" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




sexta-feira, 2 de julho de 2010

Culpa de Dunga?

A escalação da seleção brasileira na eliminação da Copa do Mundo para a Holanda foi praticamente a mesma da vitória sobre a Argentina, em Rosário, em setembro do ano passado, quando a seleção de Dunga foi muito elogiada por todos. A única exceção foi Elano, que, machucado, deu lugar a Daniel Alves. Seis por meia dúzia. O então pragmatismo brasileiro do técnico era exaltado em manchetes ufanistas e animadoras.

Será que tanta coisa mudou de lá pra cá?

Dunga é realmente o culpado pela eliminação? Fato é que, mesmop após intensas reformulações, mudanças, o destino da atual seleção foi o mesmo daquela tão criticada de 2006: eliminação nas quartas de finais.

Mas, insisto: por que Dunga seria o culpado? Nada mudou desde o dia 5 de setembro de 2009. A coerência é a mesma. O grupo é quase idêntico. A maneira de jogar, então, nem se fala. Mas sempre foi assim. Desde julho de 2006, quando Dunga foi anunciado como novo técnico da seleção brasileira.

Portanto, torcedor brasileiro, não culpe Dunga pela derrota. Ele fez o que se esperava dele. Culpe, sim, Felipe Melo, pela irresponsabilidade tremenda. Um camisa 5 da Seleção Brasileira jamais pode ter atitude assim.Não culpe tambem Júlio César pelas falhas. Todo goleiro falha. Errar é humano. Até o melhor do mundo falha.

Culpe Luís Fabiano e Kaká. Mas só se você, crítico, tiver a real certeza de que com qualquer outro seria diferente. Qualquer um. Se ele exisitir, aí, sim, culpe-os. Se não, opte pelo silêncio. E lamente. Lamente não poder torcer por uma seleção de craques, que só se importe em jogar bola. Como brasileiro. Lamente não existir uma seleçõa como em 1982.

Um conselho? Exclua as palavras coerência e pragmatismo de seu dicionário.

Mas não culpe Dunga. Ele não tem a mínima culpa. Fez o que era previsto que ele pudesse fazer.

A culpa é da CBF. Sim, dela mesmo. A entidade máxima do futebol brasileiro errou feio em apostar no trabalho de Dunga. Poderia dar certo em qualquer outro país do mundo, porém não na terra do futebol bonito, bem jogado, ofensivo, abusado. Aqui, pragmatismo raramente tem vez. Teve, é verdade, em 1994. E só. Um raio nunca cai duas vezes num mesmo lugar.

É, acabou. Mas a culpa não é de Dunga. Que fique claro isto. A coerência que ele tanto exalta ofi sua fiel escudeira desde o início. Até o fim. E não me venham dizer que Ronaldinho resolveria o problema...Em 2006, ele já provou o contrário.

Um comentário:

  1. Olá! Você comenou recentemente no meu blog, propondo uma parceria de links. Eu aceito, gostei dos teus textos. Caso não se lembre, meu blog é o Jornalheiros.

    A Alemanha joga o melhor futebol da Copa, já falo isso desde a primeira fase. Vamos ver como se comportará sem Müller...

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