Jogando um futebol ridículo para suas pretensões na Copa do Mundo, a Inglaterra esbarrou nas suas próprias limitações e não saiu do zero a zero com a modestíssima Argélia, pela segunda rodada do Grupo B, no qual possui 2 pontos, igualmente aos Estados Unidos, e um ponto a mais que os africanos. A Eslovênia, adversária decisiva do tieme inglês pela última rodada da fase de grupos, lidera com 4 pontos. Para se classificar, não resta outra alternativa à equipe comandada por Fabio Capello senão a vitória e, para tal, o English Team terá que se superar para vencer a também limitada Eslovêniva.
Apontada por nove em cada dez especialistas de futebol como favorita, pelo menos a terminar entre as quatro primeiras, a Inglaterra decepcionou a todos até o momento. Lenta, sem criatividade e muito exposta e insegura atrás, se mostra cada vez mais um time indeciso, sem pretensões formadas, e com diversos problemas. No empate desta sexta tudo isso ficou nítido aos olhos do Planeta e a preocupação dos ingleses, que lotaram o Green Point sob gritos de " England, England", foi traduzida nas vaias ao fim do jogo.
A fragilidade defensiva inglesa começa pelo seu goleiro. Se é que ele existe. Desde de David Seaman, que se aposentou após o Mundial da Coréia e do Japão, em 2002, nenhum arqueiro inglês conseguiu levar segurança a um gol que, tradicionalmente, sempre havia pertencido a bons goleiros, como o próprio Seaman, e nomes como o de Gordon Banks, por exemplo. Na Copa de 2010, dois já tentaram. Tentativas frustadas. Enquanto Green falhou feio contra os americanos, logo na primeira rodada, cedendo o empate, James se mostrou muito inseguro, e, aos 39 anos, não conseguiu, por incrível que pareça, fazer a sua experiência transcender, provando a Capello que não tem recursos para ser o homem de confiança atrás.
No miolo de zaga, quem deveria dar o exemplo não o faz. Apesar de ídolo e referência nacional, desde que se envolveu no escândulo sexual com a ex-namorada do lateral-esquerdo Wayne Bridge, John Terry vem acumulando más atuações. Contra a Argélia, por pouco não falhou feio ao dar um passe 'na fogueira' para James tirar o perigo iminente. Do seu lado, para piorar ainda mais a situação, Carragher sequer consegue entrar no jogo. Lento e sem recursos técnicos, o zagueiro histórico do Liverpool joga na base do coração. E da sorte, que um dia, para desespero dos ingleses, pode acabar. Fraco, faz a população da Inglaterra lamentar muito a ausência de Rio Ferdinand, ex-capitão, contundido.
E quando se espera que os laterais possam mudar o jogo, o da direita não o permite. Errando tudo contra oa africanos do Norte, Glenh Johnson vive num paradoxo com Ashley Cole, um dos poucos a se salvar no English Team neste Mundial. Rápido e leve, o camisa 3 se solta com facilidade nas partidas, sendo boa opção de jogo. Pena que o meio-campo, completamente desligado da partida, errando inúmeros passes, não conseguiu sequer fazer a bola chegar a seu pé contra o argelinos. Barry, Lampard e Gerrard, sobretudo o capitão, fizeram uma partida para ser esquecida em suas respectivas carreiras.
Na frente, o pesado Heskey e a estrela Rooney, completamente fora de forma física e técnica, formaram uma dupla da ataque extremamente inoperante, lenta, sem perigo algum à fraca zaga africana. Capello ainda tentou modificar isso, colocando Defoe, que insistiu em sair muito da área para buscar jogo, deixando a seleção sem referência dentro dela. Falta a Capello um centroavante. Falta a Capello um time organizado. Falta a Capello uma seleção digna da Inglaterra. Os ingleses rezam. É a única coisa que podem fazer neste momento, diate de um time lento, sem criatividade e cômodo, no qual nem as famosas jogadas aéreas do futebol inglês são armas decisivas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário