Como se todos os jogadores se desligassem do jogo e passassem a fazer tudo com displicência. Um festival de passes errados, erros de posicionamento e sustos. O Fluminense se via dominado porn um adversário inferior em pleno Engenhão. E por pouco não cedeu o empate.
Deco, que tinha atuação de gala, com toques diferenciados, um senso de participação digno de camisas 10 e dribles desconcertantes, começou a sentir um desgaste físico forte e sumiu do jogo. Wágner só apareceu para bater uma falta, com perigo, e, mais tarde, ser expulso infantilmente. Rafael Sóbis tinha a disposição que a torcida pedia, ajudava na marcação, dava carrinhos, mas acrescentava pouco à criatividade do time.
Nem mesmo os laterais foram capazes de recuperar o bom futebol do time no restante do jogo. Confusos na marcação, subiam desordenadamente ao ataque e erravam muitos passes e cruzamentos. Os volantes, Edinho e Diguinho, jogavam um futebol no diminutivo. E batiam cabeça na marcação aos meias abertos pelos lados do Arsenal de Sarandí.
A zaga, nem se fala. Faltava tudo: entrosamento, técnica, posicionamento, disposição, tempo de bola...A cada cruzamento, a torcida tricolor trincava os dentes e rezava para que o pior não acontecesse. O Fluminense sofria com as bolas altas. E tinha dois zagueiros altos, mas perdidos e desentrosados.
Abel tentou mudar. Atendeu aos apelos por Thiago Neves, que não mudou muita coisa. Viu Wágner ser expulso e carregar dois argentinos junto com ele. Logo em seguida, chamou Wellington Nem. A velocidade que esperava ganhar com a entrada do garoto pouco pôde ser vista nos minutos finais. E tome-lhe sufoco. Pressão dos visitantes. Fim de papo e alívio geral de uma torcida que só viu o time jogar por cerca de 15 minutos.
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