" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O Cruzeiro de Cuca e da eficiência já é 3º lugar


O Cruzeiro de Cuca, Montillo, Roger e Thiago Ribeiro já é terceiro colocado do Brasileirão. Ainda que a colocação se mostre provisória, pois Botafogo e Santos, que têm 31 pontos - 3 a menos que o time mineiro, que venceu o Inter nesta quarta-feira por 1 a 0, em Uberlândia(MG) -, se enfrentam somente nesta quinta-feira, na Vila Belmiro, o belo trabalho do treinador que fez milagre com o Fluminense em 2009 precisa ser elogiado.


Tudo bem que Cuca, ou Alex Stival, seu nome de batismo, pegou uma base já (muito bem) estruturada por Adilson Batista. A manutenção da filosofia de jogo, sobretudo com a trinca de volantes no meio-campo, quase sempre formada por Marquinhos Paraná, Henrique e Fabrício, é um dos segredos do sucesso do novo comandante, que dificilmente perde em casa. Cuca soube aproveitar o que Batista teve de melhor na sua passagem pelo Cruzeiro.


Remontou, com novas peças, o time vice-campeão da Libertadores em 2009. E achou em Montillo um cérebro para a equipe. Muito mais eficaz do que era Wagner. Bem mais parecido com Alex, em 2003. Teve o mérito de saber fazer o novo camisa 10 azul funcionar, com os atacantes e meias ou volantes se desdobrando e se matando para marcar e dar ao argentino a liberdade precisa para ele funcionar. Fica mais fácil ainda quando se tem um Roger no banco de reservas, super-útil quando necessário.


Contra o Inter, o Cruzeiro foi eficiente como vem sendo nos últimos jogos. Aproveitou sua chance clara de gol e reforçou a marcação, bloqueando qualquer tipo de criatividade do adversário e saindo em contra-ataques rápidos, raros nesta quarta. Sem Montillo e Wellington Paulista, Cuca pôs Roger e abriu Éverton como volante pela esquerda, deixando Thiago Ribeiro aberto pela direita na frente ao lado do novo artilheiro Farías, ainda fora de sua forma ideal.


Não se pode deixar pra lá os acertos de Cuca. Com Éverton flutuando às costas de Giuliano e confundindo a marcação dos volantes colorados, a posse de bola dava volume de jogo à Raposa, que tinha na dobradinha Jonathan-Thiago Ribeiro, sempre em cima de Kléber, pela direita do ataque mineiro, a sua grande força. Roger organizava e ditava o ritmo pra cima de Guiñazu, que apelava para as faltas. E quanto o Inter começava a dar sinais de que iria reagir, veio o ato final cruzeirense. Jonathan cruzou e Éverton, num lindo sem-pulo, fez o gol da vitória. O Cruzeiro de Cuca é assim: frio, calmo, calculista e decisivo. É eficiente. E não deixa de ser brilhante.


O golaço de Éverton marca a quarta vitória cruzeirense em quatro jogos. Mais do que números, prova a consistência e ilustra a ascendência da Raposa no campeonato, sobretudo após a chegada de Cuca. E põe o time, quase que de forma imutável, na lista dos grandes favoritos ao título deste ano. Com elenco e regularidade, o Cruzeiro tem o básico e o diferencial para repetir a dose de 2003. Nesta quarta, deu mais uma prova disso, com extrema eficiência.

Um comentário:

  1. E ai Lucas, blz.
    Realmente foi um golaço, coisa rara de se ver, e com isso a raposa ta chegando.

    BLOG DO CLEBER SOARES
    www.clebersoares.blogspot.com

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