Se Dzeko está no banco, sobra para Balotelli a missão de resolver o jogo com gols. Foram dois, um em cada tempo do jogo. Agüero, que, teoricamente, era para ser o centroavante, fez um, já na segunda etapa. Quando o jogo já parecia decidido, o bósnio entrou em campo e fez mais um. Um minuto depois Silva fez o quinto. E ainda tinha mais. O espanhol deu passe mágico, antes do meio de campo, para Dzeko invadir a área e bater, de perna esquerda, sem chances para De Gea. O massacre estava completo.
Não teve sequer um jogador jogando mal pelo lado azul de Manchester. Cada qual com a sua função no ótimo 4-2-3-1 armado por Mancini. Coletivamente, uma aula de futebol. Trocas de posição, inversões, incursões em diagonal e muita velocidade. Com a bola nos pés, o City voa baixo. Impressionante. Sem ela, pode até relaxar em alguns momentos, como no belo gol de Fletcher. Mas no geral, é, hoje, o melhor time da Inglaterra. De longe, o futebol mais envolvente.
Com uma goleada como essas e contra o rival histórico e direto na briga pela Premier League 11-12, não tem como não apostar ainda mais forte nesse time. A convicção de que chegou a hora de ser gigante enfim desembarcou no City of Manchester. O dinheiro, os negócios e todo o brilho que impressiona a todos fora de campo começa a ser ofuscado pelo o que seus jogadores fazem dentro dele.
Nem mesmo o afastamento de Tévez foi capaz de provocar rachas no grupo e crise no vestiário. O ambiente é ótimo. A torcida se mostra encantada com o time. O técnico sisudo sorri durante o jogo por mais de uma vez. E os craques atuam como craques. Até mesmo os menos técnicos, como Micah Richards, vem jogando muita bola. Para quem duvidava, o City, aos poucos, vai provando o contrário. Sem pressa. O show está apenas começando.
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