" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Super Borussia

Foto: Sven Simon


Com um jogo e sete pontos de vantagem para o Mainz 05, surpresa e vice-líder da Bundesliga, o Borussia Dortmund encanta. Com uma equipe jovem, rápida, dinâmica e um tanto quanto ofensiva. Méritos de Juergen Klopp, jovem técnico oriundo da cidade de Mainz, que montou o melhor time da atualidade na Alemanha. A décima vítima amarela e preta em doze rodadas foi o Hamburgo, que não resistiu à velocidade da equipe da casa, e sucumbiu no Vale do Ruhr, perdendo por um 2 a 0 justíssimo.


Se dentro de campo, a garotada vem fazendo a diferença - claro, apoiada por alguns experientes como Weindefeller e Dede -, fora dele a massa amarela e preta dá o toque final a um time que tem tudo para ser campeão. Na tribuna do sul do Signal Iduna Park, a muralha amarela dá um show à parte durante todos os 90 minutos de todos os jogos do campeonato. Não é à toa que a média de público, normalmente, equivale à capacidade do estádio. Frutos de um trabalho sério e competente num país onde o futebol é levado a sério por pessoas sérias.


Com trunfos como esses, não é difícil presumir que um clube como esse brigue pelas primeiras posições do torneio nacional. E o Borussia ainda tem mais. Tem um atacante fora de série chamado Luccas Barrios. Tem um zagueiro jovem, técnico e extremamente seguro que atende por Hummels. Um goleiro que é o capitão da equipe. E tem, também, um japonês correndo mais que todos os outros atacantes no país. Foi dele o primeiro gol contra o Hamburgo. Kagawa já é ídolo da massa de Dortmund.


Isso sem falar no talentosíssimo meio-campo borussiano, que conta com o excelente Sahin, destaque da seleção turca, com o habilidoso Gotze e com a agilidade de um meia cujo nome não tem pronúncia simples. Mas o futebol é feijão com arroz. Eficácia pura.


Foi baseado nessas armas infalíveis que o Borussia despachou mais um nesta sexta-feira. A festa que reitera os laços de fidelidade entre torcida e time após a partida enche os borussianos de esperança e fazem toda a Alemanha abrir o olho para Dortmund. Desde 2002 que o clube não montava um time tão promissor, tão forte, tão candidato ao prato de prata. O Borussia, hoje, é um show.

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