Sete anos é muito tempo. Ainda mais quando se trata de um período de exílio, no qual a saudade de casa e a angústia falam mais alto do que qualquer outro sentimento. Pior, se durante todos esses anos, a situação que já era ruim ficar péssima. Só muita fé para resolver tamanha encrenca. Só muito apoio. Só muita grandeza.
O maior sofrimento da história de um dos maiores clubes do Brasil acabou. O Bahia voltou. Depois de cair para a Série B, para uma vergonhosa Série C. Depois de ver seu estádio cair e sua tão apaixonada torcida chorar. Depois de dar a volta por cima e se reafirmar entre os gigantes do futebol brasileiro. Sob um estádio lotado, numa cidade parada, o carnaval se instalou neste sábado na Bahia de todos os santos. E não tem data para terminar. O Bahia merece muito mais.
Merece fazer uma grande Série A, chegar a uma Libertadores, sagrar-se campeão como o brilhante e memorável ano de 1988. Como todo e qualquer gigante do futebol nacional. Merece, também, revelar jogadores como Bobô, Charles, Beijoca. Merece todas as glórias de um vencedor, de quem soube dar a volta por cima sem se valer de mecanismo ilegais ou injustos. Merece por causa da torcida incrível que tem.
Chegou a hora da diretoria planejar com seriedade e com a mesma competência que teve nos últimos dois anos. E de ter a ousadia de brigar por conquistas maiores, do tamanho do Bahia. A permanência na elite é obrigação para 2011. Manter a base que conseguiu o acesso é a primeira coisa a ser feita. Tentar segurar Ávine, o símbolo da ressurreição, Morais, um talento escasso no mercado, o volante Marcone, o atacante Adriano, que pertence ao Fluminense. E contratar mantendo o nível.
O resto é consequência do tempo. Em breve, com o apoio da massa, com o peso da camisa, o Tricolor voltará a ser o que nunca poderia ter deixado de ser, um gigante. Honre as suas próprias glórias, Bahia. Que o futebol agradece.
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