menos 3 portunidades, FH falhou nos dois gols goiano, será que o coelho vai virar cavalo paraguaio???

    BLOG DO CLEBER SOARES
    www.clebersoares.blogspot.com

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