O Flamengo mais uma vez teve posse de bola superior à do seu rival, mesmo fora de casa. Ainda que um pouco sonolento, chegou a controlar o jogo na segunda etapa, quando o placar apontava para 1 a 1. Mas novamente se viu refém de falhas da zaga. E acabou derrotado por 3 a 2, em Florianópolis.
Fato é que o time não jogou bem. Sem muita gana, deixou o Avaí controlar boa parte da partida à base da ocupação de espaços. Com Lincoln inspirado, o time catarinense poderia ter aberto uma boa vantagem na primeira etapa. E, graças aos erros da zaga carioca, ela veio no segundo tempo.
Dessa vez as bobeiras foram coletivas. E previsíveis. Gustavo está longe de ser um bom reserva para um time que briga pelo título brasileiro. E Ronaldo Angelim, aos 34 anos de idade, já pode rever as suas atuais funções no time. Ambos falharam nos três gols do Avaí. Pra piorar, Airton, o grande protetor dos zagueiros rubro-negros, lesionou o joelho e está fora há duas semanas.
Há 5 jogos sem vencer, o time de Luxemburgo sofre queda vertiginosa na tabela. Já é o quarto, atrás dos rivais Botafogo e Vasco, terceiro e segundo colocados, respectivamente. Contra o Bahia, no próximo domingo, no Engenhão, um resultado negativo pode servir como divisor de águas para o clube. Até porque os adversários diretos continuam vencendo. E em boa fase.
Menos mal que Ronaldinho Gaúcho, o grande destaque do time na temporada, continua tirando coelhos da cartola. Foram deles os dois gols da equipe nesta quarta – um deles lindíssimo, olímpico. Com toques refinados, vem fazendo a diferença em lances isolados. Como todo craque.
Thiago Neves, porém, ainda não retornou à boa fase. Acima da média no primeiro semestre, ainda está devendo no Brasileiro. Voltando de lesão, a tendência é que ainda demore a reecontrar a realidade da Copa do Brasil e do Caricoa.
Mesmo sem Thiago em alta, o Flamengo tem ótimas alternativas ofensivas. Com muita força na posse de bola, uma das marcas dos times de Luxemburgo, o Fla-2011 sabe ser paciente com a bola nos pés: joga pelo chão, sabe se movimentar, abrir e criar espaços, esperando o melhor momento para ser fatal.
Todavia, é um time sem defesa segura. E, em um campeonato equilibrado como o Brasileiro, isso é mais do que fundamental para quem briga pela parte de cima da tabela. De nada adianta ser incisivo na frente se a defesa falha todo jogo atrás.
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