" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Do técnico ao atacante, a recuperação da surpresa do BR-10




Depois de ser eliminado da Copa do Brasil, em dois duelos emocionantes com o fantástico time santista do primeiro semestre, o Grêmio viu boa parte de seu planejamento na temporada ir por água abaixo. A manutenção dos resultados ruins não demorou para derrubar Silas. A onda de derrotas era, mesmo, intensa. Quando se deu conta da situação, o Tricolor já estava na zona de rebaixamento. E eliminado, também, da Copa Sul-Americana, pelo ainda mais desacreditado Goiás.


Haveria salvação? Que técnico contratar? A luz do fim do túnel é a mesa que acende a memória e o coração do torcedor gremista ao relembrar os grandes títulos da história do clube. Não havia nome melhor ou ultimato mais arriscado do que convidar Renato Gaúcho para o cargo. Maior ídolo da história do clube, heroi do Mundial em 83, unânimidade nos bastidores e entre os próprios torcedores. Renato teria, sem dúvidas, as melhores condições para trabalhar.


Seria preciso um processo de reformulação, talvez idêntico a "reciclagem" posta em prática por Luxemburgo no Flamengo. O processo de renovação começaria pelo próprio treinador, numa tentativa de voltar à elite do futebol nacional.


Renato é do tipo que gosta de apostar na garotada. Com ele, Saimon ganhou vaga de titular na cabeça de área; Paulão na zaga; e Roberson no ataque. Quando há desfalques, as soluções, em sua grande maioria, também são caseiras. Contra o Cruzeiro, Júnior Viçosa, destaque da Copa São Paulo no início do ano, foi quem empatou o jogo.


As mudanças de Renato atingem a todo o grupo. E passam, quase sempre, pela palavra recuperação. Recuperar Fábio Santos parecia impossível. Hoje ele é uma das armas ofensivas do time na lateral-esquerda. E Lúcio, então, como fazê-lo voltar à boa fase de anos atrás? Só o pondo para jogar com mais liberdade, no meio-campo, aproveitando suas melhores virtudes.


O passo final da recuperação gremista seria recuperar Jonas. Considerado, ano passado, o "pior atacante do mundo" por uma revista europeia, atualmente é um dos destaques do Brasileirão e artilheiro da competição, com 20 gols. O dedo de Renato foi, desta vez, no ponto de vista psicológico, emocional. Precisava recuperar o emocional do atacante. E conseguiu.


É assim que o Grêmio se reiventa no Brasileiro, surpreendendo a todos. Com Renato Gaúcho voltando a ser um dos "top de linha". O tempo é o limite.

2 comentários:

  1. E ai Lucas, blz.
    concordo com vc, o tricolor é a grande surpresa, sair do Z4 para brigar pela libertadores realmente é um grande feito. No ínicio do campeoanto todos colocavam o tricolor com um dos favoritos devido ao elenco bom, pena que demorou para acertar.

    BLOG DO CLEBER SOARES
    www.clebersoares.blogspot.com

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  2. Bons apontamentos, Lucas. O Grêmio nunca teve time para cair. Está provando que podia estar disputando o título, não fosse a péssima volta do pós-Copa. Renato, de fato, é o nome desta recuperação. Deve ficar para 2011, com ou sem Libertadores.

    Só uma discordância com o amigo: Fábio Santos destoa do resto do time. Ontem, contra o Cruzeiro, levou um baile do Thiago Ribeiro no primeiro tempo. Gílson (outra contratação de Renato), que entrou no intervalo, não só melhorou o apoio como anulou a jogada dos mineiros pela direita.

    Abraço!

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