" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Clássico das multidões e do contraste

Zé Teodoro confessara um dia antes do Clássico das Multidões ter na teimosia um de seus principais defeitos. Nesta quinta-feira, mais do que teimoso, o treinador tricolor foi ingênuo. Ao invés de mandar a campo um time equilibrado, optou por fazer improvisações e escalar uma equipe extremamente ofensiva, com poder de marcação quase nulo no meio-campo e bastante desorganizada taticamente.

Com Carlinhos Bala e Luciano Henrique na armação, os alas Diogo e Dutra precisavam "lateralizar" o jogo para dinamizar a criatividade do time. Mas não. Insistiam nas jogadas por dentro, afunilando o jogo. O time acabava por ficar previsível. E como o Sport marcava bem no meio, os contra-ataques eram frequentes. Pior para o time da casa, que via seus quatro homens de frente pouco marcarem e deixarem o time rival jogar tranquilamente no seu campo de ataque.

O fato é que o Sport tinha tudo que faltava ao Santa. Organização, equilíbrio entre os três setores do campo, movimentação intensa, marcação correta e plano de jogo. O único dilema eram os dois atacantes - ambos de área. Isso, no entanto, cruzamentos resolviam. E deram certo. Marquinhos Paraná levantou na cabeça de Jheime, que abriu o placar.

O gol assustou os donos da casa, que perderam ainda mais o equilíbrio. Cada vez mais descontrolado, Everton Sena se preocupava mais em bater do que marcar Marcelinho Paraíba, que, com a boa companhia de Rivaldo, levava o time à frente com facilidade. O 2 a 0 veio no segundo tempo, com o próprio camisa 10, em bela assistência de Rivaldo.

A vantagem de dois gols criou um abismo entre as duas equipes. De um lado, um time tranquilo, com posse de bola, organizado, equilibrado, vencedor. Do outro, um bando desorganizado e insano em campo, comandado por um técnico teimoso, quase "suicida", que chegou a mexer e deixar o time com incríveis quatro atacantes em campo. Resultado: um 3 a 1 justo e merecido para os visitantes.

No fim, olé do Sport. Festa da torcida visitante, que lotou o local destinado à ela. Vergonha dos donos da casa, que só souberam dar espetáculo nas arquibancadas. Dentro de campo, seguem fora do G-4 e sem expectativa de bicampeonato, por enquanto.

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