De 1996 pra cá, o Arsenal venceu três vezes o Campeonato Inglês - com direito a um título histórico, invicto, em 2003-04 -, quatro vezes a Copa da Inglaterra, quatro vezes a SuperCopa da Inglaterra, além de títulos de menor expressão e ótimas campanhas não só no âmbito nacional, mas também no internacional. Há 15 anos no clube, Arsène Wenger revolucionou o futebol da equipe londrina. Antes, considerada "duro" e pragmático, o Arsenal disputa elogios com o mágico Barcelona de Guardiola pela leveza e fluência ofensiva com as quais atua.
Tudo isso é fruto de um trabalho sério e compenetrado do melhor técnico francês da história. Desacreditado no início de trabalho, Wenger não demorou para conquistar a imprensa e, principalmente, a torcida dos Gunners. Mas, de alguns anos pra cá, a relação entre ambos passou a ganhar ares conturbados.
Sobretudo após a perda da final da Uefa Champions League para o Barcelona, em 2006. Desde então, o Arsenal não conseguiu mais avançar às semifinais do torneio mais importante do Velho Continente. E, ali, ganhou a fama de "amarelão". Afinal, sempre com bons times, acaba ficando pelo caminho nas principais competições.
Há longos 5 anos que o clube não levanta um troféu. Muitos creditam a seca à inexperiência do time, cujo a média de idade já chegou a beirar os 22 anos. Os jovens são apostas eterna de Arsène, que garante não ter na juventude de seu grupo um problema. "Já passou essa fase colocarmos a culpa na inexperiência do time. Hoje somos experientes. E a culpa não é deles(os jogadores). Sou eu quem monta o time, então se tem algum culpado, este culpado sou eu".
E, de fato, o alvo escolhido pela torcida e por boa parte da imprensa para a atual má fase dos Gunners é o técnico francês. Com a perda do título da Copa da Inglaterra, para o Birmingham City, a eliminação na Champions League novamente para o Barcelona e a eliminação da briga pelo título inglês desta temporada, devido à derrota para o Bolton, no último domingo, uma crise se instaurou no Emirates Stadium.
Wenger assume a culpa e promete um time mais competitivo para a temporada seguinte. Mas os torcedores já parecem cansados da costumeira rotina que leva o clube desde o século passado. Talvez seja a hora de uma mudança drástica. Um novo comando. Com contrato até 2014 com o clube "da sua vida", Wenger não parece disposto a abandonar o barco. Como um bom capitão, deveria pensar no melhor para o seu clube, que, talvez, seja a sua saída. Novos ares são a melhor alternativa para o Arsenal.
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