" O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso...", Bill Shankly




segunda-feira, 7 de junho de 2010

Novas alternativas para Dunga




No último amistoso disputado pela Seleção antes da Copa, o que menos importou foi o placar. Além da fragilidade do adversário(Tanzânia), Dunga esperava observar alguns jogadores reservas e arranjar novas alternativas para algumas situações durante o torneio mais importante do futebol mundial. E conseguiu. Além de ganhar duas novas opções para a criação de jogadas no meio, com as boas atuações de Ramires e Daniel Alves, que entraram na segunda etapa, o treinador brasileiro viu em Nilmar uma outra alternativa para o lugar de Luis Fabiano. Rápido e se movimentando constantemente, o atacante do Villareal formou uma dupla interessante com Robinho na seguda etapa.



Perfeito taticamente, o Brasil marcou o primeiro gol logo aos 9, com Robinho, que além de jogar bem durante os noventa minutos, correu por todo o time. Com um toque de bola envolvente, não tinha o menor medo do time africano, que chegou, inclusive, a assustar Gomes, em alguns chutes. O segundo gol não demorou a sair, novamente com Robinho inspirado e confiante. Na volta do intervalo, Dunga fez algumas alterações, como as entradas de Ramires, em grande dia, e Daniel Alves, ambos no meio-campo, além das comuns revezações entre jogadores de mesma posição.


Se Maicon não apoiou tanto na primeira etapa, Michel Bastos o fez em dobro. O camisa 6 se mostrou completamente recuperado da lesão no tornozelo, apoiando muito bem, dando, até mesmo, uma assistência para Robinho, culminando no segundo gol brasileiro. O problema dele é realmente na marcação. Muito tímido, apesar de rápido, Michel não é perfeito na defesa, tem algumas falhas de posicionamento, até pelo fato de jogar muito pelo meio no seu clube, o Lyon, da França, mas nada que não possa ser corrigido para a estreia, no dia 15 de junho, contra a misteriosa e frágil Coreia do Norte.



Ramires deu a dinâmica que faltava ao meio-campo brasileiro. No lugar de Gilberto Silva, Josué foi simples, mas eficaz. Após dar belo passe para o terceiro gol, de Ramires, Elano, que jogou muito bem, com boas ultrapassadas pelo lado direito, deu lugar a Daniel Alves, o décimo segundo jogador de Dunga. O camisa 13 não entrou tão bem, mas compôs bem o setor direito do meio, enquanto o volante Ramires dominava o lado esquerdo, correndo com bola e chegando até a área, exatamente como fazia na sua melhor fase pelo Cruzeiro, há exatamente um ano atrás. Dunga achou no meio-campo alternativas que há pouco tempo não tinha. E ainda tem Júlio Baptista e Gilberto no banco, que podem atuar na criação das jogadas.


Temida por muitos, a lesão crônica de Kaká ainda não se manifestou. Sem se movimentar muito durante os noventa minutos, mas mostrando bom preparo físico, o camisa 10 chegou a marcar o quarto gol, com um belo toque de peito. Diferentemente de outros jogos com a amarelinha de Dunga, o craque da Seleção não ficou caindo muito pela esquerda, centralizando mais seu posicionamento e criando boas jogadas em tabelas com os meias e com os atacantes. Para quem temia que Kaká não chegasse bem fisicamente à Copa, os noventa minutos de jogo, mesmo em ritmo de treino, puderam provar que o camisa 10 está, sim, preparado para a disputa do Mundial.




Ramires ainda arranjou tempo para aproveitar belo cruzamento de Daniel Alves e marcar, de cabeça, o quinto gol brasileiro. No entanto, jogando fora a perfeição e a eficiência que Dunga tanto busca nos treinamentos e declarações, numa falha da zaga, em bola áera, a Tanzânia marcou o gol mais importante de sua história, com Assis, de cabeça. Certamente, apesar das novas descobertas táticas, a bronca no intervalo será inevitável. E importante para que o erro não se repita quando indevido for, ou seja, na Copa do Mundo.


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