Mas falta tudo aos brasileiros em jogos decisivos da Libertadores. Tudo. Técnica, talento, equilíbrio, raça, garra, coragem, "cancha", luta, experiência. Falta todo e qualquer tipo de preparo, seja ele físico, mental ou técnico.
O Peñarol não tem, atualmente, nem um quarto do tamanho do Inter. Pode ter uma história tão gloriosa quanto a colorada. Pode ter ídolos tão eternos como Falcão. Mas, nos padrões de hoje, não se compara ao time comandado pelo Rei de Roma. Não tem um D'Alessandro vestindo a 10, nem uma dupla de volantes de nível internacional como a colorada. Muito menos um atacante de seleção brasileira. Mas tem a garra uruguaia, a coragem comum a qualquer vizinho sul-americano. Tem preparo digno de Libertadores. Preparo mental. Sabe lidar com a maior competição das Américas.
Os dois a um, de virada, dos uruguaios no Beira-Rio já haviam causado um grande impacto na imprensa brasileira. Mas nada comparado ao que ainda estava por vir, com as surpreendentes eliminações de Fluminense e Cruzeiro, que evidenciaram o despreparo por parte dos brasileiros em lidar com equilíbrio na Libertadores. Os times se perdem. Os técnicos se perdem. Cuca é a imagem disso.
É impressionante a capacidade dos times brasileiros em ter vantagens revertidas dentro de suas próprias casas. Por vezes, vantagens absurdas. Vide o Flamengo e América do México, em 2008. Como se todo o planejamento não importasse mais tanto assim. O salto alto atrapalha demais, e faz com que o certo se torne duvidoso. Total despreparo. Falta tudo. E o Brasil ainda tem muito a aprender com seus vizinhos.
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