" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




sábado, 15 de maio de 2010

Copa 2010 - Favoritos, onde estão?

A eficiência de Dunga não enche os olhos como o futebol bem jogado da equipe de Vicente del Bosque, mas também não ganha tantos elogios como a solidez e a competitividade de Fabio Capello. A organização e a vontade de vencer de Sven Goran-Eriksson não chegam perto dos talentos individuais que Maradona tem à sua disposição, mas podem causar bem mais impacto que o futebol pouquíssimo vistoso e nada qualitativo de Marcelo Lippi. E olha que ainda tem um promissor time comandado por Bert Van Marjwick e um elenco completamente imprevisível sob direção de Domenech.

Fato é que a Copa da África não tem um, ou até mesmo mais de um, time favorito, com "f" maiúsculo. Essa seleção. até então, não existe. Pode ser que se crie algo do tipo durante um Mundial, baseado nos princípios e nas qualidades demonstradas já neste texto. Pode ser que a Espanha consiga se livrar da fama de "amarelona", conquistada após a derrota para os EUA, no ano passado na semifinal da Copa das Confederaçõe. Ou então que o pragmatismo da seleção brasileira se una com o talento individual de alguns craques coomo Kaká e Robinho. ou quem sabe que Messi, ou Cristiano Ronaldo façam a diferença a favor de suas nações. Tudo pode acontecer.

Pode, aliás, no dia 9 de julho, haver uma zebra daquelas. Holanda, Costa do Marfim e Portugal sonham com isso, sobretudo as duas primeiras, com mais intensidade no time comandado pelos "Van's". Talvez esta Copa seja a mais surpreendente de todas. Vencerá o time mais competente, sólido e, antes de mais nada, decisivo. Fatores que nenhuma dessas seleções citadas acima posusem, pelo menos atualmente. Para ganharem o Mundial, terão de se superar e aos adversários, inclusive às zebras, que devem pintar com mais intensidade. No entanto, ainda falta muito para podermos afirmar a certeza de um favorito absoluto.

À Espanha falta um líder, um craque que faça a diferença sozinho. Ao Brasil, falta ofensividade, individualidade, talento num meio-campo viril e de pura força física. Um time não pode viver somente com contra-ataques. À Itália falta criatividade. Os italianos se preocupam muito com o setor defensivo, ofuscando o próprio ataque. À França falta definição, poder de decisão. Eles sequer tem um time formado, assim como a Argentina. A bagunça e a desorganização reina nas duas seleções. Falta pulso a Maradona e a Domenech.

E a Inglaterra?Os ingleses, há tempos, deixaram de ser um time só de força física, de bolas aéreas...Hoje em dia, a Inglaterra pode gozar de ter dois volantes modernos que conseguem comandar o meio-campo com maestria e talento. Mas fala ao time de Capello um padrão de jogo, uma dinâmica. O time tem qualidade, mas falta padrão de jogo.

Em junho, no início da Copa, as casas de apostas e os estudiosos e comentaristas de futebol estarão se perguntando: quem é o favorito? A resposta não existirá ainda, certamente. Ela deverá surgir durante a Copa, o mais tarde possível. Pode ser qualquer um deles, ou até mesmo uma surpresa absurda. Não há como prever. Nesta Copa do Mundo não há aquele time, sensacional. Procura-se favoritos...

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