Parecia impossível derrotar o Barcelona jogando um futebol minimamente ofensivo. Não para o Real Madrid comandado pelo melhor treinador da atualidade. José Mourinho consegue mesclar confiança com equilíbrio de uma forma incrível. E sabe, como nenhum outro treinador, enfrentar o Barcelona. Já perdeu, já foi goleado, mas ninguém fez sua equipe enfrentar o melhor time do mundo como Mourinho faz atualmente treinando a equipe merengue.
Nesta quarta, após 18 anos de hiato, o Real voltou a vencer a Copa do Rei, justamente contra o Barcelona, com gol de Cristiano Ronaldo, um monstro não só na técnica, mas também no vigor físico, no preparo e na velocidade que o consagram como um dos maiores de todos os tempos. Passe de Di María, um argentino que joga como um brasileiro e marca como italiano. Outro craque, que ainda tem muito a melhorar e evoluir.
O gol saiu na prorrogação, mas o domínio madrilenho foi nítido em boa parte dos n0venta minutos. Com um time compacto e muito segura na defesa, não foi tão difícil assim. O Barça chegou a assustar, sobretudo com jogadadas individuais do gênio Lionel Messi. Mas o Real tinha Casillas, mais uma vez inspiradíssimo. E Ricardo Carvalho, simplesmente o melhor em campo.
A comemoração foi eufórica. Os jogadores corriam por todo o campo e, após a volta olímpica, jogaram Mourinho para o alto. A confiança está em alta na capital espanhola. O grande objetivo ainda está por vir, a grande Champions, mas a taça erguida por Casillas enche o peito dos merengues e faz desaparecer o ligeiro favoritismo que o Barcelona tinha para a semana que vem.
Todavia, mais do que uma diretoria que lhe garante condições para ser o maior clube do mundo e um time repleto de craques, a estrela maior senta no banco de reservas e fala um português bem marrento. José Mourinho é especial. Falou que ia vencer e venceu. Com a ajuda de Ronaldo, Di María, Xabi Alonso, Ricardo Carvalho, Casillas e tantos outros. Mas o dedo do técnico mais comentado, criticado e, ao mesmo tempo elogiado, não pode ser esquecido. Um mito.
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