" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




domingo, 5 de junho de 2011

Um ídolo eterno




Tem que ser muito ídolo para, numa monótona tarde de domingo, encher um estádio cuja localização e infra-estrutura determinam - com exceção dos jogos decisivos - públicos pequenos. Isso na terceira rodada de um campeonato de pontos corridos que durará quase o ano inteiro. Isso aos 38 anos. Petkovic tem esse poder. Ele, sim, merece a alcunha ídolo. E que ídolo. Um sérvio que desembarcou no Brasil sem saber falar português e acabou virando cidadão nacional, ícone de um dos maiores clubes do continente, ídolo da maior torcida do Brasil.

Neste domingo, o torcedor rubro-negro pôde se despedir de Petkovic. Mais que isso, pôde matar a saudade dos lances geniais de um dos maiores jogadores da História do Flamengo. Só faltou o gol. Afinal, em 45 minutos, seria pedir de mais para quem não entrava em campo desde o ano passado. Pet até que tentou. Mas soube ser ainda mais craque. Numa falta de longa distância, deixou a bola para Renato, sem ser egoísta. Humildemente. A cobrança perfeita do camisa 11 resultou no gol de empate. Petkovic comemorou-o como se fosse seu. E era. Ali, tudo deveria ser dedicado a Petkovic.

Pelo que fez ao Flamengo e ao futebol, Petkovic merecia muito mais. Merecia um mosaico lindo, que mudava de cor, transformando a bandeira sérvia na bandeira rubro-negra, feito pela torcida. Merecia, também, um reconhecimento por parte da diretoria, que veio em forma de placa, no intervalo mais emocionante da vida do Engenhão. E merecia um gol. De preferência, de falta. Mas ele não veio. Não importa. Nada diminuirá a idolatria do gringo mais brasileiro do país. O homem que deixou o frio sérvio para esquentar, ainda mais, milhões de corações brasileiros.

Entre tantos momentos marcantes, não só com a camisa do Flamengo, mas também com a dos rivais Vasco e Fluminense, e dos conterrâneos Atlético Mineiro, Goiás e Santos, impossível não se esquecer do gol que garantiu o tricampeonato carioca de 2001 ao Flamengo, assim como os magistrais gols olímpicos pelo Brasil afora. E tantas outras memórias que estarão para sempre na lembrança do torcedor. Para sempre. Porque Pet é isso. Pet é ídolo, Pet é alegria. Pet é eternidade.

Se Zico é uma espécie de deus para a maior torcida do Brasil, e jamais, jamais mesmo, pode ser alcançado por tudo que fez e como fez há anos atrás, Petkovic pode ser considerado um santo. Muito milagroso, por sinal. Pois aquela bola, aos 43 do segundo tempo, contra o Vasco, no Maracanã lotado, numa final de Estadual, não foi chutada de alguém de carne e osso simplismente. Mas sim por Dejan Petkovic, um ídolo eterno.

3 comentários:

  1. Olá. Estou criando um blog de resultados de partidas de futebol. Gostaria de fazer uma parceria de troca de links com a sua página. Se aceitar coloque no seu blog por favor o seguinte link: http://tabelasegols.blogspot.com e me avisa em algum comentário.

    att

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  2. Lucas,
    Pet merece todo o nossa respeito, talves o último jogador ao melhor estilo anos 80. Pena que tudo acaba um dia.
    Parabéns pela nova roupagem, ficou muitoi melhor.

    BLOG DO CLEBER SOARES
    www.clebersoares.blogspot.com

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