" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




terça-feira, 29 de maio de 2012

A esperança do tamanho da Polônia: o que esperar dos donos da casa na Eurocopa?




O povo polonês se acostumou com o tempo a sofrer. Entre mortos e feridos das tantas invasões e dos históricos conflitos na região, a Polônia reagiu com força. E se consolidou, enfim, como um povo europeu. Hoje, em pleno século XXI e a pouco mais de uma semana de sediar o evento mais importante do futebol europeu - juntamente com a vizinha Ucrânia -, os poloneses estão felizes. E melhor ainda, têm o que a história do seu próprio país os ensinou a esquecer: esperança.

Já estava na hora da sorte jogar do lado da Polônia, nem que fosse no futebol. No sorteio dos grupos da Eurocopa, a seleção nacional caiu no considerado mais simples, ao lado de Grécia, Rússia e República Tcheca. Ademais, jogará as três partidas da primeira fase em casa, certamente com o estádio completamente lotado. O povo polonês nunca se sentiu tão bem com o mundo. A alegria que o futebol é capaz de proporcionar já criar expectativas imensuráveis na Polônia.

Falta o time responder em campo. No último final de semana, no último teste antes da estreia oficial, no próximo dia 8, contra a Grécia, os comandados de Franciszek Smuda fizeram bonito: vitória sobre a Eslováquia. Mas ainda há muito a se provar. Do time titular, poucos são conhecidos pelo continente: o goleiro Sczesny, do Arsenal, o volante Polanski, do Mainz 05, e o trio do Borussia Dormtund: Piszczek, Kuba e Lewandoski.

Dentro de campo, é um time cauteloso, de muita força física e marcação. Costuma jogar no contra-ataque e aproveitar as rara chances que tem. Mas espera-se um pouco mais de ousadia na Eurocopa, não só por jogar em casa, mas pela vontade dos próprios jogadores em escrever um capítulo positivo na história de um país tão sofrido. Como a seleção de 74 escreveu. Como a de 82 escreveu. Ambas dando alegria a quem sempre viu tristeza.

A disposição e a vontade de vencer devem, até, falar mais alto do que o talento quando os poloneses entrarem em campo e virem nas arquibancadas os seus compatriotas com um sorriso no rosto e a esperança no coração. Eles devem estar loucos para provarem que Deus não criou a lama para a Polônia, como disse, certa vez, Napoleão Bonaparte. Há algo bem melhor guardado no destino polonês. Quem vivê, verá.

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