Organização, marcação eficiente, muita pegada no meio-campo e uma aplicação tática impressionante. As características fundamentais para o tricampeonato brasileiro do São Paulo, conquistado em 2008, podem ser essenciais, também, para a conquista do bi pelo Fluminense, neste ano. Comandante em ambos os casos, Muricy Ramalho é o prepulsor de tais virtudes, das quais, inclusive, não abre mão.
Se o São Paulo daquele ano tinha na bola aérea mais um grande trunfo, com o qual o Tricolor não vem contando muito nas últimas rodadas, o Fluminense pode se orgulhar de ter um verdadeiro maestro no meio de campo. Capaz de decidir qualquer jogo, ou até mesmo um campeonato inteiro, Conca confere técnica a um time basicamente de força. Muita força.
Força no sentido de fazer uma transição defesa-ataque com rapidez, com toque de bola rápido, sem muito preciosismo, sem muito drible. No sentido, principalmente, de refazer uma marcação de maneira incrível após uma perda de bola.
Força evidenciada na vitória importantíssima sobre o Vasco, um dos jogos mais complicados da reta final tricolor. Na qual pôde ser visto um time compacto defensivamente, com os volantes muito bem plantados à frente da zaga e dois meias voltando para a recomposição da defesa. E muita disposição e, sobretudo, aplicação. Não há erros de posicionamento. Muricy não admite. E o time cumpre, obedece. Vence sem convencer, mas lidera com merecimento.
A tabela não é das mais complicadas, porém, muito menos das mais fáceis. Os dois jogos em casa são contra equipes que brigam, desesperadamente, contra o rebaixamento. Será preciso muita frieza por parte dos tricolores. E os dois jogos fora, contra gigantes do futebol nacional, desmotivados, sim, mas cheio de trunfos
Excelente texto. Só uma correção: o Fluminense luta pelo tri, não pelo bi.
ResponderExcluirO Tricolor já foi campeão brasileiro em 1970 e 1984.