" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Vasco não pode colocar a culpa da derrota no cansaço


A preocupação quanto ao cansaço do time, que serve como desculpa para todo torcedor vascaíno, não pode ser colocada como razão da derrota do time, para o Universidad de Chile, nesta quarta-feira, por 2 a 0, em Santiago. Não foi no preparo físico que o Vasco perdeu a chance de conseguir a tão sonhada tríplice coroa. Mas sim nas partes técnica e tática. Em duas falhas da zaga, dois gols bobos, e que decidiram a classificação do time chileno.

A ruim partida que fez o Vasco começou na escalação de Cristóvão Borges. Sem Felipe poupado, o treinador optou por dar mais marcação ao meio de campo, com Nílton na proteção à zaga. Assim, adiantou Allan, Rômulo e Juninho para a criação das jogadas, com o último centralizado. Acontece que Juninho vivia uma de suas piores noites. Errava passes, lançamentos, dribles e até faltas, sua especialidade.

E o time não criava. Sem Felipe e com Juninho mal em campo, o senso de criatividade do Vasco praticamente desaparece. E a bola não chega a Diego Souza e Alecsandro. Então, mesmo ocupando o campo de ataque, marcando sobre pressão, o time carioca não conseguia controlar o jogo. Do outro lado, tocando a bola com calma e saindo com passes certeiros, sem afobar as jogadas, a La U controlava a maior parte do jogo. Quase sempre nos contra-golpes perigosos pelos flancos.

Com a vantagem no placar graças ao gol de Canales, em falha grotesca da zaga vascaína, que não soube aliviar o perigo de uma bola quase “morta” dentro da área, o time chileno teve ainda mais facilidade para executar o seu plano de jogo. Procurando soluções, Cristóvão Borges lançou o amuleto Bernardo logo no intervalo, no lugar do inoperante Allan. O meia entrou mal e o Vasco, pior ainda. Mais lento, vivendo à base de ligações diretas.

Mais tarde, a alternativa foi apostar na experiência de Leandro, fora da decisão de domingo. Em nada alterou o panorama do jogo, cada vez mais propício à La U. A expulsão de Fagner, por pura descontrole emocional, somente piorou as coisas. Bem como o gol do craque da Copa Sul-Americana, o também artilheiro Eduardo Vargas, após belo cruzamento de Castro.

O Vasco se enfraquece ainda mais para a decisão do Brasileiro, no domingo, contra o Flamengo. Era o risco que tinha de correr em jogar duas competições ao mesmo tempo. Ao menos, não perdeu nenhum jogador por lesão. Os grandes prejuízos são físicos e psicológicos. Mas fáceis de serem vencidos. Basta força de vontade. E isso, o time de Cristóvão Borges tem de sobra.

Um comentário:

  1. Vasco desta vez não conseguiu a tríplice coroa nem o tríplice vice (Flamengo - taça Rio e Corinthians - Brasileiro).

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