" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




sábado, 5 de maio de 2012

O fenômeno de Dortmund




O Borussia Dortmund é um dos grandes títulos da Alemanha. Tem tradição, títulos e torcida suficientes para se colocar no topo de qualquer enquete do gênero no país. Mas as últimas duas temporadas foram capazes de transformar o clube num fenômeno. Um time jovem, ofensivo, agradável aos olhos dos amantes de futebol, com uma torcida fantástica, que lota estádio e dá espetáculos à parte em todos os jogos. Antes de mais nada, acima de tudo um time vencedor. Atual bicampeão alemão.

Boa parte do sucesso do time recai na conta do técnico Jürgen Klopp, grande responsável por rejuvenescer o elenco e reformular o time desde a sua chegada, em 2008. Desde então, pode-se ver uma nova filosofia dentro do clube. O Borussia voltou a revelar bons jogadores, depender menos de contratações, de caixa, de dinheiro. É aí que encaixa o mérito do presidente Hans-Joachim Watzke, que, inclusive, já deixou o cargo, que sanou boa parte das dívidas do clube e passou a investir, influenciado por Klopp, na base do clube.

Os frutos não demoraram a nascer da fértil Dortmund. Na temporada passada, não havia clube grande europeu que não se interessasse pelos jovens talentos do Borussia. Hummels, Sahin, Grosskreutz, Kuba, Mario Götze...É muito garoto bom de bola junto. Isto sem falar nos mais experientes. Kagawa e Barrios, por exemplo, apesar de ótimas contratações, não custaram tanto aos cofres do público.

A política de gastar pouco com reforços de fora e investir na base não podia dar errado. E com o cara certo para comandar o time, tudo ficou ainda mais fácil. Vitória atrás da vitória. Títul alemão com direito a futebol bonito, vitórias históricas e uma festa inexplicável da torcida. Depois de muito tempo, o Borussia voltava a encantar. Voltava a uma Champions League.

Porém, com o desmanche do time tituar, as vendas de algus peças essenciais à equipe, como Sahin, a maré negra chegou a Dortmund. Decepção na Champions, torcida desanimada. Prévia de crise. Houve até quem pedisse a cabeça de Jürgen Klopp, que, no fim das contas, foi capaz de contornar a situação e recolocar o time no caminho das vitórias.

O time voltou jogar bem, bonito. A encantar o país com suas jogadas de inversão de jogo, os dribles de Mário Götze, os passes de Kagawa, as belas finalizações de Lucas Barrios. E tudo voltou ao normal. Sempre na frente, o título era questão de tempo. E as faixas foram entregues hoje. A torcida, recordista em méd de público na história da Bundesliga, sorri sem parar novamente. Um fênomeno, esse Borussia Dortmund.

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